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A estratégia do oceano azul

Como sobreviver em um mercado cada vez mais competitivo? W. Chan Kim, aclamado coreano co-autor do livro “A Estratégia do Oceano Azul”, revela que a inovação desenvolvida e implementada de forma consciente pode ser o grande diferencial que as empresas buscam para criarem seus próprios mercados.

Vivemos numa era onde cada fatia de mercado é disputadíssima entre as empresas, onde qualquer nicho, por menor que seja, conta com uma série de competidores. Num ambiente como esse, ter um diferencial torna-se imprescindível. E é neste sentido que caminha a Estratégia do Oceano Azul, criada por W. Chan Kim e René Mauborgne.

O conceito de Oceano Azul é o de criar um diferencial, uma idéia que coloque sua empresa ou seu produto em um novo nicho de mercado, longe de seus concorrentes. Porém, não se trata de uma inovação pura e simplesmente. “Trata-se de uma inovação desenvolvida e implementada de forma consciente”, disse Kim. “Antes de iniciarem qualquer processo nesse sentido, as empresas devem antes se fazer três perguntas: ‘Qual estratégia você usará para que esse projeto dê dinheiro?’; ‘Qual idéia inovadora vai gerar o lucro?’; e ‘Que processo será usado para que essa idéia seja executada?’”.

Ou seja, a idéia é de uma inovação qualificada. “Sem um modelo correto para que a idéia inovadora traga lucro, a empresa só irá perder dinheiro”, alertou.

Idéia é o poder - Segundo Kim, o conceito de Oceano Azul é baseado em três blocos. São eles:
- A idéia é o poder;
- Não seja orientado pelo seu cliente, mas sim por quem ainda não é o seu cliente;
- Nunca se prenda aos limites da concorrência. Vá além.

Um dos conceitos mais importantes dentro da idéia do Oceano Azul é que a estratégia deve ser constantemente reinventada. “É inevitável que o Oceano Azul se torne vermelho com o passar do tempo, porque os concorrentes irão te imitar e tentar aperfeiçoar a sua idéia”, explicou Kim. “Por isso, é importante saber que é necessário de tempos em tempos retomar a estratégia”, explicou.

O motivo pelo qual as companhias mais hesitam em implementar as inovações, segundo o coreano, é o medo de entrarem num projeto de alto risco. “Antes de qualquer inovação ser implementada é necessário um alinhamento completo do sistema”, alertou. “Idéia arriscada não é estratégia. Estratégia é algo pensado e repensado”, salientou.

Kim cita como exemplo as Casas Bahia, que criaram um nicho de mercado específico para atender as camadas mais pobres da população brasileira. “Este é um exemplo claro de como desenvolver um Oceano Azul. E esse nicho pode ser criado, inclusive, dentro do próprio oceano vermelho”, concluiu.


Fonte: www.hsm.com.br

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