A Kellog, empresa fabricante de cereais - muitos deles voltados ao público infantil, comunicou que até o fim de 2008 deixará totalmente de fazer campanha publicitária para crianças menores de 12 anos, a não que o produto anunciado tenha menos de 200 calorias, menos de 230 mg de sódio, menos de 12 gramas de açúcar, menos de 2 gramas de gordura saturada, não contenha gordura trans. Os alimentos que estiverem fora destes critérios que a empresa chama de "Kellog Global Nutrient Criteria" também serão gradualmente reformulados, dentro do mesmo prazo estipulado.
A nova política de marketing da empresa também prevê restrições ao licenciamento de personagens da mídia, como o Shrek, tanto nas embalagens e brinquedos dentro delas, quanto nos comerciais. Está prevista ainda a retirada de toda a propaganda feita em escolas e a interrupção do patrocínio de eventos para crianças de até 12 anos.
Os alimentos que não obedecerem aos critérios nutricionais da Kellog serão gradualmente reformulados até o fim de 2008.
De acordo com o comunicado oficial, as mudanças anunciadas afetarão praticamente metade dos produtos da empresa. Estas mudanças acontecem 16 meses depois da Kellogg e Viacom, empresas ligadas à rede de TV infantil Nickelodeon, serem alvo de um processo de dois órgãos americanos de proteção à criança, o Center for Science in the Public Interst (CSPI) e da Campaing for a Commercial-Free Childhood (CCFC).
"Esse acordo representa o reconhecimento de que as práticas de marketing dirigido especificamente para crianças são ameaças efetivas à saúde infantil. Outro dado significativo deste acordo é mostrar que as organizações da sociedade civil que lutam pela saúde e o bem-estar das crianças precisam continuar a pressionar as corporações a serem responsáveis", disse Susan Linn, diretora do CCFC.
As empresas estão percebendo que o marketing voltado para a criança irá comprometer sua imagem a médio e longo prazo. No Brasil, o marketing infantil é crime.(Ana Villela, Instituto Alana).
No Brasil o CCFC é representado pelo Instituto Alana, que aqui faz o mesmo trabalho da parceira americana. Segundo a instituição, apesar de a publicidade dirigida à criança já ser proibida pela Constituição Federal, pelo Código de Defesa do Consumidor e, indiretamente, pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, as empresas e os departamentos de marketing chegam até a desconhecer a proibição.
"Existe um movimento global de conscientização. A cada dia, não só no Brasil, mas em todo o mundo, os consumidores procuram comprar produtos de empresas éticas. As empresas estão percebendo que o marketing voltado para a criança irá comprometer sua imagem a médio e longo prazo. No Brasil o assunto ainda é mais sério, pois marketing infantil é crime", diz Ana Lucia Villela, presidente do Instituto Alana.
Outras empresas com forte presença internacional, como Kraft Foods, Walt Disney, Unilever, McDonalds, General Mills, entre outras, fizeram alguns compromissos similares nesses últimos dois anos.
Fonte: O Globo Online
A nova política de marketing da empresa também prevê restrições ao licenciamento de personagens da mídia, como o Shrek, tanto nas embalagens e brinquedos dentro delas, quanto nos comerciais. Está prevista ainda a retirada de toda a propaganda feita em escolas e a interrupção do patrocínio de eventos para crianças de até 12 anos.
Os alimentos que não obedecerem aos critérios nutricionais da Kellog serão gradualmente reformulados até o fim de 2008.
De acordo com o comunicado oficial, as mudanças anunciadas afetarão praticamente metade dos produtos da empresa. Estas mudanças acontecem 16 meses depois da Kellogg e Viacom, empresas ligadas à rede de TV infantil Nickelodeon, serem alvo de um processo de dois órgãos americanos de proteção à criança, o Center for Science in the Public Interst (CSPI) e da Campaing for a Commercial-Free Childhood (CCFC).
"Esse acordo representa o reconhecimento de que as práticas de marketing dirigido especificamente para crianças são ameaças efetivas à saúde infantil. Outro dado significativo deste acordo é mostrar que as organizações da sociedade civil que lutam pela saúde e o bem-estar das crianças precisam continuar a pressionar as corporações a serem responsáveis", disse Susan Linn, diretora do CCFC.
As empresas estão percebendo que o marketing voltado para a criança irá comprometer sua imagem a médio e longo prazo. No Brasil, o marketing infantil é crime.(Ana Villela, Instituto Alana).
No Brasil o CCFC é representado pelo Instituto Alana, que aqui faz o mesmo trabalho da parceira americana. Segundo a instituição, apesar de a publicidade dirigida à criança já ser proibida pela Constituição Federal, pelo Código de Defesa do Consumidor e, indiretamente, pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, as empresas e os departamentos de marketing chegam até a desconhecer a proibição.
"Existe um movimento global de conscientização. A cada dia, não só no Brasil, mas em todo o mundo, os consumidores procuram comprar produtos de empresas éticas. As empresas estão percebendo que o marketing voltado para a criança irá comprometer sua imagem a médio e longo prazo. No Brasil o assunto ainda é mais sério, pois marketing infantil é crime", diz Ana Lucia Villela, presidente do Instituto Alana.
Outras empresas com forte presença internacional, como Kraft Foods, Walt Disney, Unilever, McDonalds, General Mills, entre outras, fizeram alguns compromissos similares nesses últimos dois anos.
Fonte: O Globo Online
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