Pular para o conteúdo principal

Celular como acessório de moda

LG e Prada, Motorola e Dolce&Gabbana lançam modelos de valor agregado. Cada vez mais os celulares deixam de ser uma commodity, ganham valor agregado e tornam-se um acessório de moda.

A sul-coreana LG Eletronics e a grife italiana de artigos de luxo Prada lançaram ontem na América Latina o modelo Prada Phone by LG (KE850), com tela sensível ao toque. "O celular torna-se cada vez mais um acessório de moda, que reflete o estilo de cada pessoa", diz o vice-presidente de marketing estratégico da LG, Chang Ma. O modelo, cujas peças são trazidas da Coréia do Sul e montadas em Taubaté (SP), será vendido por R$ 1,899 mil nas redes Fast Shop, Fnac, Ponto Frio, CBD, Yamada, Casas Bahia e Hyper.

No País, poderá ser adquirido através das operadoras Claro, TIM e Vivo. A LG e a Prada já registraram 300 mil pedidos de venda do aparelho, lançado em março na Europa (Reino Unido, França, Alemanha e Itália) e em maio na Ásia (Hong Kong, Taiwan e Singapura).

O Prada Phone by LG foi lançado também na Venezuela - país considerado chave na região, segundo Chang Ma -, onde custará 1,7 milhão de bolívares (cerca de R$ 1,5 mil). "A empresa avalia lançar o produto em outros mercados", diz.

Toda a campanha global de mídia impressa será feita pela Prada. Segundo o diretor de comunicações e relações externas da marca, Tomaso Galli, a grife já havia sido consultada por outras fabricantes mas optou pela LG pela possibilidade de trabalhar em conjunto e lançar o primeiro celular sensível ao toque. "Nosso objetivo é lançar algo novo, interessante e diferente de tudo. Temos que ter 1000% de confiança para entrar num novo mercado".

A americana Motorola e a grife italiana Dolce&Gabbana (D&G), firmaram uma parceria para a venda do Motorazr V3i Dolce&Gabbana. "Faz parte da estratégia de longo prazo da Motorola marcar uma tendência e uma época, a empresa tem a tradição de agregar valor ao consumidor final", diz o gerente de produtos da Motorola, Henrique Freitas. O modelo, com 13,9 mm de espessura, corpo e teclas em dourado, foi lançado em junho do ano passado no São Paulo Fashion Week e custa hoje cerca de R$ 1,6 mil -na época do lançamento custava R$ 2 mil.

"É um sucesso de vendas e superou as expetativas da empresa", diz. O aparelho é produzido em Jaguariúna (SP), fábrica da Motorola que mais produz celulares no mundo. Em 2005 a Motorola havia lançado dois modelos de maior valor agregado: o celular i833 by Pinifarina, com designer de Sergio Pinifarina, famoso por projetar carros da italiana Ferrari, e o V186 by Alexandre Herchcovitch, desenhado pelo estilista brasileiro.

A rede MCS Ponto TIM, dona de 40% das lojas da operadora TIM, vende celulares decorados com cristais da grife austríaca Swarovski. O primeiro foi o modelo Nokia 6111 cor de rosa. Os aparelhos custam de R$ 1,3 mil a R$ 3 mil. "O celular deixa ser só funcional e ganha o apelo da marca. O cristal tem esse apelo de luxo e sofisticação, dá valor agregado ao produto", diz a gerente de marketing da Swarovski, Carla Assumpção.


Fonte: Por Gustavo Viana, in Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 6

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

H2OH! - um produto desacreditado que virou sucesso

O executivo carioca Carlos Ricardo, diretor de marketing da divisão Elma Chips da Pepsico, a gigante americana do setor de alimentos e bebidas, é hoje visto como uma estrela em ascensão no mundo do marketing. Ele é o principal responsável pela criação e pelo lançamento de um produto que movimentou, de forma surpreendente, o mercado de bebidas em 11 países. A princípio, pouca gente fora da Pepsi e da Ambev, empresas responsáveis por sua produção, colocava fé na H2OH!, bebida que fica a meio caminho entre a água com sabor e o refrigerante diet. Mas em apenas um ano a H2OH! conquistou 25% do mercado brasileiro de bebidas sem açúcar, deixando para trás marcas tradicionais, como Coca-Cola Light e Guaraná Antarctica Diet. Além dos números de vendas, a H2OH! praticamente deu origem a uma nova categoria de produto, na qual tem concorrentes como a Aquarius Fresh, da Coca-Cola, e que já é maior do que segmentos consagrados, como os de leites com sabores, bebidas à base de soja, chás gelados e su

Doze passos para deixar de ser o “bode expiatório” na sua empresa

Você já viu alguma vez um colega de trabalho ser culpado, exposto ou demitido por erros que não foi ele que cometeu, e sim seu chefe ou outro colega? Quais foram os efeitos neste indivíduo e nos seus colegas? Como isso foi absorvido por eles? No meu trabalho como coach, tenho encontrado mais e mais casos de “bodes expiatórios corporativos”, que a Scapegoat Society, uma ONG britânica cujo objetivo é aumentar a consciência sobre esta questão no ambiente de trabalho, define como uma rotina social hostil ou calúnia psicológica, através da qual as pessoas passam a culpa ou responsabilidade adiante, para um alvo ou grupo. Os efeitos são extremamente danosos, com conseqüências de longo-prazo para a vítima. Recentemente, dei orientação executiva a um gerente sênior que nunca mais se recuperou por ter sido um dia bode expiatório. John, 39 anos, trabalhou para uma empresa quando tinha algo em torno de 20 anos de idade e tudo ia bem até que ele foi usado como bode expiatório por um novo chefe. De

Conselho Federal de Marketing?

A falta de regulamentação da profissão de marketing está gerando um verdadeiro furdunço na Bahia. O consultor de marketing André Saback diz estar sendo perseguido por membros do Conselho Regional de Administração da Bahia (CRA/BA) por liderar uma associação – com nome de Conselho Federal de Marketing e que ainda não está registrada – cujo objetivo, segundo ele, é regulamentar a profissão. O CRA responde dizendo que Saback está praticando estelionato e que as medidas tomadas visam a defender os profissionais de administração. Enquanto André Saback, formado em marketing pela FIB - Centro Universitário da Bahia -, diz militar pela regulamentação da profissão, o Presidente do CRA/BA, Roberto Ibrahim Uehbe, afirma que o profissional criou uma associação clandestina, está emitindo carteirinhas, cobrando taxas e que foi cobrado pelo Conselho Federal de Administração por medidas que passam até por processar Saback, que diz ter recebido dois telefonemas anônimos na última semana em tom de ameaç