Pular para o conteúdo principal

Funcionários qualificados preferem empresas com líderes competentes

Um dos maiores desafios das empresas nestes tempos é conseguir segurar seus talentos e atrair os que estão na concorrência ou acabam de chegar ao mercado. A guerra por profissionais qualificados nunca foi tão intensa. Há alguns anos, a China e a Índia assistiam passivas à saída de seus melhores pesquisadores, assediados pelas companhias européias e norte-americanas. Devido principalmente ao crescimento acelerado de suas economias, entraram na disputa global pela mão-de-obra especializada. A competição por talentos atinge todos os níveis hierárquicos. O Yahoo!, por exemplo, sofre com a falta de lideranças. De janeiro a junho perdeu 17 altos executivos, na maioria atraídos por propostas de outras companhias.

O professor Stuart Black, da escola de negócios Insead, acha que a balança de poder pende agora para os empregados, não mais para os empregadores. "Hoje, se querem atrair e manter os mais brilhantes funcionários, as empresas precisam oferecer-lhes grandes atrativos", afirma. É uma tarefa difícil para quem sempre deu as cartas nesse jogo e agia como se qualquer assalariado pudesse ser substituído sem dificuldade. Agora, as companhias precisam aprender a lidar com negociadores cada vez mais exigentes e informados. A internet virou um novo canal para que saibam de oportunidades de trabalho. Stuart Black acredita que as empresas podem ser bem-sucedidas nessa empreitada se derem aos funcionários o que chama de quatro "valores". São esses:

1. Liderança - Os funcionários sabem que um bom líder influi positivamente não apenas no desempenho da empresa, mas também no ambiente de trabalho e nas suas próprias carreiras. É alguém que sabe identificar outras lideranças, o que motiva aqueles que acreditam ter a potencialidade de comando.
2. Companhia - Um conceito que, na visão do professor do Insead, engloba a reputação da empresa, seus valores, sua cultura e sua contribuição ao mundo. Uma companhia conhecida por danos ao meio ambiente perderá necessariamente bons profissionais.
3. Trabalho - É uma referência ao dia-a-dia dos funcionários. Gostam do que fazem? Consideram sua atividade interessante? Recebem treinamento para atingir seus objetivos? "Em suma, qual o grau de liberdade, de autonomia e de desafio que tenho para fazer o que me é pedido?", pergunta Black.
4. Recompensa - Salários e benefícios. Mas não apenas isso. Também inclui valores intangíveis, como a possibilidade de crescer na carreira e de ter contatos sociais com os colegas de trabalho.

Black diz ser difícil medir o impacto desses valores no resultado do negócio, mas é possível ter uma idéia. Se as pessoas têm pressa de sair do trabalho, é sinal de que algumas coisa está dando errado.


Fonte: epocanegocios.globo.com

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

H2OH! - um produto desacreditado que virou sucesso

O executivo carioca Carlos Ricardo, diretor de marketing da divisão Elma Chips da Pepsico, a gigante americana do setor de alimentos e bebidas, é hoje visto como uma estrela em ascensão no mundo do marketing. Ele é o principal responsável pela criação e pelo lançamento de um produto que movimentou, de forma surpreendente, o mercado de bebidas em 11 países. A princípio, pouca gente fora da Pepsi e da Ambev, empresas responsáveis por sua produção, colocava fé na H2OH!, bebida que fica a meio caminho entre a água com sabor e o refrigerante diet. Mas em apenas um ano a H2OH! conquistou 25% do mercado brasileiro de bebidas sem açúcar, deixando para trás marcas tradicionais, como Coca-Cola Light e Guaraná Antarctica Diet. Além dos números de vendas, a H2OH! praticamente deu origem a uma nova categoria de produto, na qual tem concorrentes como a Aquarius Fresh, da Coca-Cola, e que já é maior do que segmentos consagrados, como os de leites com sabores, bebidas à base de soja, chás gelados e su

Doze passos para deixar de ser o “bode expiatório” na sua empresa

Você já viu alguma vez um colega de trabalho ser culpado, exposto ou demitido por erros que não foi ele que cometeu, e sim seu chefe ou outro colega? Quais foram os efeitos neste indivíduo e nos seus colegas? Como isso foi absorvido por eles? No meu trabalho como coach, tenho encontrado mais e mais casos de “bodes expiatórios corporativos”, que a Scapegoat Society, uma ONG britânica cujo objetivo é aumentar a consciência sobre esta questão no ambiente de trabalho, define como uma rotina social hostil ou calúnia psicológica, através da qual as pessoas passam a culpa ou responsabilidade adiante, para um alvo ou grupo. Os efeitos são extremamente danosos, com conseqüências de longo-prazo para a vítima. Recentemente, dei orientação executiva a um gerente sênior que nunca mais se recuperou por ter sido um dia bode expiatório. John, 39 anos, trabalhou para uma empresa quando tinha algo em torno de 20 anos de idade e tudo ia bem até que ele foi usado como bode expiatório por um novo chefe. De

Conselho Federal de Marketing?

A falta de regulamentação da profissão de marketing está gerando um verdadeiro furdunço na Bahia. O consultor de marketing André Saback diz estar sendo perseguido por membros do Conselho Regional de Administração da Bahia (CRA/BA) por liderar uma associação – com nome de Conselho Federal de Marketing e que ainda não está registrada – cujo objetivo, segundo ele, é regulamentar a profissão. O CRA responde dizendo que Saback está praticando estelionato e que as medidas tomadas visam a defender os profissionais de administração. Enquanto André Saback, formado em marketing pela FIB - Centro Universitário da Bahia -, diz militar pela regulamentação da profissão, o Presidente do CRA/BA, Roberto Ibrahim Uehbe, afirma que o profissional criou uma associação clandestina, está emitindo carteirinhas, cobrando taxas e que foi cobrado pelo Conselho Federal de Administração por medidas que passam até por processar Saback, que diz ter recebido dois telefonemas anônimos na última semana em tom de ameaç