O pensamento convencional pode ser altamente destrutivo para uma empresa. De acordo com Jeffrey Pfeffer, renomado professor de Business Administration da Stanford University e um dos maiores nomes em gestão de pessoas no mundo, é preciso deixar o senso comum de lado caso a companhia queira mesmo atingir os resultados que deseja. “É essencial pensar de acordo com a cultura da empresa e com o que de fato ela precisa, após todos os dados serem checados”, opinou o professor durante o segundo dia do Fórum Mundial de Alta Performance, realizado pela HSM, no final do mês de junho, em São Paulo.
Pfeffer enumerou uma série de itens que fazem parte do senso comum corporativo, mas que estão longe de corresponderem à verdade, por isso acabam induzindo as empresas a erros estratégicos, já que a maioria não checa essas informações. Confira alguns desses itens e as respectivas “desmistificações” apresentadas pelo palestrante:
- Você tem de ser sempre o primeiro a ter uma grande idéia - “A Amazon foi a quarta empresa do mundo a trabalhar com vendas de livros via Internet, e o Diner’s Club veio antes da Visa”, rebateu;
- O crescimento das empresas depende da situação do setor em que atuam – “Há pesquisas que mostram que não há absolutamente relação entre essas coisas”, destacou;
- O tamanho da empresa é decisivo para seu crescimento – “A Toyota foi menor que a GM e outras concorrentes e mesmo assim foi mais lucrativa”, exemplificou;
- O downsizing é uma solução para épocas de crise – “O downsizing não aumenta o preço das ações, e 1/3 das empresas que demitem contratam depois novamente os funcionários despedidos”, destacou.
Importância dos fatos - Para não cair nesse tipo de armadilha, é essencial que a empresa trace seu próprio caminho baseando-se em dados reais. “O que realmente importa são os fatos; não vá atrás de copiar os outros ou seguir tendências, porque os problemas de uma companhia não são os mesmos da sua empresa”, enfatizou.
O palestrante destacou as armadilhas do benchmark. “É quase impossível obter retornos extraordinários ficando na média e fazendo o que os outros já fazem”, disse. “Somente quem pensa diferente pode fazer coisas diferentes”, concluiu.
Simplicidade - Qual a melhor maneira de sair da vala comum e pensar diferente? Segundo Pfeffer, é pensando com simplicidade. “É incrível a tendência das pessoas de acharem que as coisas e as estratégias têm de ser complicadas para serem boas, pensando que ‘Se fosse assim tão simples, eu já teria feito’. O problema é que é simples assim”, alertou.
Para o palestrante, coragem é a palavra-chave para o líder que busca gerir mudanças. “É preciso coragem para falar a verdade e gerir a companhia de acordo com as suas reais necessidades”, disse.
Relações com funcionários - “Uma empresa que busca funcionários fiéis e comprometidos tem de ser igualmente fiel e comprometida com eles.” Mostrando todo o seu expertise quanto à gestão de pessoas, Pfeffer iniciou o momento da palestra em que falaria sobre a melhor forma de lidar com os funcionários com esta frase. Para ele, a demissão é um dos elementos mais perigosos para o sucesso de uma corporação.
“Ao demitir pessoas, a empresa mostra que não está comprometida com seus funcionários, e isso tem um efeito relâmpago na produtividade. Há inúmeras coisas que podem ser feitas antes de se demitir alguém”, salientou.
Segundo ele, a partir do momento em que uma companhia define esse comprometimento com seu pessoal, deve também ter uma atenção especial com o recrutamento. “Pessoas devem ser contratadas pela forma com que seu perfil se encaixa nos valores e na cultura da empresa, e não por habilidades que podem facilmente serem treinadas”, destacou.
Saber o que fazer não basta - São muitos os conhecimentos em gestão disseminados entre os mais diferentes setores das empresas. Porém, por que algumas pessoas não fazem o que sabem? “Saber apenas não basta”, disse Pfeffer. “Há uma série de elementos que podem impedir alguém de agir corretamente, como medo de mudança, pressão da área financeira contra mudanças, hierarquização muito acentuada dentro da companhia, dentre outras”, listou.
Então como resolver esse impasse? Para o palestrante, a resposta é simples. “Você sempre pode fazer algo, e é responsável por isso. Foque no que é bom para a sua empresa e no que ela precisa; esqueça do resto”, destacou.
Para agir da melhor forma em um momento como esses, uma boa dica é ir até a raiz dos problemas. “Um líder de verdade deve ir até a raiz do problema e resolvê-lo. No primeiro momento pode ser traumático, mas depois os resultados aparecem”, explicou.
Fonte: www.hsm.com.br
Pfeffer enumerou uma série de itens que fazem parte do senso comum corporativo, mas que estão longe de corresponderem à verdade, por isso acabam induzindo as empresas a erros estratégicos, já que a maioria não checa essas informações. Confira alguns desses itens e as respectivas “desmistificações” apresentadas pelo palestrante:
- Você tem de ser sempre o primeiro a ter uma grande idéia - “A Amazon foi a quarta empresa do mundo a trabalhar com vendas de livros via Internet, e o Diner’s Club veio antes da Visa”, rebateu;
- O crescimento das empresas depende da situação do setor em que atuam – “Há pesquisas que mostram que não há absolutamente relação entre essas coisas”, destacou;
- O tamanho da empresa é decisivo para seu crescimento – “A Toyota foi menor que a GM e outras concorrentes e mesmo assim foi mais lucrativa”, exemplificou;
- O downsizing é uma solução para épocas de crise – “O downsizing não aumenta o preço das ações, e 1/3 das empresas que demitem contratam depois novamente os funcionários despedidos”, destacou.
Importância dos fatos - Para não cair nesse tipo de armadilha, é essencial que a empresa trace seu próprio caminho baseando-se em dados reais. “O que realmente importa são os fatos; não vá atrás de copiar os outros ou seguir tendências, porque os problemas de uma companhia não são os mesmos da sua empresa”, enfatizou.
O palestrante destacou as armadilhas do benchmark. “É quase impossível obter retornos extraordinários ficando na média e fazendo o que os outros já fazem”, disse. “Somente quem pensa diferente pode fazer coisas diferentes”, concluiu.
Simplicidade - Qual a melhor maneira de sair da vala comum e pensar diferente? Segundo Pfeffer, é pensando com simplicidade. “É incrível a tendência das pessoas de acharem que as coisas e as estratégias têm de ser complicadas para serem boas, pensando que ‘Se fosse assim tão simples, eu já teria feito’. O problema é que é simples assim”, alertou.
Para o palestrante, coragem é a palavra-chave para o líder que busca gerir mudanças. “É preciso coragem para falar a verdade e gerir a companhia de acordo com as suas reais necessidades”, disse.
Relações com funcionários - “Uma empresa que busca funcionários fiéis e comprometidos tem de ser igualmente fiel e comprometida com eles.” Mostrando todo o seu expertise quanto à gestão de pessoas, Pfeffer iniciou o momento da palestra em que falaria sobre a melhor forma de lidar com os funcionários com esta frase. Para ele, a demissão é um dos elementos mais perigosos para o sucesso de uma corporação.
“Ao demitir pessoas, a empresa mostra que não está comprometida com seus funcionários, e isso tem um efeito relâmpago na produtividade. Há inúmeras coisas que podem ser feitas antes de se demitir alguém”, salientou.
Segundo ele, a partir do momento em que uma companhia define esse comprometimento com seu pessoal, deve também ter uma atenção especial com o recrutamento. “Pessoas devem ser contratadas pela forma com que seu perfil se encaixa nos valores e na cultura da empresa, e não por habilidades que podem facilmente serem treinadas”, destacou.
Saber o que fazer não basta - São muitos os conhecimentos em gestão disseminados entre os mais diferentes setores das empresas. Porém, por que algumas pessoas não fazem o que sabem? “Saber apenas não basta”, disse Pfeffer. “Há uma série de elementos que podem impedir alguém de agir corretamente, como medo de mudança, pressão da área financeira contra mudanças, hierarquização muito acentuada dentro da companhia, dentre outras”, listou.
Então como resolver esse impasse? Para o palestrante, a resposta é simples. “Você sempre pode fazer algo, e é responsável por isso. Foque no que é bom para a sua empresa e no que ela precisa; esqueça do resto”, destacou.
Para agir da melhor forma em um momento como esses, uma boa dica é ir até a raiz dos problemas. “Um líder de verdade deve ir até a raiz do problema e resolvê-lo. No primeiro momento pode ser traumático, mas depois os resultados aparecem”, explicou.
Fonte: www.hsm.com.br
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