Pular para o conteúdo principal

Empresas não sabem usar blogs

Antes de criar um blog, pergunte-se: por quê? Este é o conselho de Josh Bernoff, vice-presidente da Forrester Research, que faz consultoria sobre os impactos da tecnologia nos negócios.

Em palestra dada hoje na sede da Editora Abril, em São Paulo, ele foi enfático. "As empresas copiam umas às outras, mas geralmente não sabem aonde querem chegar quando criam mídias sociais, como wikis e fóruns", afirmou. Ele está escrevendo um livro sobre o assunto, com o objetivo de mostrar como ganhar dinheiro com essas ferramentas.

Em sua obra, Bernoff vai falar sobre as cinco metas que as companhias podem atingir por meio das tecnologias sociais. Entre elas, estão falar sobre as novidades para os clientes ou simplesmente ouvir suas reclamações.

Segundo ele, fazer propaganda em blogs pode ser até mais efetivo do que mostrar novos produtos na mídia tradicional. Bernoff cita o caso da GM, que publicou recentemente em um de seus blogs um vídeo com o ronco do carro esportivo Camaro. A ação fez sucesso entre os internautas, e o som virou até ringtone para celular. O custo da montadora com o site foi de 283 mil dólares, e o ganho direto dela chegou a 393 mil dólares já no primeiro ano.

Já a Dell economizou bastante em manutenção de PCs por causa de seu fórum oficial. Como os usuários se ajudam uns aos outros, muitos tentam resolver problemas em casa antes de mandar o micro para a assistência técnica. Um garoto já chegou a postar 20 mil vezes, dando conselhos para quem estava com dificuldades.

Em outro caso que Bernoff cita, a Dell começou a vender computadores com Linux depois do pedido de muitos clientes em seu fórum. E mais: como os PCs tinham o mesmo preço das máquinas com Windows, logo os consumidores reclamaram. "Nós não precisamos de suporte técnico, pois compartilhamos entre nós as soluções", diziam. Foi suficiente para convencer a empresa de que esses micros deveriam mesmo ser mais baratos, pois assim venderiam mais ainda.


Fonte: Por Marco Aurélio Zanni, in info.abril.com.br

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

H2OH! - um produto desacreditado que virou sucesso

O executivo carioca Carlos Ricardo, diretor de marketing da divisão Elma Chips da Pepsico, a gigante americana do setor de alimentos e bebidas, é hoje visto como uma estrela em ascensão no mundo do marketing. Ele é o principal responsável pela criação e pelo lançamento de um produto que movimentou, de forma surpreendente, o mercado de bebidas em 11 países. A princípio, pouca gente fora da Pepsi e da Ambev, empresas responsáveis por sua produção, colocava fé na H2OH!, bebida que fica a meio caminho entre a água com sabor e o refrigerante diet. Mas em apenas um ano a H2OH! conquistou 25% do mercado brasileiro de bebidas sem açúcar, deixando para trás marcas tradicionais, como Coca-Cola Light e Guaraná Antarctica Diet. Além dos números de vendas, a H2OH! praticamente deu origem a uma nova categoria de produto, na qual tem concorrentes como a Aquarius Fresh, da Coca-Cola, e que já é maior do que segmentos consagrados, como os de leites com sabores, bebidas à base de soja, chás gelados e su

Doze passos para deixar de ser o “bode expiatório” na sua empresa

Você já viu alguma vez um colega de trabalho ser culpado, exposto ou demitido por erros que não foi ele que cometeu, e sim seu chefe ou outro colega? Quais foram os efeitos neste indivíduo e nos seus colegas? Como isso foi absorvido por eles? No meu trabalho como coach, tenho encontrado mais e mais casos de “bodes expiatórios corporativos”, que a Scapegoat Society, uma ONG britânica cujo objetivo é aumentar a consciência sobre esta questão no ambiente de trabalho, define como uma rotina social hostil ou calúnia psicológica, através da qual as pessoas passam a culpa ou responsabilidade adiante, para um alvo ou grupo. Os efeitos são extremamente danosos, com conseqüências de longo-prazo para a vítima. Recentemente, dei orientação executiva a um gerente sênior que nunca mais se recuperou por ter sido um dia bode expiatório. John, 39 anos, trabalhou para uma empresa quando tinha algo em torno de 20 anos de idade e tudo ia bem até que ele foi usado como bode expiatório por um novo chefe. De

Conselho Federal de Marketing?

A falta de regulamentação da profissão de marketing está gerando um verdadeiro furdunço na Bahia. O consultor de marketing André Saback diz estar sendo perseguido por membros do Conselho Regional de Administração da Bahia (CRA/BA) por liderar uma associação – com nome de Conselho Federal de Marketing e que ainda não está registrada – cujo objetivo, segundo ele, é regulamentar a profissão. O CRA responde dizendo que Saback está praticando estelionato e que as medidas tomadas visam a defender os profissionais de administração. Enquanto André Saback, formado em marketing pela FIB - Centro Universitário da Bahia -, diz militar pela regulamentação da profissão, o Presidente do CRA/BA, Roberto Ibrahim Uehbe, afirma que o profissional criou uma associação clandestina, está emitindo carteirinhas, cobrando taxas e que foi cobrado pelo Conselho Federal de Administração por medidas que passam até por processar Saback, que diz ter recebido dois telefonemas anônimos na última semana em tom de ameaç