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Especialistas intercionais discutem novas mídias

O início do Digital Age 2.0, que acontece no WTC Hotel, em São Paulo, foi marcado por palestras de especialistas internacionais sobre como posicionar as marcas dentro dos novos canais de mídia online. Segundo Martin Lindstrom, guru mundial de branding reconhecido pelo Chartered Institute of Marketing, as empresas precisam ouvir mais os seus clientes. Com a web 2.0, termo criado para identificar a nova geração de internet baseada em serviços gerados pelo próprio consumidor - fóruns, blogs, comunidades, Orkut, YouTube, etc.-, as mídias tradicionais não funcionam mais como antes.

“Hoje as pessoas ficam online cerca de 68% de seu tempo. Precisamos criar uma nova maneira de contruir as marcas. As propagandas precisam ser mais interativas, devem criar rumores sem contar toda a história e acima de tudo deve ter a participação do cliente”, afirmou Lindstrom. Com a palestra “Contextual branding: O futuro da contrução das marcas”, o Lindstrom abordou a importância de criar uma visão focada no futuro. Para ele, quem manda hoje são os clientes, que possuem, cada um, uma estação de mídia, com apenas um computador ligado à internet. “A confiança passou das marcas para os consumidores. As pessoas ouvem o que as outras dizem e o que elas acham tem um enorme poder em relação as marcas porque isso é divulgado rápidamente através da internet”.

John Batelle, jornalista e um dos fundadores da Wired, fez a sua palestra via satélite de uma ilha, onde está de férias com a família. O foco foi mostrar como a internet está mudando os negócios e os consumidores. “Precisamos começar a aceitar a idéia de que os clientes ajudem a construir as marcas”, afirmou. Batelle citou algumas empresas que já foram contruídas com esse conceito, como Amazon, Google, Ebay e Flickr, entre outras. O vice-presidente da Forrester, Josh Bernoff, finalizou a manhã com o tema “Como saber o retorno de seu investimento”. Bernoff apontou cinco metas que devem ser pensadas pelas empresas: ouvir, falar, estimular, ajudar e permitir que os clientes se apoiem entre si. “Já temos exemplo que os sites, as comunidades, os foruns, não pertencem mais a nínguem que os criou, mas sim ao público. Casos de empresas mostram o quanto podem economizar e divulgar as suas marcas com a ajuda dos clientes”, apontou.


Fonte: Por Roberta Queiroz, in www.meioemensagem.com.br

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