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Ministério Público quer anúncios fora do Orkut

O Ministério Público Federal de São Paulo (MPF-SP) fez nesta quarta-feira, 22, à Google Brasil Internet recomendação para que o portal crie, num prazo máximo de 30 dias, filtros para evitar a publicação de anúncios em páginas com conteúdos ilícitos e criminosos. O pedido tem como base denúncia da organização não-governamental SaferNet, de que mensagens publicitárias do tipo link patrocinado estão sendo veiculadas em páginas do Orkut que veiculam conteúdos impróprios ou criminosos, como incitação ao racismo, pedofilia e pornografia infantil.

Na sexta-feira, 22, a SaferNet já havia encaminhado ao Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária (Conar) representação pedindo que a entidade investigue se os anunciantes estão cientes dessa prática. A ong pede ainda que a entidade se manifeste publicamente sobre as práticas publicitárias da Google no Orkut, dizendo se existe risco para a imagem dos anunciantes ao optarem por contratar esse serviço, e se isso fere as regras do Conar.

A SaferNet também entrou com representação no MPF-SP pedindo que os procuradores entrem com uma ação cautelar contra a Google Brasil Internet para que a empresa seja obrigada a fornecer informações sobre os usuários responsáveis pela criação ou manutenção de páginas criminosas no Orkut. Tramitam na Justiça Federal de São Paulo 158 pedidos de quebra de sigilo de dados cadastrais de comunidades e perfis relacionados a denúncias de pedofilia e 75 de racismo.

Levantamento feito pela ong aponta que, num período de 18 meses (janeiro de 2006 a junho de 2007), um total de 45.941 páginas (não repetidas) foram denunciadas pelos usuários por conteúdo impróprio. Deste total, 93,7% são páginas do Orkut e quase 40% referem-se à distribuição de pornografia infantil. O Ministério Público Federal acusa a Google no Brasil de não colaborar com as investigações. A empresa ainda não se pronunciou sobre o assunto.


Fonte: Por Eliane Pereira, in www.meioemensagem.com.br

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