Em períodos de reestruturação corporativa, a gestão dos recursos humanos está mais do que nunca no centro das contradições da empresa. Entre a necessidade de reter os talentos e a obrigação de reduzir o efetivo, os gestores buscam estabelecer um equilíbrio na companhia.
Os que saem geralmente recebem pacotes de benefícios que incluem além de indenizações, programas de recolocação no mercado, mas o mais importante, e muitas vezes esquecido pelas empresas, são os profissionais que ficam. "Lidar com esse grupo nessa fase delicada não é tarefa fácil, mas com uma boa comunicação do projeto pode ajudar muito", diz Gilberto Guimarães, diretor do Grupo BPI no Brasil, multinacional francesa especializada em reestruturações e gestão de carreira.
Segundo Guimarães, os profissionais de recursos humanos devem funcionar como interface entre o alto escalão e as equipes envolvidas. Eles precisam se antecipar e levar as informações para a direção. "É preciso entender o medo dos empregados, manter um diálogo diário e próximo, dar o máximo de informações possível, ser claro e conciso", explica. Além disso, é preciso descobrir a melhor maneira de como a empresa pode preparar seus colaboradores para enfrentar a mudança e torná-los parte da solução de todo o processo.
Criar e comunicar uma "visão do futuro", uma representação do que será a empresa após a reorganização, é condição essencial para conquistar a confiança e conseguir a adesão e mobilização dos que irão permanecer. Este trabalho de gestão e acompanhamento do processo é decisivo, pois segundo pesquisas do Grupo BPI, cerca de 70% das reestruturações não atinge os resultados esperados devido a uma falta de atenção em relação aos aspectos humanos e a uma má adaptação dos líderes e gestores à mudança.
"Não é apenas o medo do novo que predomina. A grande maioria dos profissionais critica o fato de não se sentir informados e associados ao processo, mesmo quando consideraram como corretas e benéficas as mudanças implementadas", conta Gilberto, que já coordenou projetos de reestruturação em empresas como Bombril, Dell, Volkswagen, entre outras.
Definitivamente a comunicação é uma condição necessária para o sucesso de uma virada corporativa. Comunicar significa tornar comum, ou seja, informar a todos os colaboradores sobre direitos, valores, ajudas das quais podem se beneficiar, sobre o que vai acontecer com seu emprego, e também informar aos acionistas, aos diretores e aos executivos a visão do futuro, divulgar o projeto para a mídia, que é onde a imagem da empresa se constrói, e, finalmente, divulgar e negociar com os parceiros sociais.
"Nossa experiência mostra que a melhor forma para ter sucesso nas reestruturações é definir objetivos e comunicar metas que deixem claro e explícito os desafios que virão. Infelizmente a construção desse projeto e, sobretudo, o planejamento da comunicação, ainda é raro no mercado", diz Guimarães.
E você, caro leitor do Gecorp, concorda com essa visão simplista da comunicação nas organizações? Deixe seu comentário.
Fonte: UOL
Os que saem geralmente recebem pacotes de benefícios que incluem além de indenizações, programas de recolocação no mercado, mas o mais importante, e muitas vezes esquecido pelas empresas, são os profissionais que ficam. "Lidar com esse grupo nessa fase delicada não é tarefa fácil, mas com uma boa comunicação do projeto pode ajudar muito", diz Gilberto Guimarães, diretor do Grupo BPI no Brasil, multinacional francesa especializada em reestruturações e gestão de carreira.
Segundo Guimarães, os profissionais de recursos humanos devem funcionar como interface entre o alto escalão e as equipes envolvidas. Eles precisam se antecipar e levar as informações para a direção. "É preciso entender o medo dos empregados, manter um diálogo diário e próximo, dar o máximo de informações possível, ser claro e conciso", explica. Além disso, é preciso descobrir a melhor maneira de como a empresa pode preparar seus colaboradores para enfrentar a mudança e torná-los parte da solução de todo o processo.
Criar e comunicar uma "visão do futuro", uma representação do que será a empresa após a reorganização, é condição essencial para conquistar a confiança e conseguir a adesão e mobilização dos que irão permanecer. Este trabalho de gestão e acompanhamento do processo é decisivo, pois segundo pesquisas do Grupo BPI, cerca de 70% das reestruturações não atinge os resultados esperados devido a uma falta de atenção em relação aos aspectos humanos e a uma má adaptação dos líderes e gestores à mudança.
"Não é apenas o medo do novo que predomina. A grande maioria dos profissionais critica o fato de não se sentir informados e associados ao processo, mesmo quando consideraram como corretas e benéficas as mudanças implementadas", conta Gilberto, que já coordenou projetos de reestruturação em empresas como Bombril, Dell, Volkswagen, entre outras.
Definitivamente a comunicação é uma condição necessária para o sucesso de uma virada corporativa. Comunicar significa tornar comum, ou seja, informar a todos os colaboradores sobre direitos, valores, ajudas das quais podem se beneficiar, sobre o que vai acontecer com seu emprego, e também informar aos acionistas, aos diretores e aos executivos a visão do futuro, divulgar o projeto para a mídia, que é onde a imagem da empresa se constrói, e, finalmente, divulgar e negociar com os parceiros sociais.
"Nossa experiência mostra que a melhor forma para ter sucesso nas reestruturações é definir objetivos e comunicar metas que deixem claro e explícito os desafios que virão. Infelizmente a construção desse projeto e, sobretudo, o planejamento da comunicação, ainda é raro no mercado", diz Guimarães.
E você, caro leitor do Gecorp, concorda com essa visão simplista da comunicação nas organizações? Deixe seu comentário.
Fonte: UOL
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