Em resposta aos recalls que tiraram de circulação milhares de brinquedos fabricados pela americana Mattel, em agosto, a Walt Disney Company realizará seus próprios testes de segurança nos produtos que utilizam a imagem de personagens do grupo, informou nesta segunda-feira (10/09) a versão online do jornal New York Times.
Dentro de duas semanas, representantes da Disney começarão a percorrer lojas onde brinquedos, bijuterias e outras peças da marca são vendidos, para retirá-los aleatoriamente das prateleiras e levá-los para testes em laboratório. A empresa anunciou que gastará "alguns milhões de dólares", para testar 65 mil produtos, fabricados pelas 2 mil empresas licenciadas
Com essa prática, a empresa espera verificar se estão adequados os níveis de chumbo presente na tinta que reveste as peças, além da resistência a soltar componentes que possam ser engolidos – justamente os dois pontos que levaram a Mattel a anunciar três recalls consecutivos de brinquedos, entre eles um produto da Disney, o Sarge Car, inspirado num personagem do desenho "Carros".
Segundo o jornal Wall Street Journal, executivos da empresa enfatizaram que os testes são uma segunda bateria de confirmação da segurança dos produtos e que não substituem os testes obrigatoriamente realizados pelos fabricantes.
Mudança de postura
A iniciativa de aplicar testes independentes representa a confirmação de uma tendência relativamente nova no setor, de acordo com o NYT. Em geral, as empresas detentoras do licenciamento dos personagens deixam a fabricação e o controle de qualidade dos brinquedos para as fabricantes e contentam-se em receber os royalties pelas vendas.
No entanto, as companhias passaram a temer os efeitos sobre sua imagem da onda de recalls e do ressurgimento de práticas considerados erradicadas - como o uso de chumbo nas tintas -, a partir do aumento das importações da China.
Separadamente da Disney, a maior rede de varejo de brinquedos dos Estados Unidos, a Toys "R" Us, também informou que fará testes independentes nos produtos mais vendidos em suas lojas, enquanto a Sesame Workshop, outra grande rede americana do ramo, sinalizou interesse em adotar "em breve" essa estratégia.
Antes mesmo da Disney, a prática do "duplo-teste" já havia sido anunciada pela Nickoledeon, depois de um de seus brinquedos mais populares – Thomas & Friend – transformar-se em alvo de recall por parte do fabricante RC2.
Para o WSJ, além de reforçar um movimento de maior participação das empresas nos processos de controle de segurança, a medida da Disney pode ser encarada como um recado aos consumidores de que a fiscalização sobre a fabricação dos brinquedos tem crescido, conforme se aproxima o fim do ano - período mais importante de vendas, nesse setor.
Fonte: portalexame.abril.com.br
Dentro de duas semanas, representantes da Disney começarão a percorrer lojas onde brinquedos, bijuterias e outras peças da marca são vendidos, para retirá-los aleatoriamente das prateleiras e levá-los para testes em laboratório. A empresa anunciou que gastará "alguns milhões de dólares", para testar 65 mil produtos, fabricados pelas 2 mil empresas licenciadas
Com essa prática, a empresa espera verificar se estão adequados os níveis de chumbo presente na tinta que reveste as peças, além da resistência a soltar componentes que possam ser engolidos – justamente os dois pontos que levaram a Mattel a anunciar três recalls consecutivos de brinquedos, entre eles um produto da Disney, o Sarge Car, inspirado num personagem do desenho "Carros".
Segundo o jornal Wall Street Journal, executivos da empresa enfatizaram que os testes são uma segunda bateria de confirmação da segurança dos produtos e que não substituem os testes obrigatoriamente realizados pelos fabricantes.
Mudança de postura
A iniciativa de aplicar testes independentes representa a confirmação de uma tendência relativamente nova no setor, de acordo com o NYT. Em geral, as empresas detentoras do licenciamento dos personagens deixam a fabricação e o controle de qualidade dos brinquedos para as fabricantes e contentam-se em receber os royalties pelas vendas.
No entanto, as companhias passaram a temer os efeitos sobre sua imagem da onda de recalls e do ressurgimento de práticas considerados erradicadas - como o uso de chumbo nas tintas -, a partir do aumento das importações da China.
Separadamente da Disney, a maior rede de varejo de brinquedos dos Estados Unidos, a Toys "R" Us, também informou que fará testes independentes nos produtos mais vendidos em suas lojas, enquanto a Sesame Workshop, outra grande rede americana do ramo, sinalizou interesse em adotar "em breve" essa estratégia.
Antes mesmo da Disney, a prática do "duplo-teste" já havia sido anunciada pela Nickoledeon, depois de um de seus brinquedos mais populares – Thomas & Friend – transformar-se em alvo de recall por parte do fabricante RC2.
Para o WSJ, além de reforçar um movimento de maior participação das empresas nos processos de controle de segurança, a medida da Disney pode ser encarada como um recado aos consumidores de que a fiscalização sobre a fabricação dos brinquedos tem crescido, conforme se aproxima o fim do ano - período mais importante de vendas, nesse setor.
Fonte: portalexame.abril.com.br
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