Pular para o conteúdo principal

Cresce uso da TV corporativa

O uso da TV para mensagens corporativas começa a ganhar espaço entre as empresas, principalmente aquelas que possuem um grande número de funcionários e unidades em diferentes cidades do País. Especializada nesse segmento, a Rodobens Comunicação Empresarial possui a Rodolink TV Corporativa, que desde 2004 atua em são Paulo - anteriormente a empresa estava localizada em São José do Rio Preto, interior de são Paulo. "Desde então, o número de clientes vem crescendo. Isso acontece porque muitas empresas começas a perceber a eficiência desse tipo de comunicação", comenta o diretor-geral da Rodobens comunicação, João Batista Araújo.

O número de clientes fixos da empresa, aqueles que possuem uma programação permanente, com quatro ou cinco programas por semana, dobrou de 2004 para cá. "Eram oito empresas, hoje trabalhamos com o dobro", diz Araújo. Entre as empresas que utilizam esse tipo de comunicação estão AmBev e Mercedes-Benz. Já quando o assunto se refere à utilização sazonal, se comparado o período de 1996 a 2003 com 2004 a 2007, Araújo revela que o número de empresa cresceu cerca de 500%. "Claro que esse crescimento é resultado também de nossos investimentos com a unidade móvel, que permitiu agilizar ainda mais os nossos serviços", conta o executivo.

Hoje, a Rodolink TV Corporativa representa 80% do faturamento da companhia, que já está estudando a produção de TV para condomínios residenciais. Hoje, o faturamento da empresa registra um crescimento de 27% quando comparados o período de janeiro a setembro de 2006, com os mesmos meses deste ano. "A previsão para 2008 é crescer pelo menos 20% ao ano, mas se o projeto dos condomínios residenciais for implementado, vamos rever esses números para mais", conclui Araújo.

Entre as empresas que utilizam o serviço da TV corporativa sazonalmente está o laboratório farmacêutico EMS, que recentemente realizou duas transmissões, ao vivo, para os cerca de três mil funcionários, unindo 42 pontos em diferentes estados do Brasil.

"Foi uma ótima experiência, não só em relação à economia como também à segurança da informação, pois foi feito o mesmo discurso para todos os funcionários ao mesmo tempo", afirma a diretora de relações externas da EMS, Telma Salles. Ela conta que para informar os três mil funcionários seria necessário reuni-los em diferentes eventos, o que resultaria em um grande custo para a empresa, "teríamos que transportá-los, acomodá-los, distribuir material, além de fazer três ou quatro palestras", conta Telma. "Com a transmissão pela TV corporativa, tivemos uma agilidade muito maior para comunicar os funcionários e eles puderam participar, ao vivo, por telefone ou e-mail, durante o programa, com dúvidas e sugestões", complementa a executiva.

Mas um outro uso da TV, aquele focado em um determinado público, também começa a ser explorado por outras empresas. Um exemplo é a TV Mulher & Mãe que em três anos já é transmitida em 153 maternidades particulares em todo o País. "O canal só é transmitido para as maternidades e alcança cerca de 300 mil mulheres, que ficam, em média, três dias no hospital após o nascimento do bebê", comenta o diretor-geral do canal, Waltely Longo.

Uma pesquisa encomendada pelo canal para o instituto Ipsus/Marplan revela que nos três dias em que as mulheres ficam internadas no hospital, 97% delas assistem TV e que 79% vêem a TV Mulher & Mãe. "Das 20 horas e 43 minutos, em média, que elas ficam com a TV ligada, cerca de 9 horas e25 minutos estão na TV Mulher & Mãe", diz.

A idéia deu tão certo, que a empresa começa uma fase de expansão dos negócios com a instalação da TV Mulher & Mãe Consultório. "Serão 300 consultórios em todo o Brasil. São 200 de ginecologista e obstetras e cem de pediatras", conta Longo. O diferencial fica para parte do conteúdo. Nas maternidades, a programação é voltada para as mães que acabaram de ter seus bebes. Além de dicas para os primeiros cuidados com o bebê, as novas mamães assistem programas de culinária, beleza, lazer, cultura. "O importante é que o conteúdo não é clínico ele é feito especialmente para atender às necessidades da mulher em diferentes momentos", afirma Longo. Isso significa, por exemplo, que o conteúdo do canal nos consultórios dos obstetras é voltado para a mulher que ainda vai ser mãe e, claro, o dos pediatras para aquelas que já são mães.

O projeto conta com o patrocínio de empresas como Kimberly-Clark, Unilever, Arno, Natura, Renault e outras. O faturamento do canal é de R$ 6,8 milhões ao ano, agora com a distribuição nos consultórios, a previsão é de chegar a R$ 11,6 milhões ao ano, somente com os canais de TV, pois está no projeto a edição da revista Mulher & Mãe.

Toda mulher grávida que chega nas maternidades em que o canal é transmitido recebe um exemplar da revista, sem custo, nele, além de reportagens há toda a programação, não só do canal Mulher & Mães como de todos os outros canais oferecidos pela maternidade. "Agora vamos oferecer para as mulher, somente por meio de assinatura, mais quatro edições da revista", explica o executivo. Com uma periodicidade trimestral, o objetivo é ter um conteúdo voltado para o bebê com três meses, seis meses, nove meses e um ano. "Todo exemplar é acompanhado por um DVD", afirma Longo.

A expectativa de receita com as assinaturas da revista é R$ 5 milhões. "São 84 páginas com matérias sobre beleza, estética, gastronomia. A estimativa inicial é de uma tiragem de 36 mil coleções, incluindo as quatro edições e os DVDs", diz Longo.


Fonte: Sheila Horvath, in Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 6

Comentários

Anônimo disse…
Olá, sou jornalista, da área de televisão e estava procurando um texto sobre WEB TV e TV Corporativa para escrever um site. O material que vc postou é muito bom, Obrigada e parabéns.

Postagens mais visitadas deste blog

H2OH! - um produto desacreditado que virou sucesso

O executivo carioca Carlos Ricardo, diretor de marketing da divisão Elma Chips da Pepsico, a gigante americana do setor de alimentos e bebidas, é hoje visto como uma estrela em ascensão no mundo do marketing. Ele é o principal responsável pela criação e pelo lançamento de um produto que movimentou, de forma surpreendente, o mercado de bebidas em 11 países. A princípio, pouca gente fora da Pepsi e da Ambev, empresas responsáveis por sua produção, colocava fé na H2OH!, bebida que fica a meio caminho entre a água com sabor e o refrigerante diet. Mas em apenas um ano a H2OH! conquistou 25% do mercado brasileiro de bebidas sem açúcar, deixando para trás marcas tradicionais, como Coca-Cola Light e Guaraná Antarctica Diet. Além dos números de vendas, a H2OH! praticamente deu origem a uma nova categoria de produto, na qual tem concorrentes como a Aquarius Fresh, da Coca-Cola, e que já é maior do que segmentos consagrados, como os de leites com sabores, bebidas à base de soja, chás gelados e su

Doze passos para deixar de ser o “bode expiatório” na sua empresa

Você já viu alguma vez um colega de trabalho ser culpado, exposto ou demitido por erros que não foi ele que cometeu, e sim seu chefe ou outro colega? Quais foram os efeitos neste indivíduo e nos seus colegas? Como isso foi absorvido por eles? No meu trabalho como coach, tenho encontrado mais e mais casos de “bodes expiatórios corporativos”, que a Scapegoat Society, uma ONG britânica cujo objetivo é aumentar a consciência sobre esta questão no ambiente de trabalho, define como uma rotina social hostil ou calúnia psicológica, através da qual as pessoas passam a culpa ou responsabilidade adiante, para um alvo ou grupo. Os efeitos são extremamente danosos, com conseqüências de longo-prazo para a vítima. Recentemente, dei orientação executiva a um gerente sênior que nunca mais se recuperou por ter sido um dia bode expiatório. John, 39 anos, trabalhou para uma empresa quando tinha algo em torno de 20 anos de idade e tudo ia bem até que ele foi usado como bode expiatório por um novo chefe. De

Conselho Federal de Marketing?

A falta de regulamentação da profissão de marketing está gerando um verdadeiro furdunço na Bahia. O consultor de marketing André Saback diz estar sendo perseguido por membros do Conselho Regional de Administração da Bahia (CRA/BA) por liderar uma associação – com nome de Conselho Federal de Marketing e que ainda não está registrada – cujo objetivo, segundo ele, é regulamentar a profissão. O CRA responde dizendo que Saback está praticando estelionato e que as medidas tomadas visam a defender os profissionais de administração. Enquanto André Saback, formado em marketing pela FIB - Centro Universitário da Bahia -, diz militar pela regulamentação da profissão, o Presidente do CRA/BA, Roberto Ibrahim Uehbe, afirma que o profissional criou uma associação clandestina, está emitindo carteirinhas, cobrando taxas e que foi cobrado pelo Conselho Federal de Administração por medidas que passam até por processar Saback, que diz ter recebido dois telefonemas anônimos na última semana em tom de ameaç