Pular para o conteúdo principal

Geração Virtual começa a tomar o poder do consumo

A Geração Virtual, ou Geração V, começa a tomar o poder de forma definitiva. Em dez anos, a maior influência nas compras será a experiência virtual associada a elas. Segundo o Gartner, em 2015 mais dinheiro sertá gasto em marketing e vendas para múltiplas personas anônimas online do que para indivíduos offline. Essa transição na interação com o consumidor está sendo conduzida pela tal Geração V.

Segundo analistas do instituto, a Geração V é o reconhecimento de que o comportamento, as atitudes e interesses gerais estão começando a convergir num ambiente online. A idéia de Geração X (e, mais tarde, Geração Y) foi concebida como uma maneira de entender novas gerações que pareciam não ter quaisquer conexões com os ícones culturais dos baby boomers (pessoas nascidas imediatamente após a 2ª Guerra Mundial, período em que houve uma "explosão" de nascimentos). Profissionais de marketing usam as categorias "baby boomers", "Geração X" e "Geração Y" para segmentar a população e lançar produtos e serviços com foco na idade.

No entanto, conforme mais e mais baby boomers (que estão vivendo mais) e gerações mais jovens ficam online para participar/comunicar em um ambiente virtual, as distinções entre gerações começam a ruir. Os consumidores vão transitar entre segmentos em vários momentos da vida por uma sére de razões; e é provável que ajam parecido com várias gerações a qualquer momento.

"Para a Geração V, o ambiente virtual oferecer muitos aspectos de um campo de jogo nivelado, onde idade, gênero, classe e rendimento de indivíduos são menos importantes e menos reconhecidos do que competência, motivação e esforço", afirma Adam Sarner, analista do Gartner. "Um garoto de 11 anos de idade, por exemplo, pode ser a principal fonte de dicas sobre como fazer upgrade um gravador digital de vídeo, ou hackeá-lo para ter mais espaço de gravação. Um funcionário impopular pode ser um semi-elfo de 40º nível altamente reverenciado e bem sucedido no mundo virtual World of Warcraft. A oportunidade de reputação, prestígio, influência e crescimento pessoal provê uma atração social poderosa para que as massas gastem mais tempo em um mundo virtual".

Oportunidade
Para as companhias, tudo isso significa acesso a novas economias. Até 2030, por exemplo, haverá o dobro de pessoas acima dos 65 anos de idade nos EUA com o equivalente a 70 vezes do rendimento da mesma faixa etária em 1990. Essas pessoas gastarão mais tempo online, como membros da Geração V. As empresas terão novo alcance.

"Enquanto a sabedoria tradicional deu foco na identificação do consumidor para campanhas de marketing direcionado one-to-one, cross-selling e assim por diante, a realidade de pessoas criando múltiplas personas online (como em Second Life ou World of Warcraft), blogs, comunidades online, significa que todo consumidor terá múltiplos representantes virtuais conduzindo relações de negócios com empresas", afirma Sarner.

O Gartner oferece às empresas as seguintes recomendações para lidar com a Geração V:

- Organizar produtos e serviços ao redor de múltiplas personas online
- Vender para a persona, não para a pessoa. Uma persona, ou representante virtual, mostrará como quer ser tratada.
- Criar ambientes virtuais como uma forma de orquestrar a exploração do consumidor até a compra
- Mudar investimentos de clientes conhecidos para desconhecidos. Dar foco aos mais influentes dentro da meritocracia
- Desenvolver e reter novas habilidades para atrair, conectar, contribuir e adquirir conhecimento sobre a Geração V e seu ambiente virtual


Fonte: www.consumidormoderno.com.br

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

H2OH! - um produto desacreditado que virou sucesso

O executivo carioca Carlos Ricardo, diretor de marketing da divisão Elma Chips da Pepsico, a gigante americana do setor de alimentos e bebidas, é hoje visto como uma estrela em ascensão no mundo do marketing. Ele é o principal responsável pela criação e pelo lançamento de um produto que movimentou, de forma surpreendente, o mercado de bebidas em 11 países. A princípio, pouca gente fora da Pepsi e da Ambev, empresas responsáveis por sua produção, colocava fé na H2OH!, bebida que fica a meio caminho entre a água com sabor e o refrigerante diet. Mas em apenas um ano a H2OH! conquistou 25% do mercado brasileiro de bebidas sem açúcar, deixando para trás marcas tradicionais, como Coca-Cola Light e Guaraná Antarctica Diet. Além dos números de vendas, a H2OH! praticamente deu origem a uma nova categoria de produto, na qual tem concorrentes como a Aquarius Fresh, da Coca-Cola, e que já é maior do que segmentos consagrados, como os de leites com sabores, bebidas à base de soja, chás gelados e su

Doze passos para deixar de ser o “bode expiatório” na sua empresa

Você já viu alguma vez um colega de trabalho ser culpado, exposto ou demitido por erros que não foi ele que cometeu, e sim seu chefe ou outro colega? Quais foram os efeitos neste indivíduo e nos seus colegas? Como isso foi absorvido por eles? No meu trabalho como coach, tenho encontrado mais e mais casos de “bodes expiatórios corporativos”, que a Scapegoat Society, uma ONG britânica cujo objetivo é aumentar a consciência sobre esta questão no ambiente de trabalho, define como uma rotina social hostil ou calúnia psicológica, através da qual as pessoas passam a culpa ou responsabilidade adiante, para um alvo ou grupo. Os efeitos são extremamente danosos, com conseqüências de longo-prazo para a vítima. Recentemente, dei orientação executiva a um gerente sênior que nunca mais se recuperou por ter sido um dia bode expiatório. John, 39 anos, trabalhou para uma empresa quando tinha algo em torno de 20 anos de idade e tudo ia bem até que ele foi usado como bode expiatório por um novo chefe. De

Conselho Federal de Marketing?

A falta de regulamentação da profissão de marketing está gerando um verdadeiro furdunço na Bahia. O consultor de marketing André Saback diz estar sendo perseguido por membros do Conselho Regional de Administração da Bahia (CRA/BA) por liderar uma associação – com nome de Conselho Federal de Marketing e que ainda não está registrada – cujo objetivo, segundo ele, é regulamentar a profissão. O CRA responde dizendo que Saback está praticando estelionato e que as medidas tomadas visam a defender os profissionais de administração. Enquanto André Saback, formado em marketing pela FIB - Centro Universitário da Bahia -, diz militar pela regulamentação da profissão, o Presidente do CRA/BA, Roberto Ibrahim Uehbe, afirma que o profissional criou uma associação clandestina, está emitindo carteirinhas, cobrando taxas e que foi cobrado pelo Conselho Federal de Administração por medidas que passam até por processar Saback, que diz ter recebido dois telefonemas anônimos na última semana em tom de ameaç