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Sociedade de consumidores ou planeta de vendedores

“Vivemos em uma sociedade de consumidores ou em um planeta de vendedores?”. Foi com essa indagação que José Luiz Tejon, ex-diretor da Oesp Mídia, do Grupo Estado de S.Paulo, professor da Escola Superior de Propaganda & Marketing e da Fundação Getúlio Vargas, iniciou sua palestra Marketing, Vendas & Você, no primeiro dia da ExpoManagement 2007.

Para elucidar os principais alicerces que sustentam a indústria do marketing, Tejon relatou a história da Coca-cola, símbolo do capitalismo mundial. “O produto nasceu como remédio gastrintestinal e um vendedor resolveu vendê-lo como refrigerante. Então, o que nasceu primeiro, o vendedor de refrigerantes ou o mercado de refrigerantes?”, indagou.

Tejon defende que o marketing ideal requer vendedores que atribuam às pessoas importância superior aos produtos vendidos.

O palestrante também expôs que o marketing traz os clientes para a empresa enquanto as vendas levam a companhia ao cliente. Para ele, entender o marketing é rápido, mas praticá-lo é uma atividade para a vida inteira. Tejon propôs então uma equação que visa garantir bons resultados. Fundamentada em três pilares de sustentação – segmentação, target e posicionamento –, a sentença preconiza que não existe mais negócio global, um item que contemple e agrade a todos consumidores, mas nichos segmentados, com produtos diferenciados. ”Na verdade, não existem produtos, mas donos e fabricantes de produtos”, argumentou, justificando a relevância do consumidor nas ações de marketing.

Planejamento baseado em dados reais - O profissional de marketing também retratou a importância do Database Marketing (DBM) para o sucesso dos negócios. Capaz de prover a gestão da inteligência em vendas, o DBM concentra informações primordiais como: banco de dados, de clientes e dados sócio-econômicos. “São informações fundamentais para qualquer profissional que precisa tomar decisões e planejar suas atitudes com base em fatos reais”, destacou.

A arte de surpreender o cliente - “Sucesso é vender o que ninguém vende”. Essa é uma das máximas do marketing, garantiu Tejon, ao proferir que aquele que dá ao cliente apenas o que ele quer corre o risco de surpreendê-lo diante de outro vendedor capaz de oferecer aquilo que ele nunca sonhou querer. E ensinou: “A arte da venda é a arte da pergunta”.

Tejon comentou ainda que o vendedor precisa sedimentar suas ações em quatro “Vs”: vitalidade, vivência, visão e velocidade. Além disso, segundo ele, deve saber cultivar “nãos” para poder comemorar com vigor todos os “sins”.


Fonte: Portal HSM On-line

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