Pular para o conteúdo principal

Conselho Federal de Marketing?

A falta de regulamentação da profissão de marketing está gerando um verdadeiro furdunço na Bahia. O consultor de marketing André Saback diz estar sendo perseguido por membros do Conselho Regional de Administração da Bahia (CRA/BA) por liderar uma associação – com nome de Conselho Federal de Marketing e que ainda não está registrada – cujo objetivo, segundo ele, é regulamentar a profissão. O CRA responde dizendo que Saback está praticando estelionato e que as medidas tomadas visam a defender os profissionais de administração.

Enquanto André Saback, formado em marketing pela FIB - Centro Universitário da Bahia -, diz militar pela regulamentação da profissão, o Presidente do CRA/BA, Roberto Ibrahim Uehbe, afirma que o profissional criou uma associação clandestina, está emitindo carteirinhas, cobrando taxas e que foi cobrado pelo Conselho Federal de Administração por medidas que passam até por processar Saback, que diz ter recebido dois telefonemas anônimos na última semana em tom de ameaça. O CRA nega qualquer envolvimento, mas Saback cita o nome de Enio Carvalho, membro do CRA/BA e um dos Fundadores da ADVB na Bahia, de perseguição direta.

O consultor encaminhou um e-mail ao Mundo do Marketing reproduzindo uma carta em que Carvalho chama atenção dos demais profissionais para a ilegalidade do Conselho, uma vez que ele só pode existir caso o projeto de lei que tramita na Câmara seja aprovado. “Criei uma associação profissional com nome de Conselho para reunir pessoas com o objetivo de acelerar o processo de regulamentação da profissão”, diz Saback, que reconhece que a associação ainda não está formalizada, mas que está dando entrada nos papéis.

Acusações
O dinheiro cobrado para a afiliação, segundo André Saback, é investido em idas a Brasília para articular melhorias no projeto com deputados. Em duas ocasiões, inclusive, ele diz ter ido aos Gabinetes dos Deputados Federais Felipe Bornier (PHS/RJ), autor do projeto de lei 1944/07, e do relator Filipe Pereira (PSC-RJ). Antes, ele enviou fax e e-mails pedindo apoio e mudanças no projeto, mas em nenhuma das ocasiões recebeu retorno. Enio Carvalho, conselheiro do CRA/BA, não quis falar com a reportagem do Mundo do Marketing, mas afirmou que nunca fez ameaças a André. “Tenho 20 anos de mercado e esse rapaz não existe como profissional de marketing”, esbravejou antes de desligar o telefone.

Já Roberto Ibrahim Uehbe, Presidente do CRA/BA, diz não ser contra a associação, desde que ela seja regularizada e que não conclame o nome de Conselho. “Nosso interesse não é atrapalhar. Estamos defendendo os interesses dos administradores”, diz em entrevista ao site. “Somos contra a esta iniciativa clandestina”, completa. Além de abrir processos contra André Saback, o CRA/BA foi até a Policia Federal que enviou dois agentes em um seminário organizado pelo consultor em outubro. “É um absurdo eles dizerem que estou tirando dinheiro do povo”, ressalta o consultor. “Eles se revoltaram contra a minha pessoa porque se a lei for aprovada muita gente não poderá exercer a profissão e estamos tentando justamente criar uma reserva de mercado”, conta Saback.

Sobre o projeto de lei que tramita na Comissão de Trabalho da Câmara desde 2005, André Saback acredita que ainda deve haver alterações. “O último texto apresentado é bom, mas ainda faz confusão com o profissional de relações públicas e não trata de questões importantes como piso salarial e carga horária”, salienta em entrevista ao Mundo do Marketing. Enquanto isso, o Conselho de Administração não aceita mais a filiação de bacharéis em marketing, apenas administradores formados com ênfase em marketing. E a briga continua.


Fonte: Por Bruno Mello, in www.mundodomarketing.com.br

Comentários

Anônimo disse…
Sou formado em Marketing e acho uma erro a não regularização da profissão.

Roberto Freitas
Irecê Bahia
Anônimo disse…
Também sou formado em Marketing e gostaria muuuito que a profissão fosse regulamentada e regularizada. Se o conselho Regional e/ou Federal de Administração não reconhece o curso de Marketing como curso de fato, visto que o mercado pede profissionais específicos na área, quem vai reconhecer??? É necessário um conselho.
Alvaro Senna disse…
Sou Tecnólogo, formado no Amazonas em Marketing de Varejo na Primeira turma de 2005 e O CRA através do CONFEA recusa-se a regulamentar nossa profissão.
Pergunta que não quer calar...
Quem regulamentará o Marketing e se regulamentar, os profissionais de administração poderão utilizar a enfase em Marketing por sua própria conta?
Sou a favor da regulamentação. Além de botar ordem na casa, teremos reconhecimento jurídico.

Outro grande benefício é geração de empregos no setor público. Com um Conselho de marketing seja federal ou regional, hverão mais concursos públicos e não terei que candidatar-me em concursos públicos no qual a vaga seja para formados em qualquer curso superior.
Anônimo disse…
Meu nome é Luciano Gouveia, sou formado em Marketing, trabalho na área a muito tempo, moro em Recife-PE e estou de total apoio ao movimento a inclusão do Concelho de MKT em todo País. Gostaria de receber meis informações e contatos do CFMKT da Bahia pois estou movimentando a abertura de CRMKT-PE Concelho Rewgional de Marketing de Pernambuco e preciso de apoio dos mesmos. André saback favor entra em contato conosco para unirmos forças e credenciar nosso Concelho; Luciano Gouveia - Recife-PE contato: lucianogov2006@hotmail.com
Unknown disse…
Quem vai se credenciar no "conCelho" do Luciano Gouveia pode voltar na faculdade e devolver o diploma.
Meu nome é Rafael Santos, Sou formando em Marketing em Maceió.
Vejo muito preconceito pelos alunos formados em Administração, em crê que marketing é uma matéria insolada e não uma ciência, visto que o CRA-AL não apoia nada a ideia da regulamentação do profissional de Marketing.
qualquer novidade podem me informar.
santo.rafael@hotmail.com
Sou formado em Marketing e Propaganda com atuação na área política no Maranhão. Entendo que precisamos fortalecer os encaminhamentos e aprovação da PL 1944 no congresso nacional. felipeklamt@yahoo.com.br - @felipeklamt – www.comcontinuacao.blogspot.com
Anônimo disse…
Olá! Nós somos de uma escola do interior do RS, e estamos elaborando um trabalho sobre marketing, e queremos entrevistar um profissional desta área. Se alguém tiver disponibilidade para tal, por favor nos envie um e-mail. Desde já agradecemos! Abraços
gretschevalandro@hotmail.com
joicelamperti@hotmail.com
Celso Sasso disse…
Também sou formado em Marketing e gostaria que a profissão fosse regulamentada. Se o conselho Regional e/ou Federal de Administração não reconhece o curso de Marketing , visto que o mercado pede profissionais específicos na área, precisamos regulamentar a profissão.

Celso - RS
Celso Sasso disse…
Também sou formado em Marketing e gostaria que a profissão fosse regulamentada. Se o conselho Regional e/ou Federal de Administração não reconhece o curso de Marketing , visto que o mercado pede profissionais específicos na área, precisamos regulamentar a profissão.

Celso - RS

Postagens mais visitadas deste blog

H2OH! - um produto desacreditado que virou sucesso

O executivo carioca Carlos Ricardo, diretor de marketing da divisão Elma Chips da Pepsico, a gigante americana do setor de alimentos e bebidas, é hoje visto como uma estrela em ascensão no mundo do marketing. Ele é o principal responsável pela criação e pelo lançamento de um produto que movimentou, de forma surpreendente, o mercado de bebidas em 11 países. A princípio, pouca gente fora da Pepsi e da Ambev, empresas responsáveis por sua produção, colocava fé na H2OH!, bebida que fica a meio caminho entre a água com sabor e o refrigerante diet. Mas em apenas um ano a H2OH! conquistou 25% do mercado brasileiro de bebidas sem açúcar, deixando para trás marcas tradicionais, como Coca-Cola Light e Guaraná Antarctica Diet. Além dos números de vendas, a H2OH! praticamente deu origem a uma nova categoria de produto, na qual tem concorrentes como a Aquarius Fresh, da Coca-Cola, e que já é maior do que segmentos consagrados, como os de leites com sabores, bebidas à base de soja, chás gelados e su

Doze passos para deixar de ser o “bode expiatório” na sua empresa

Você já viu alguma vez um colega de trabalho ser culpado, exposto ou demitido por erros que não foi ele que cometeu, e sim seu chefe ou outro colega? Quais foram os efeitos neste indivíduo e nos seus colegas? Como isso foi absorvido por eles? No meu trabalho como coach, tenho encontrado mais e mais casos de “bodes expiatórios corporativos”, que a Scapegoat Society, uma ONG britânica cujo objetivo é aumentar a consciência sobre esta questão no ambiente de trabalho, define como uma rotina social hostil ou calúnia psicológica, através da qual as pessoas passam a culpa ou responsabilidade adiante, para um alvo ou grupo. Os efeitos são extremamente danosos, com conseqüências de longo-prazo para a vítima. Recentemente, dei orientação executiva a um gerente sênior que nunca mais se recuperou por ter sido um dia bode expiatório. John, 39 anos, trabalhou para uma empresa quando tinha algo em torno de 20 anos de idade e tudo ia bem até que ele foi usado como bode expiatório por um novo chefe. De