Pular para o conteúdo principal

Sony enfrenta desafio de construir marca de notebook no Brasil

Até 2010, o Brasil será o terceiro maior mercado de computadores do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e da China. Hoje, está em quinto lugar, atrás do Japão e do Reino Unido com 10,7 milhões unidades comercializadas em 2007, segundo dados da consultoria IDC Brasil. Com 1,5 milhões de produtos vendidos, os notebooks ainda não são a maioria no mercado, mas cresceram 153% no último ano. E é neste crescimento que a Sony está investindo.

Desde novembro de 2006, a empresa comercializa no Brasil a sua marca Vaio. Posicionada no segmento premium, mas com uma segmentação que oferece até notebooks mais accessíveis, a empresa espera crescer 400% em suas vendas este ano. O maior desafio da companhia hoje é construir a marca de notebooks no país.

Conhecida por quem já comprava o produto em viagens ao exterior, a meta por aqui é atender a diferentes públicos oferecendo um produto diferenciando e segmentado em diversas linhas. “Além da alta tecnologia, temos o design como característica da marca Vaio”, afirma Gustavo Araujo, gerente de produto da linha de notebooks da Sony Brasil. “Oferecemos cinco linhas com diferentes desenhos e soluções completamente diferenciadas para cada necessidade do consumidor. Essas cinco séries têm peso, tamanho de tela, cores, portabilidade, estilo e configurações completamente diferentes porque entregam soluções diferentes”, explica.

Estratégias de diferenciação
O processo de construção da marca no Brasil começou com a definição de estratégia de produto. “Trouxemos o que tinha de melhor de Vaio para o Brasil e isso já se refletiu em resultado. Por dois anos, a marca foi escolhida pela revista Info Exame como a mais confiável porque inova antes das outras. Ou seja, o consumidor reconhece o posicionamento de que Vaio sempre traz o melhor da tecnologia”, conta Araujo em entrevista ao Mundo do Marketing.

Entre os produtos, o destaque é a versão Sony Vaio da serie TZ que pesa 1,2kg, feito em fibra de carbono, mesmo material que a Nasa usa em ônibus espaciais e a Fórmula 1 utiliza para fabricar seus carros. É mais resistente e leve que um plástico. “Tem ainda a série Colors, com cores e texturas diferenciadas. Temos uma linha que oferece entretenimento em alta definição, com notebook com saída Blu-Ray, e temos também produtos para aquele consumidor que está substituindo o seu desktop por um notebook para as tarefas básicas com uma série mais acessível”, explica o gerente da Sony.

Para chegar ao consumidor premium, a empresa investe em patrocínio de eventos como o Aberto de Golfe Fazenda da Grama. No ponto-de-venda, a Sony investe grande parte de sua comunicação “O PDV exerce um papel importante dentro da nossa estratégia. Inovamos neste segmento porque fazemos exposição do produto de forma diferenciada. No final, é um conjunto de fatores para que consigamos levar a experiência Vaio para dentro do ponto-de-venda, pois não consigo sustentar um preço premium se não oferecer uma experiência premium”, ressalta Gustavo Araujo.

Segundo analistas, a venda de notebooks no mundo irá superar a de desktops em 2010. Além de ter uma estratégia bem desenhada de produtos e segmentação clara, o trabalho de comunicação tem que ser feito na Internet também para poder aproveitar este mercado. “Temos uma presença forte e que vai aumentar cada vez mais. Temos feito campanhas em parceria com a Intel que tem trazido resultados muito bons, acima da média do mercado”, informa o gerente de produto da linha de notebooks da Sony Brasil.


Fonte: Por Bruno Mello, in www.mundodomarketing.com.br

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

H2OH! - um produto desacreditado que virou sucesso

O executivo carioca Carlos Ricardo, diretor de marketing da divisão Elma Chips da Pepsico, a gigante americana do setor de alimentos e bebidas, é hoje visto como uma estrela em ascensão no mundo do marketing. Ele é o principal responsável pela criação e pelo lançamento de um produto que movimentou, de forma surpreendente, o mercado de bebidas em 11 países. A princípio, pouca gente fora da Pepsi e da Ambev, empresas responsáveis por sua produção, colocava fé na H2OH!, bebida que fica a meio caminho entre a água com sabor e o refrigerante diet. Mas em apenas um ano a H2OH! conquistou 25% do mercado brasileiro de bebidas sem açúcar, deixando para trás marcas tradicionais, como Coca-Cola Light e Guaraná Antarctica Diet. Além dos números de vendas, a H2OH! praticamente deu origem a uma nova categoria de produto, na qual tem concorrentes como a Aquarius Fresh, da Coca-Cola, e que já é maior do que segmentos consagrados, como os de leites com sabores, bebidas à base de soja, chás gelados e su

Doze passos para deixar de ser o “bode expiatório” na sua empresa

Você já viu alguma vez um colega de trabalho ser culpado, exposto ou demitido por erros que não foi ele que cometeu, e sim seu chefe ou outro colega? Quais foram os efeitos neste indivíduo e nos seus colegas? Como isso foi absorvido por eles? No meu trabalho como coach, tenho encontrado mais e mais casos de “bodes expiatórios corporativos”, que a Scapegoat Society, uma ONG britânica cujo objetivo é aumentar a consciência sobre esta questão no ambiente de trabalho, define como uma rotina social hostil ou calúnia psicológica, através da qual as pessoas passam a culpa ou responsabilidade adiante, para um alvo ou grupo. Os efeitos são extremamente danosos, com conseqüências de longo-prazo para a vítima. Recentemente, dei orientação executiva a um gerente sênior que nunca mais se recuperou por ter sido um dia bode expiatório. John, 39 anos, trabalhou para uma empresa quando tinha algo em torno de 20 anos de idade e tudo ia bem até que ele foi usado como bode expiatório por um novo chefe. De

Conselho Federal de Marketing?

A falta de regulamentação da profissão de marketing está gerando um verdadeiro furdunço na Bahia. O consultor de marketing André Saback diz estar sendo perseguido por membros do Conselho Regional de Administração da Bahia (CRA/BA) por liderar uma associação – com nome de Conselho Federal de Marketing e que ainda não está registrada – cujo objetivo, segundo ele, é regulamentar a profissão. O CRA responde dizendo que Saback está praticando estelionato e que as medidas tomadas visam a defender os profissionais de administração. Enquanto André Saback, formado em marketing pela FIB - Centro Universitário da Bahia -, diz militar pela regulamentação da profissão, o Presidente do CRA/BA, Roberto Ibrahim Uehbe, afirma que o profissional criou uma associação clandestina, está emitindo carteirinhas, cobrando taxas e que foi cobrado pelo Conselho Federal de Administração por medidas que passam até por processar Saback, que diz ter recebido dois telefonemas anônimos na última semana em tom de ameaç