A internet nunca esteve tão cheia de criminosos, diz Dave Marcus, responsável pelo Avert, o laboratório de segurança da McAfee, uma das maiores produtoras de software antivírus do mundo. Os crimes online bateram recorde histórico no ano passado: foram mais de 135 000 tipos de ameaça virtual. Os usuários ainda cometem erros básicos, e os hackers estão cada vez mais sofisticados, disse Marcus a EXAME.
1 - A internet está mais perigosa?
A internet é uma avenida cada vez mais movimentada, e os internautas precisam olhar várias vezes antes de atravessá-la. O ano de 2007 concentrou 38% de todos os vírus e códigos maliciosos já escritos. Os criminosos perceberam que podem ganhar dinheiro e correm pouquíssimo risco de ser pegos.
2 - Quais são os crimes mais comuns?
Roubo de senhas. Os criminosos usam principalmente spam com códigos maliciosos anexados ou que levam a páginas falsas na internet para roubar dados como senhas bancárias e número de cartões de crédito.
3 - Os hackers estão mais inteligentes?
Esses criminosos são espertos, mas não são gênios. Eles conseguem driblar proteções como um criminoso comum que escala um muro para roubar. Mas estão se globalizando e formando redes de contato em vários lugares do mundo. Um hacker da China pode capturar dados de um internauta brasileiro e trocá-los ou vendê-los a um hacker do Brasil. Como as empresas, os hackers descobrem seus mercados. Isso potencializa o poder dos ataques.
4 - Então o crime virtual se globalizou?
Sim. Há dois anos, a maioria dos spams era gerada em inglês. Agora os crimes estão muito mais específicos, e as ameaças, localizadas: em português, alemão, espanhol. Podemos dizer que essa é uma tendência preocupante: as ameaças são regionais.
5 - Qual o país campeão em crimes virtuais?
Não dá para medir o volume de crimes virtuais da mesma forma como se medem crimes tradicionais. Não é porque fraudes por e-mail vêm da China que realmente são cometidas a partir de lá. É difícil especificar a localização porque os hackers encobrem suas pegadas. Mas, se levarmos em conta apenas o remetente, podemos dizer que China e Estados Unidos são grandes geradores de spam e fraudes virtuais.
6 - Como alertar os usuários corporativos sobre os riscos da internet?
Muitos gerentes de TI enviam mensagens aos usuários: não façam isso. Certo, essa é parte das tarefas desses profissionais, mas os alertas nem sempre funcionam. É mais eficaz mostrar como atua um programa de roubo de senhas, desde a chegada do e-mail até as ações inadvertidas do usuário. Treinei minhas filhas de 14 e 12 anos para evitar as ameaças de sites como Facebook e MySpace. Se você pode treinar uma criança de 10 anos, pode treinar um adulto.
7 - E como proteger os dados das empresas?
A criptografia pode ser uma boa forma de proteção. Um equipamento que tenha os dados criptografados, por exemplo, dá um trabalho grande para o criminoso recuperar as informações. É uma forma sólida de proteção que deve se popularizar mais entre as companhias nos próximos anos.
Fonte: Por Camila Fusco, in portalexame.abril.com.br
1 - A internet está mais perigosa?
A internet é uma avenida cada vez mais movimentada, e os internautas precisam olhar várias vezes antes de atravessá-la. O ano de 2007 concentrou 38% de todos os vírus e códigos maliciosos já escritos. Os criminosos perceberam que podem ganhar dinheiro e correm pouquíssimo risco de ser pegos.
2 - Quais são os crimes mais comuns?
Roubo de senhas. Os criminosos usam principalmente spam com códigos maliciosos anexados ou que levam a páginas falsas na internet para roubar dados como senhas bancárias e número de cartões de crédito.
3 - Os hackers estão mais inteligentes?
Esses criminosos são espertos, mas não são gênios. Eles conseguem driblar proteções como um criminoso comum que escala um muro para roubar. Mas estão se globalizando e formando redes de contato em vários lugares do mundo. Um hacker da China pode capturar dados de um internauta brasileiro e trocá-los ou vendê-los a um hacker do Brasil. Como as empresas, os hackers descobrem seus mercados. Isso potencializa o poder dos ataques.
4 - Então o crime virtual se globalizou?
Sim. Há dois anos, a maioria dos spams era gerada em inglês. Agora os crimes estão muito mais específicos, e as ameaças, localizadas: em português, alemão, espanhol. Podemos dizer que essa é uma tendência preocupante: as ameaças são regionais.
5 - Qual o país campeão em crimes virtuais?
Não dá para medir o volume de crimes virtuais da mesma forma como se medem crimes tradicionais. Não é porque fraudes por e-mail vêm da China que realmente são cometidas a partir de lá. É difícil especificar a localização porque os hackers encobrem suas pegadas. Mas, se levarmos em conta apenas o remetente, podemos dizer que China e Estados Unidos são grandes geradores de spam e fraudes virtuais.
6 - Como alertar os usuários corporativos sobre os riscos da internet?
Muitos gerentes de TI enviam mensagens aos usuários: não façam isso. Certo, essa é parte das tarefas desses profissionais, mas os alertas nem sempre funcionam. É mais eficaz mostrar como atua um programa de roubo de senhas, desde a chegada do e-mail até as ações inadvertidas do usuário. Treinei minhas filhas de 14 e 12 anos para evitar as ameaças de sites como Facebook e MySpace. Se você pode treinar uma criança de 10 anos, pode treinar um adulto.
7 - E como proteger os dados das empresas?
A criptografia pode ser uma boa forma de proteção. Um equipamento que tenha os dados criptografados, por exemplo, dá um trabalho grande para o criminoso recuperar as informações. É uma forma sólida de proteção que deve se popularizar mais entre as companhias nos próximos anos.
Fonte: Por Camila Fusco, in portalexame.abril.com.br
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