Quando se fala em liderança, sempre surgem listas de atributos indispensáveis a um líder competente. Até Lee Iaccoca, o lendário ex-CEO da Chrysler, andou fazendo a dele. Em seu livro mais recente, intitulado "Cadê os líderes", o experiente Iacocca cita as características essenciais de um bom líder, conjunto esse que ele batizou de os nove "Cs" da liderança, a saber: curiosidade, criatividade, comunicação, caráter, coragem, convicção, carisma, competência e critério. Não há dúvida de que todas essas qualidades têm seu peso na hora de compor o perfil de um líder eficaz. No entanto, eu acrescentaria mais uma: a individualidade. Os líderes que realmente fazem a diferença são aqueles que expressam os atributos citados por Iacocca de um modo único, original. Eles não seguem estilos - criam estilos.
Criar um estilo não é necessariamente uma questão de "inventar moda". Muitas vezes, um líder recorre a processos, sistemas, metodologias e idéias já existentes. A diferença é que um líder dotado de uma individualidade marcante faz isso à sua maneira, reciclando conceitos, inovando, adaptando, até chegar à solução mais eficaz para lidar com a situação com a qual ele se defronta no momento. E faz isso conquistando a cooperação e o engajamento de seus colaboradores, pois, é bom frisar, individualidade não é o mesmo que individualismo.
É claro que seu estilo, tanto pessoal quanto profissional, pode suscitar críticas mas, no final das contas, o que importa mesmo são os resultados. Veja-se o caso da indiana Indra Nooyi, atual CEO da PepsiCo, a segunda maior fabricante de refrigerantes do mundo. Indra costuma ir para o trabalho e para as reuniões de negócios vestindo o sári, traje tradicional indiano. Em ocasiões especiais, ela é vista com um pequeno círculo vermelho pintado entre seus olhos, o bindi, um costume milenar das mulheres indianas.
Não falta quem afirme que ela usa suas tradições nativas com objetivos marqueteiros. No entanto, como diz o ditado, os cães ladram e a caravana passa. Contratada pela Pepsi em 1994 para ocupar o cargo de vice-presidente de planejamento estratégico, Indra comandou mudanças que revitalizaram a empresa, transformou iniciativas deficitárias em empreendimentos lucrativos e abriu novos mercados. Por tudo isso, foi elevada à posição de CEO - é a primeira mulher a ocupar essa posição em toda a história da Pepsi.
Indra foi apontada pela revista Fortune como a mulher mais poderosa do mundo, à frente de estrelas como a apresentadora Oprah Winfrey e Zoe Cruz, presidente do banco Morgan Stanley. Ela é, também, a executiva mais bem paga do planeta. Os que criticam suas roupas deveriam lembrar-se que o hábito não faz o monge - nem a monja. A individualidade e o estilo, porém, ajudam a fazer um líder.
Fonte: Por Ricardo Bellino, in Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 11
Criar um estilo não é necessariamente uma questão de "inventar moda". Muitas vezes, um líder recorre a processos, sistemas, metodologias e idéias já existentes. A diferença é que um líder dotado de uma individualidade marcante faz isso à sua maneira, reciclando conceitos, inovando, adaptando, até chegar à solução mais eficaz para lidar com a situação com a qual ele se defronta no momento. E faz isso conquistando a cooperação e o engajamento de seus colaboradores, pois, é bom frisar, individualidade não é o mesmo que individualismo.
É claro que seu estilo, tanto pessoal quanto profissional, pode suscitar críticas mas, no final das contas, o que importa mesmo são os resultados. Veja-se o caso da indiana Indra Nooyi, atual CEO da PepsiCo, a segunda maior fabricante de refrigerantes do mundo. Indra costuma ir para o trabalho e para as reuniões de negócios vestindo o sári, traje tradicional indiano. Em ocasiões especiais, ela é vista com um pequeno círculo vermelho pintado entre seus olhos, o bindi, um costume milenar das mulheres indianas.
Não falta quem afirme que ela usa suas tradições nativas com objetivos marqueteiros. No entanto, como diz o ditado, os cães ladram e a caravana passa. Contratada pela Pepsi em 1994 para ocupar o cargo de vice-presidente de planejamento estratégico, Indra comandou mudanças que revitalizaram a empresa, transformou iniciativas deficitárias em empreendimentos lucrativos e abriu novos mercados. Por tudo isso, foi elevada à posição de CEO - é a primeira mulher a ocupar essa posição em toda a história da Pepsi.
Indra foi apontada pela revista Fortune como a mulher mais poderosa do mundo, à frente de estrelas como a apresentadora Oprah Winfrey e Zoe Cruz, presidente do banco Morgan Stanley. Ela é, também, a executiva mais bem paga do planeta. Os que criticam suas roupas deveriam lembrar-se que o hábito não faz o monge - nem a monja. A individualidade e o estilo, porém, ajudam a fazer um líder.
Fonte: Por Ricardo Bellino, in Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 11
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