Tenho acompanhado que no Brasil é crescente a harmonia entre as empresas e as comunidades, assim como vi na Índia e em outros países em desenvolvimento que visito com freqüência. Espero que este movimento esteja realmente sendo aproveitado pelos empresários e executivos brasileiros, dos mais altos escalões como uma oportunidade única de enxergar como o outro soluciona problemas de outras maneiras.
Ao falar de aprendizagem organizacional em empresas, tema sobre o qual disserto há décadas, minha primeira preocupação nunca é com as pessoas do chão da fábrica, mas sim com os altos escalões, pois se você não tiver estes profissionais conscientes da importância de se comprometerem com seu próprio processo de aprendizado contínuo, e com o de toda a organização, nada vai para frente e, ao invés de ter uma organização que aprende, você terá uma organização que apenas treina as pessoas que a ela se dedicam. Treinamento e aprendizagem são completamente diferentes.
O comprometimento dos líderes faz a diferença. Sei que não sou o único a dizer isso, mas reafirmo com todos os meus anos de experiência de consultoria. Vejo no meu dia-a-dia. Meu último livro, "The Necessary Revolution" - ainda sem tradução para o português - traz, em suas 400 páginas, casos de organizações com e sem fins lucrativos que, sozinhas ou em parceria, desenvolveram projetos de sustentabilidade que hoje já são exemplares, como a Coca-Cola. Mesmo quando a iniciativa não surgiu dos altos escalões, houve um grande envolvimento deles, para que tudo pudesse acontecer.
A abertura de gestores e líderes para criação de uma atmosfera favorável à inovação e à criação de espaço para que as mudanças ocorram é essencial para que a organização progrida e garanta a sua sobrevivência. Muitos líderes, por estarem nesta posição, não se permitem pedir ajuda porque acreditam que se enfraquecerão perante os demais. Acham que se estão ali, têm todas as respostas e tudo que verão no mundo é o que já sabem que verão. Assim param de aprimorar a maneira de pensar.
O que tenho proposto aos que encontro é que se abram para que estejam aptos a ver algo novo, a encontrar maneiras novas de resolver os velhos e os novos problemas, que sempre surgirão. Assim, eles serão sempre pessoas e profissionais conscientes e este estado de espírito não tem volta. Desenvolvemos recentemente no MIT o " elias", um programa de formação de lideranças inovadoras entre sistemas, que lança sua segunda turma em 2009, no qual montamos uma proposta que permite que alguns executivos que tenham algum brilhantismo em suas carreiras, que têm paixão pelo que fazem e estão conscientes de que é preciso trabalhar globalmente estivessem juntos na criação de modelos inovadores entre países e sistemas. É uma maneira de tentar fazer uma formação nova de lideranças.
Fonte: Por Peter Senge, in Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 11
Ao falar de aprendizagem organizacional em empresas, tema sobre o qual disserto há décadas, minha primeira preocupação nunca é com as pessoas do chão da fábrica, mas sim com os altos escalões, pois se você não tiver estes profissionais conscientes da importância de se comprometerem com seu próprio processo de aprendizado contínuo, e com o de toda a organização, nada vai para frente e, ao invés de ter uma organização que aprende, você terá uma organização que apenas treina as pessoas que a ela se dedicam. Treinamento e aprendizagem são completamente diferentes.
O comprometimento dos líderes faz a diferença. Sei que não sou o único a dizer isso, mas reafirmo com todos os meus anos de experiência de consultoria. Vejo no meu dia-a-dia. Meu último livro, "The Necessary Revolution" - ainda sem tradução para o português - traz, em suas 400 páginas, casos de organizações com e sem fins lucrativos que, sozinhas ou em parceria, desenvolveram projetos de sustentabilidade que hoje já são exemplares, como a Coca-Cola. Mesmo quando a iniciativa não surgiu dos altos escalões, houve um grande envolvimento deles, para que tudo pudesse acontecer.
A abertura de gestores e líderes para criação de uma atmosfera favorável à inovação e à criação de espaço para que as mudanças ocorram é essencial para que a organização progrida e garanta a sua sobrevivência. Muitos líderes, por estarem nesta posição, não se permitem pedir ajuda porque acreditam que se enfraquecerão perante os demais. Acham que se estão ali, têm todas as respostas e tudo que verão no mundo é o que já sabem que verão. Assim param de aprimorar a maneira de pensar.
O que tenho proposto aos que encontro é que se abram para que estejam aptos a ver algo novo, a encontrar maneiras novas de resolver os velhos e os novos problemas, que sempre surgirão. Assim, eles serão sempre pessoas e profissionais conscientes e este estado de espírito não tem volta. Desenvolvemos recentemente no MIT o " elias", um programa de formação de lideranças inovadoras entre sistemas, que lança sua segunda turma em 2009, no qual montamos uma proposta que permite que alguns executivos que tenham algum brilhantismo em suas carreiras, que têm paixão pelo que fazem e estão conscientes de que é preciso trabalhar globalmente estivessem juntos na criação de modelos inovadores entre países e sistemas. É uma maneira de tentar fazer uma formação nova de lideranças.
Fonte: Por Peter Senge, in Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 11
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