Pular para o conteúdo principal

Em busca dos formatos matadores em Mobile Marketing

Quando teremos os 30 segundos ou a página dupla do mobile marketing? Essa é a minha briga diária no mercado: construir formatos consistentes e vencedores. Contudo, a busca pela inovação constante acaba se tornando uma grande armadilha para os meios digitais, em especial o mobile.

É a síndrome do “já fizeram isso antes?”. Situação sempre curiosa que enfrento em agências. Se já fizeram, o valor da idéia é dizimado instantaneamente. Se não, é melhor correr para colocar a ação no ar e fazer algo genuinamente inovador.

Bobagem. Inovar é sempre mais desafiador no conteúdo e não no formato. Para qualquer meio se tornar minimamente consistente, é importante que tenha formatos claramente definidos. Parece contraditório, mas não é. Com formatos melhor definidos, a criação pode ser mais indefinida, inovadora e genial.

Quando se trata de uma nova plataforma como o celular, o desafio é duplo. Afinal, não basta ser inovador por simplesmente utilizar mobile na campanha, é preciso ser um formato único. Com isso, não se cria histórico, não se obtém escala e, por fim, não se cria um meio sustentável.

Com o mercado em ebulição, temos visto dezenas de iniciativas em mobile marketing e mobile advertising. Por tentativa e erro, alguns formatos têm se mostrado vencedores. Por similaridade a outros meios, temos dois grandes formatos que se destacam: mobile ad banners em portais WAP das operadoras e banners WEB interativos (com disparo de SMS ou torpedo de voz).

Há outro formato que vem se firmando nos últimos tempos, que chamamos de web-video-call: ao visualizar um vídeo na web, há disparo de uma ligação em sincronia com o que se assiste. Muitas marcas têm investido nesse formato. Nos últimos meses, já houve campanhas da Reach One (Johnson&Johnson), Gol, Carrefour, Natura, L’Oreal e TIM, entre outras. Como já era de se esperar, sempre há críticas e alertas para o desgaste do formato, o que não faz sentido num universo de pouco menos de uma dúzia de campanhas.

Ora, a dupla de abertura da Veja tem seu formato inalterado há décadas. Cabe aos criativos inovar no seu uso, no que recheia aquelas valiosas páginas. Na WEB, também já há os formatos matadores, como a Tab do Messenger. Desafiador é o que carregar na aba e não em criar novos formatos de destaque no comunicador instantâneo.

O mesmo deve ser aplicado ao mobile marketing. Precisamos nos preocupar mais com criação de campanhas inovadores e não em formatos únicos e inéditos. Feito isso, podem apostar, o mobile marketing ganhará uma linha no plano de mídia das grandes marcas.


Fonte: Por Leonardo Xavier, in www.mundodomarketing.com.br

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

H2OH! - um produto desacreditado que virou sucesso

O executivo carioca Carlos Ricardo, diretor de marketing da divisão Elma Chips da Pepsico, a gigante americana do setor de alimentos e bebidas, é hoje visto como uma estrela em ascensão no mundo do marketing. Ele é o principal responsável pela criação e pelo lançamento de um produto que movimentou, de forma surpreendente, o mercado de bebidas em 11 países. A princípio, pouca gente fora da Pepsi e da Ambev, empresas responsáveis por sua produção, colocava fé na H2OH!, bebida que fica a meio caminho entre a água com sabor e o refrigerante diet. Mas em apenas um ano a H2OH! conquistou 25% do mercado brasileiro de bebidas sem açúcar, deixando para trás marcas tradicionais, como Coca-Cola Light e Guaraná Antarctica Diet. Além dos números de vendas, a H2OH! praticamente deu origem a uma nova categoria de produto, na qual tem concorrentes como a Aquarius Fresh, da Coca-Cola, e que já é maior do que segmentos consagrados, como os de leites com sabores, bebidas à base de soja, chás gelados e su

Doze passos para deixar de ser o “bode expiatório” na sua empresa

Você já viu alguma vez um colega de trabalho ser culpado, exposto ou demitido por erros que não foi ele que cometeu, e sim seu chefe ou outro colega? Quais foram os efeitos neste indivíduo e nos seus colegas? Como isso foi absorvido por eles? No meu trabalho como coach, tenho encontrado mais e mais casos de “bodes expiatórios corporativos”, que a Scapegoat Society, uma ONG britânica cujo objetivo é aumentar a consciência sobre esta questão no ambiente de trabalho, define como uma rotina social hostil ou calúnia psicológica, através da qual as pessoas passam a culpa ou responsabilidade adiante, para um alvo ou grupo. Os efeitos são extremamente danosos, com conseqüências de longo-prazo para a vítima. Recentemente, dei orientação executiva a um gerente sênior que nunca mais se recuperou por ter sido um dia bode expiatório. John, 39 anos, trabalhou para uma empresa quando tinha algo em torno de 20 anos de idade e tudo ia bem até que ele foi usado como bode expiatório por um novo chefe. De

Conselho Federal de Marketing?

A falta de regulamentação da profissão de marketing está gerando um verdadeiro furdunço na Bahia. O consultor de marketing André Saback diz estar sendo perseguido por membros do Conselho Regional de Administração da Bahia (CRA/BA) por liderar uma associação – com nome de Conselho Federal de Marketing e que ainda não está registrada – cujo objetivo, segundo ele, é regulamentar a profissão. O CRA responde dizendo que Saback está praticando estelionato e que as medidas tomadas visam a defender os profissionais de administração. Enquanto André Saback, formado em marketing pela FIB - Centro Universitário da Bahia -, diz militar pela regulamentação da profissão, o Presidente do CRA/BA, Roberto Ibrahim Uehbe, afirma que o profissional criou uma associação clandestina, está emitindo carteirinhas, cobrando taxas e que foi cobrado pelo Conselho Federal de Administração por medidas que passam até por processar Saback, que diz ter recebido dois telefonemas anônimos na última semana em tom de ameaç