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Novas mídias são adequadas para mensuração

Mensurar resultados de ações realizadas em canais digitais e conhecer novas mídias na era do marketing digital para atingir públicos de maneira mais eficiente foram os desafios de parte da programação do Marketing Strategies Summit Brasil, ocorrido nos dias 19, 20 e 21 de agosto de 2008 em São Paulo/SP, organizado pela IBC - International Business Communications (www.informagroup.com.br).

O sócio-diretor de Marketing e Comercial da WebTraffic, Lucas Nunes, comenta que a internet nasceu sob esta ênfase da mensuração total e da possibilidade de revisão imediata de canais e conteúdos, e com isso foram buscados parâmetros de avaliação de resultados na forma de vendas, de contatos, de visitantes únicos, de cliques, de downloads e de páginas vistas, para embasar as decisões, tanto sobre materiais de portais quanto de newsletter por email. São monitoradas seções internas, banners, formulários de contato, sessões de chat, emails recebidos – cada um com análises diferentes. Para email, pode ser obtida a taxa de abertura e de clique, e a partir disto qual a atitude tomada, num tracking preciso de todo o processo. Ele acha básico atualmente investir em links patrocinados e em email-marketing. “Mas sempre é importante trabalhar um mix variado para impactar o usuário em diversos ambientes, ao menos até saber qual deles é mais efetivo para seu modelo de negócio”, explica.

Como impasses da área, Nunes aponta a falta de padrões de formatos de veiculação e cobrança por espaço, além da inexistência de estrutura publicitária em muitos portais, a presença de grandes players que dominam o mercado e impõem tabelas e regras, a dificuldade da integração on e offline, e os desafios e dúvidas frente ao comportamento comercial aceitável em redes sociais, tanto pelos criadores quanto pelos empresários contratantes. Todavia, como cita o gerente de Análise de Mercado do IBOPE-NetRatings, Alexandre Magalhães, há em torno de quatro milhões de pessoas com acesso à internet no Brasil, predominantemente a partir de suas residências, através de computadores com uma média de 25 horas por mês de uso por pessoa. É um potencial que não pode ser desprezado, ainda que ele aponte uma diminuição na lealdade dos internautas, porque há uma pulverização de canais e uma facilidade de emissão de opiniões, desviando a atenção. “Com o impacto da digitalização, a empresa deixa de ser dona da própria marca, na rede tudo é mutável”, destaca Magalhães.

Entre as tendências no setor, são listadas a recriação da escrita e da conversa oral mostrando que “a língua é um ser vivo”, com muitas abreviaturas, siglas e gírias metafóricas; o atrelamento do sucesso de uma marca a alguns elementos como medo, fantasia, humor e amor; a necessidade dos jovens de fazer parte de grupos; a perda da influência dos pais, das autoridades e da mídia oficial; a virtualidade do mundo como “avatares” e uso sistemático de aparelhos de intermediação de contato; a interatividade do mundo, tornando tudo mais imediato; e ainda a convergência de mídias. Para René de Paula Jr., da Microsoft, o consumidor online parece gravitar em torno de uma consciência infantil, que só atinge o presente do tempo e não processa o passado e o futuro, e assim acaba sendo imediatista, impaciente e até superficial. Também participou do debate a diretora de Mobile do Yahoo Brasil, Melissa Brandão.


Fonte: Por Rodrigo Cogo – Gerenciador do portal Mundo das Relações Públicas

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