Caso 1
Decisão não comunicada
Uma grande indústria contratou um conceituado profissional de marketing e criou uma diretoria especial de relações com o mercado. A decisão partiu da iniciativa isolada de seu presidente, que não comunicou o fato nem mesmo aos diretores e gerentes. Os diretores tomaram conhecimento, através de conversa informal com a secretária da Presidência, pois estranharam a presença constante de pessoa desconhecida em reuniões com o presidente. Após um mês da contratação – e depois de algumas situações conflituosas com o profissional –, o presidente comunicou sua admissão em reunião de diretoria e determinou a divulgação da notícia por meio de circular a todos os funcionários. Dessa forma, ele acreditava que seria possível iniciar algumas mudanças na estratégia de mercado da empresa, evitando resistências ou divergências de idéias com diretores e gerentes. A reação imediata foi uma expressiva incidência de desavenças na fábrica, que acabou comprometendo o cumprimento de prazos com grandes clientes e gerando boatos sobre demissões.
Case 2
Diálogo entre dois gerentes:
A - Ouvi dizer que a lista de demissão sai essa semana...
B - Demissão ? Mas como demissão! Soube que foram fechados contratos de exportação para a Argentina, Chile e Venezuela. Além do mais, após as demissões do início do ano, já estamos com a estrutura super-enxuta e uma substancial sobrecarga de trabalho.
A - É meu amigo, você tem razão, mas a lógica da direção é diferente da nossa.
B - Pensei que a notícia da semana fosse o lançamento nacional de um novo produto, que dizem que nossa companhia vai representar, decorrente de uma joint-venture com uma corporação européia...
A - Eu li alguma coisa a respeito no jornal, mas aqui na empresa nada nos foi comunicado até o momento.
B - O Ferreira me disse que, apesar do contexto recessivo, a situação financeira da companhia nunca esteve tão boa.
A - Pode até ser... no entanto, pelos meus indicadores de produtividade nunca tivemos índices tão baixos. Além disso, nosso principal fornecedor tem ligado diariamente querendo informações sobre nossa planilha de produção para o segundo semestre. Eu não posso informar nada. Se eu não tenho informação sobre o que acontece essa semana, imagina para o próximo semestre!
B - É... a situação está complicada. Mas não vamos ficar conjeturando. Vamos fazer o que deve ser feito e pronto. Vamos trabalhar!
A - Sim vamos trabalhar, só que a desmotivação no departamento é maior do que a minha capacidade gerencial. Como posso motivar pessoas e equipes sem informações claras e objetivas sobre a empresa, seus planos, objetivos e metas ?
Estes exemplos retratam bem as conseqüências comprometedoras que a falta de seriedade no desenvolvimento de uma política de comunicação pode gerar.
Ambos os casos apresentam situações críticas, geradas pela ausência de comunicação e falta de consciência das lideranças para a importância do compartilhamento de informações estratégicas.É extremamente frustrante, para qualquer profissional, tomar conhecimento, com atraso, de um fato relevante relacionado à empresa para a qual trabalha. É decepcionante também ficar sabendo sobre mudanças internas por meio de terceiros ou fontes externas de informação.
Os funcionários sentem a necessidade de participar das decisões e de conhecer melhor a empresa para a qual trabalham. Isso mexe com a identidade cultural. A pessoa pensa e age conforme as influências e os fatores condicionadores do seu meio ambiente.
Se um profissional é bem informado sobre o que acontece e interessa à sua empresa, sentirá que seu trabalho é respeitado e valorizado; conseqüentemente, seu desempenho e sua produtividade serão bem melhores.
A comunicação interna é a base fundamental de sustentação da comunicação externa e da consolidação da reputação e da imagem pública da empresa. O bom fluxo de comunicação interna garante o alinhamento dos profissionais com a missão, objetivos e metas empresariais a serem alcançados.
A relevância da comunicação interna pode ser avaliada tanto pelos aspectos estratégicos como pelos resultados operacionais. As empresas mais competitivas costumam ter seus valores e princípios muito bem difundidos entre seus colaboradores. É em um ambiente de efetiva comunicação que viabiliza-se os principais conceitos da administração moderna, ligados à sustentabilidade, governança corporativa, gestão da excelência, inovação e competitividade. Podemos dizer que a boa comunicação interna e o êxito organizacional expressam uma relação de causa e efeito.
Os dirigentes devem dar o exemplo efetivo de que a empresa valoriza a comunicação e o diálogo como valores autênticos da sua cultura organizacional. Os executivos que se trancam em suas salas e só aparecem para os funcionários em fotos oficias ou em eventos de final de ano, com certeza, serão uma péssima influência para a construção de um bom ambiente de trabalho.
Muito mais do que o discurso, são os exemplos que educam e formam opiniões favoráveis à empresa. Sabemos que o dirigente não tem tempo disponível para uma proximidade mais assídua com o corpo funcional da empresa, mas com certeza, através de atitudes e comportamentos de receptividade e diálogo conseguirá suprir essa distância circunstancial. Passeios informais pela empresa e conversas face-a-face com colaboradores, dos mais diversos níveis, favorecerão a construção de um ambiente orgânico de comunicação e diálogo.
Com certeza, o líder é aquele que integra pessoas diferentes e equipes diversas por objetivos e verdades comuns. Para isso, uma das habilidades mais elementares do líder está associada à sua capacidade de saber ouvir e interpretar os anseios, expectativas e sentimentos das pessoas que integram sua equipe.
No ambiente corporativo há uma tendência, ou melhor, um condicionamento negativo e ultrapassado, que expressa o dito popular "manda quem pode, obedece quem tem juízo". A prática tem demonstrado que a relação chefe/subordinado mudou para a interação líder / equipes, ou seja, todos são responsáveis pela busca dos melhores desempenhos e resultados do grupo.
Todo colaborador deve assumir uma postura empreendedora e dinâmica dentro da organização para a qual trabalha. É dessa iniciativa que surgem as melhores idéias para os negócios. Precisamos vivenciar melhor a máxima que diz: “cada um depende de todos e todos dependem de cada um”.
Fonte: Por Gustavo Gomes de Matos, in www.aberje.com.br
Decisão não comunicada
Uma grande indústria contratou um conceituado profissional de marketing e criou uma diretoria especial de relações com o mercado. A decisão partiu da iniciativa isolada de seu presidente, que não comunicou o fato nem mesmo aos diretores e gerentes. Os diretores tomaram conhecimento, através de conversa informal com a secretária da Presidência, pois estranharam a presença constante de pessoa desconhecida em reuniões com o presidente. Após um mês da contratação – e depois de algumas situações conflituosas com o profissional –, o presidente comunicou sua admissão em reunião de diretoria e determinou a divulgação da notícia por meio de circular a todos os funcionários. Dessa forma, ele acreditava que seria possível iniciar algumas mudanças na estratégia de mercado da empresa, evitando resistências ou divergências de idéias com diretores e gerentes. A reação imediata foi uma expressiva incidência de desavenças na fábrica, que acabou comprometendo o cumprimento de prazos com grandes clientes e gerando boatos sobre demissões.
Case 2
Diálogo entre dois gerentes:
A - Ouvi dizer que a lista de demissão sai essa semana...
B - Demissão ? Mas como demissão! Soube que foram fechados contratos de exportação para a Argentina, Chile e Venezuela. Além do mais, após as demissões do início do ano, já estamos com a estrutura super-enxuta e uma substancial sobrecarga de trabalho.
A - É meu amigo, você tem razão, mas a lógica da direção é diferente da nossa.
B - Pensei que a notícia da semana fosse o lançamento nacional de um novo produto, que dizem que nossa companhia vai representar, decorrente de uma joint-venture com uma corporação européia...
A - Eu li alguma coisa a respeito no jornal, mas aqui na empresa nada nos foi comunicado até o momento.
B - O Ferreira me disse que, apesar do contexto recessivo, a situação financeira da companhia nunca esteve tão boa.
A - Pode até ser... no entanto, pelos meus indicadores de produtividade nunca tivemos índices tão baixos. Além disso, nosso principal fornecedor tem ligado diariamente querendo informações sobre nossa planilha de produção para o segundo semestre. Eu não posso informar nada. Se eu não tenho informação sobre o que acontece essa semana, imagina para o próximo semestre!
B - É... a situação está complicada. Mas não vamos ficar conjeturando. Vamos fazer o que deve ser feito e pronto. Vamos trabalhar!
A - Sim vamos trabalhar, só que a desmotivação no departamento é maior do que a minha capacidade gerencial. Como posso motivar pessoas e equipes sem informações claras e objetivas sobre a empresa, seus planos, objetivos e metas ?
Estes exemplos retratam bem as conseqüências comprometedoras que a falta de seriedade no desenvolvimento de uma política de comunicação pode gerar.
Ambos os casos apresentam situações críticas, geradas pela ausência de comunicação e falta de consciência das lideranças para a importância do compartilhamento de informações estratégicas.É extremamente frustrante, para qualquer profissional, tomar conhecimento, com atraso, de um fato relevante relacionado à empresa para a qual trabalha. É decepcionante também ficar sabendo sobre mudanças internas por meio de terceiros ou fontes externas de informação.
Os funcionários sentem a necessidade de participar das decisões e de conhecer melhor a empresa para a qual trabalham. Isso mexe com a identidade cultural. A pessoa pensa e age conforme as influências e os fatores condicionadores do seu meio ambiente.
Se um profissional é bem informado sobre o que acontece e interessa à sua empresa, sentirá que seu trabalho é respeitado e valorizado; conseqüentemente, seu desempenho e sua produtividade serão bem melhores.
A comunicação interna é a base fundamental de sustentação da comunicação externa e da consolidação da reputação e da imagem pública da empresa. O bom fluxo de comunicação interna garante o alinhamento dos profissionais com a missão, objetivos e metas empresariais a serem alcançados.
A relevância da comunicação interna pode ser avaliada tanto pelos aspectos estratégicos como pelos resultados operacionais. As empresas mais competitivas costumam ter seus valores e princípios muito bem difundidos entre seus colaboradores. É em um ambiente de efetiva comunicação que viabiliza-se os principais conceitos da administração moderna, ligados à sustentabilidade, governança corporativa, gestão da excelência, inovação e competitividade. Podemos dizer que a boa comunicação interna e o êxito organizacional expressam uma relação de causa e efeito.
Os dirigentes devem dar o exemplo efetivo de que a empresa valoriza a comunicação e o diálogo como valores autênticos da sua cultura organizacional. Os executivos que se trancam em suas salas e só aparecem para os funcionários em fotos oficias ou em eventos de final de ano, com certeza, serão uma péssima influência para a construção de um bom ambiente de trabalho.
Muito mais do que o discurso, são os exemplos que educam e formam opiniões favoráveis à empresa. Sabemos que o dirigente não tem tempo disponível para uma proximidade mais assídua com o corpo funcional da empresa, mas com certeza, através de atitudes e comportamentos de receptividade e diálogo conseguirá suprir essa distância circunstancial. Passeios informais pela empresa e conversas face-a-face com colaboradores, dos mais diversos níveis, favorecerão a construção de um ambiente orgânico de comunicação e diálogo.
Com certeza, o líder é aquele que integra pessoas diferentes e equipes diversas por objetivos e verdades comuns. Para isso, uma das habilidades mais elementares do líder está associada à sua capacidade de saber ouvir e interpretar os anseios, expectativas e sentimentos das pessoas que integram sua equipe.
No ambiente corporativo há uma tendência, ou melhor, um condicionamento negativo e ultrapassado, que expressa o dito popular "manda quem pode, obedece quem tem juízo". A prática tem demonstrado que a relação chefe/subordinado mudou para a interação líder / equipes, ou seja, todos são responsáveis pela busca dos melhores desempenhos e resultados do grupo.
Todo colaborador deve assumir uma postura empreendedora e dinâmica dentro da organização para a qual trabalha. É dessa iniciativa que surgem as melhores idéias para os negócios. Precisamos vivenciar melhor a máxima que diz: “cada um depende de todos e todos dependem de cada um”.
Fonte: Por Gustavo Gomes de Matos, in www.aberje.com.br
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