Em plena “era do conhecimento”, a comunicação interna passa por uma profunda transformação. Por um lado, ela ganha relevância nas organizações por ajudar a engajar as equipes e dar unidade às mensagens das empresas. Por outro, transmitir as informações da companhia para os funcionários de forma eficaz nos dias de hoje passou a ser um desafio aos profissionais da área. Com o advento da internet, eles competem com um volume cada vez maior de notícias de diferentes canais e precisam encontrar formas criativas e inovadoras de chegar aos colaboradores.
Cada vez mais, o foco está no conteúdo e menos na ferramenta. Até muito pouco tempo, o funcionário passava a maior parte do seu dia na empresa e tinha um baixo nível de exposição à mídia externa. Era relativamente limitado o número de opções, incluindo os canais de TV, rádios, cinemas, jornais e revistas.
Nesta época, o ambiente empresarial também era muito diferente. Cada um tinha sua mesa, sua cadeira, sua janela. Você sabia onde tinha que ir para falar com um colega. As hierarquias eram muito mais fortes e geralmente as mensagens transmitidas pelo chefe tinham muita credibilidade. Até pela característica do público, os discursos eram unificados, independente da área, da função ou do nível ocupado. Antes cada um fazia o seu trabalho, hoje estão todos sobrecarregados, precisam ser versáteis e trabalhar por dois, ou três ou mais... Eram poucas as reuniões, raras as ferramentas móveis.
O controle da informação estava, até então, nas “mãos” das organizações. Hoje, estamos em qualquer lugar, trabalhamos remotamente e estamos conectados simultaneamente a diversas fontes de informação. Você pode estar hoje em São Paulo, amanhã em Porto Alegre, depois de amanhã em casa. Trabalha em horários pouco convencionais para estar em contato com o outro lado do mundo.
A mídia mudou. Surgiram os Websites, os blogs, as comunidades virtuais, as intranets, os mecanismos de buscas e até bibliotecas colaborativas. Um dos maiores tesouros da humanidade começou a ficar escasso: o tempo. A disputa por atenção ficou exaustiva e injusta. Nessa disputa sofrem os funcionários pela overdose de notícias, o que faz com que acabem não lendo coisas de seu interesse. Sofrem as empresas que precisam descobrir como unificar o discurso, transmitir uma imagem única, passar uma só mensagem.
Só para ter uma idéia do tamanho do problema, o estudo "The Expanding Digital Universe”, do IDC nos EUA, realizado em 2007, apontava que no ano anterior, o volume de informação digital criado em todo o mundo foi de 161 exabytes ou 161 bilhões de gigabytes – superior ao produzido em todos os livros já escritos. Entre 2006 e 2010, o volume de informação terá crescido mais de seis vezes, ou 988 exabytes!
Nenhum estudo indica um caminho, tampouco aponta o que acontecerá, mas é fato que, diante deste bombardeio de informações, tendemos a ficar mais e mais seletivos em relação ao que lemos, ouvimos ou assistimos. Sem tempo para acompanhar tudo, precisamos escolher, priorizar, focar. No final, devem prevalecer os nichos sobre a informação genérica.
Claro que, com a sobrecarga de dados, corremos o risco de perder a perspectiva do todo, passando a viver “pedaços” ou até mesmo a considerar o acessório mais importante que o principal. A incapacidade de absorver tudo cria dois mecanismos: a desistência, que pode ser traduzida como a perda total do interesse, e a opção por meios automáticos, que busquem e selecionem por nós. Um ótimo exemplo disso é o RSS, um mecanismo que nos avisa quando informações de nosso interesse são atualizadas. O homem não busca a informação, ela chega até ele.
Zelar pelo conteúdo, portanto, passa a ser fundamental. É a qualidade do conteúdo produzido pela empresa para seus colaboradores - e seu impacto no dia-a-dia das pessoas - que despertá o interesse do público interno, esteja ele onde estiver. As ferramentas de autogestão deste conteúdo também ganham prioridade em detrimento da forma, pois é o funcionário quem vai escolher como acessá-lo. No mundo da Web 2.0, inexoravelmente, os profissionais de comunicação precisam passar a olhar com mais atenção para as tecnologias que permitem a colaboração, a troca de experiências e a gestão do conhecimento da organização. A comunicação interna hoje, vai muito além dos murais e house-organs.
Fonte: Por Luciana Panzuto - gerente de Marketing Corporativo da HP Brasil, in www.aberje.com.br
Cada vez mais, o foco está no conteúdo e menos na ferramenta. Até muito pouco tempo, o funcionário passava a maior parte do seu dia na empresa e tinha um baixo nível de exposição à mídia externa. Era relativamente limitado o número de opções, incluindo os canais de TV, rádios, cinemas, jornais e revistas.
Nesta época, o ambiente empresarial também era muito diferente. Cada um tinha sua mesa, sua cadeira, sua janela. Você sabia onde tinha que ir para falar com um colega. As hierarquias eram muito mais fortes e geralmente as mensagens transmitidas pelo chefe tinham muita credibilidade. Até pela característica do público, os discursos eram unificados, independente da área, da função ou do nível ocupado. Antes cada um fazia o seu trabalho, hoje estão todos sobrecarregados, precisam ser versáteis e trabalhar por dois, ou três ou mais... Eram poucas as reuniões, raras as ferramentas móveis.
O controle da informação estava, até então, nas “mãos” das organizações. Hoje, estamos em qualquer lugar, trabalhamos remotamente e estamos conectados simultaneamente a diversas fontes de informação. Você pode estar hoje em São Paulo, amanhã em Porto Alegre, depois de amanhã em casa. Trabalha em horários pouco convencionais para estar em contato com o outro lado do mundo.
A mídia mudou. Surgiram os Websites, os blogs, as comunidades virtuais, as intranets, os mecanismos de buscas e até bibliotecas colaborativas. Um dos maiores tesouros da humanidade começou a ficar escasso: o tempo. A disputa por atenção ficou exaustiva e injusta. Nessa disputa sofrem os funcionários pela overdose de notícias, o que faz com que acabem não lendo coisas de seu interesse. Sofrem as empresas que precisam descobrir como unificar o discurso, transmitir uma imagem única, passar uma só mensagem.
Só para ter uma idéia do tamanho do problema, o estudo "The Expanding Digital Universe”, do IDC nos EUA, realizado em 2007, apontava que no ano anterior, o volume de informação digital criado em todo o mundo foi de 161 exabytes ou 161 bilhões de gigabytes – superior ao produzido em todos os livros já escritos. Entre 2006 e 2010, o volume de informação terá crescido mais de seis vezes, ou 988 exabytes!
Nenhum estudo indica um caminho, tampouco aponta o que acontecerá, mas é fato que, diante deste bombardeio de informações, tendemos a ficar mais e mais seletivos em relação ao que lemos, ouvimos ou assistimos. Sem tempo para acompanhar tudo, precisamos escolher, priorizar, focar. No final, devem prevalecer os nichos sobre a informação genérica.
Claro que, com a sobrecarga de dados, corremos o risco de perder a perspectiva do todo, passando a viver “pedaços” ou até mesmo a considerar o acessório mais importante que o principal. A incapacidade de absorver tudo cria dois mecanismos: a desistência, que pode ser traduzida como a perda total do interesse, e a opção por meios automáticos, que busquem e selecionem por nós. Um ótimo exemplo disso é o RSS, um mecanismo que nos avisa quando informações de nosso interesse são atualizadas. O homem não busca a informação, ela chega até ele.
Zelar pelo conteúdo, portanto, passa a ser fundamental. É a qualidade do conteúdo produzido pela empresa para seus colaboradores - e seu impacto no dia-a-dia das pessoas - que despertá o interesse do público interno, esteja ele onde estiver. As ferramentas de autogestão deste conteúdo também ganham prioridade em detrimento da forma, pois é o funcionário quem vai escolher como acessá-lo. No mundo da Web 2.0, inexoravelmente, os profissionais de comunicação precisam passar a olhar com mais atenção para as tecnologias que permitem a colaboração, a troca de experiências e a gestão do conhecimento da organização. A comunicação interna hoje, vai muito além dos murais e house-organs.
Fonte: Por Luciana Panzuto - gerente de Marketing Corporativo da HP Brasil, in www.aberje.com.br
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