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Da Matrix ao Self: o desafio evolucionário da mídia e das organizações

Submersos pelos naufrágios noticiados da crise, estamos vivendo a dialética de uma era extraordinária, com potencial para a evolução da consciência e para abrir as portas para novos estilos de vida. Mas, ao mesmo tempo, nossa capacidade de imaginar um futuro desejado tem sido cada vez mais precária. Nesse momento de incertezas e descrença, é fundamental que a mídia mude os filtros com que normalmente se propõe a traduzir a realidade, dramaticamente revelada de forma distorcida e negativa. Este artigo se propõe, com base em uma pequena coleção de pensamentos, a despertar as organizações em seu potencial criativo para seu papel transformador como polos de uma nova consciência que conduza a coletividade ao desenvolvimento sustentável. Do universo das realidades distorcidas e do faz-de-conta que aqui denomino de Matrix, a convocação é ingressar na travessia transformadora que leve ao paraíso reunificador do Self, a referência original de nossa essência criativa e regeneradora.

INTRODUÇÃO
Chegamos a um novo estágio da evolução social, espiritual e cultural. Diferente dos estágios anteriores, porque as mudanças vinham de vilarejos, de tribos nômades, de cavernas. Estamos saindo de sociedades industriais e indo para um processo de interconexão, com base em sistemas de informação sociais, econômicas e culturais que permeiam o planeta.
O caminho dessa evolução não é suave: dói como um parto. Como diz Barbara Max Hubbard (1998),[1] estamos parindo um novo mundo ou até podemos nos sentir vivendo num mundo novo em gestação, referindo-se à visão de Rose Marie Muraro (2003).[2] A era da globalização está trazendo grandes transformações, como a que Ervin Laszlo chama de macrotransição,[3] resultado de nova consciência dos membros do sistema. A era contemporânea está chegando ao fim, olhando pelos injustos arredores, respirando o impoluto ar carbônico, tentando sobreviver ao caos e às vias transitadas das grandes metrópoles, assistindo ao frenesi fabricado para aliciar consumidores vorazes. Podemos evidenciar que essa era não é mais sustentável.

A ÉTICA E A ERA DA MÍDIA
Para concretizarmos a possibilidade de um mundo mais sustentável e humano, temos de rever os valores éticos que a mídia, em seu reinado absoluto na era da informação, tem propagado, e repensar sobre as escolhas dos meios de comunicação na difusão de hábitos, pensamentos e culturas. Para curar essa cultura repleta de doenças que transcendem a esfera social e afetam o estado físico, como a anorexia nervosa e a bulimia (provocadas pela ditadura da magreza estampada nas capas de revista), a neofilia (manifestação compulsiva e patológica pelos novos produtos lançados pelo marketing), os índices crescentes de obesidade infantil, que só nos últimos 20 anos aumentou 240%, sem falar do déficit da atenção e infostress provocados pelo excesso de carga informativa.
O momento é de grande potencial e infinitos recursos. O acesso à mídia de massa tem aumentado mais do que nunca na história. Essa expansão envolve rádios, TVs, computadores e telefones móveis, todos cada vez mais baratos, e a nova mídia broadcast, como satélites e internet, que aumentam o acesso e a possibilidade de escolha.
Mais e mais pessoas participam ativamente daquilo que a futurista Hazel Henderson (1997; 1998) chama de “midiocracia”,[4] um poder fortalecido pelo acesso aos meios de informação e ao mesmo tempo ameaçado pelo excesso de poder concentrado pelos grandes grupos. A nova ordem é abrir espaço para múltiplas vozes, promover participação em conversas públicas e desenvolver uma cidadania informada. A conversação passa a imperar nas relações comerciais. A internet, até então voltada para resultados financeiros, passa a estar mais focada na qualidade das conversações com os mercados na micromídia. Alguns sinais dessas mudanças são a crise da mídia impressa, o advento da web 2.0, a expansão da propaganda on-line, a revolução do YouTube, 27 milhões de blogs, os podcasts e videocasts, os wikis e o poder do boca a boca pela busca da transparência e da confiança.
Manifestações da sociedade já podem ser observadas como resistência a essa concentração de poder sobre a informação. Numa pesquisa realizada em 2006 com jovens pela Bloomberg, em parceria com o jornal norte-americano ‘Los Angeles Times’, 28% dos adolescentes e 38% dos jovens adultos ouvidos disseram preferir se informar a partir dos canais de TV locais, que foram a fonte de notícias mais procurada por eles depois das conversas com amigos e família.

A CRISE DA CONFIANÇA
A economia atual está na berlinda e, em seu colo, estão as organizações. Depois dos grandes escândalos corporativos, como os da Enron, WorldCom e Parmalat, as empresas têm se esforçado para incorporar a ética e a transparência em seu dia-a-dia. No entanto, existe uma grande crise de confiança. O público confia cada vez menos nas organizações. Os clientes têm menos confiança, e até mesmo os funcionários não confiam na empresa em que trabalham. Recente pesquisa realizada pela consultoria inglesa Edelman (Barômetro da Confiança) em 2006, em 11 países, indica que a comunicação de igual para igual – com alguém no mesmo nível hierárquico ou companheiro de trabalho – tem muito mais credibilidade do que a que vem oficialmente da empresa. De 22% em 2003 a 68% em 2006, essa é a proporção daqueles que dizem que acreditam muito mais em seu colega do que na comunicação que vem da empresa. Será o mundo real aquele que os murais de avisos e publicações institucionais estão querendo mostrar? Sair da Matrix dos números manipulados, das notícias maquiadas, das pílulas douradas pode representar uma ação corretiva imediata para o resgate da reputação institucional. Entrar no Self da consciência ambiental, da responsabilidade social, da valorização da vida, é o chamado para as organizações que se propõem a ser sustentáveis e a trabalhar para a sustentabilidade do Planeta.

O ESPELHO EMBAÇADO
Um dos mais importantes físicos modernos, Oppenheimer, já revelou que não vivemos num mundo real, vivemos num mundo que nós criamos. A mídia cria realidades que nos afetam o tempo todo, e até confina a realidade em si mesma
Nessa macrotransição planetária, há uma pergunta que habita o inconsciente coletivo que não quer se calar: estamos vivendo num mundo virtual ou num mundo real? Entrando no roteiro futurista da trilogia do cinema, mergulhamos na Matrix midiática da qual não conseguimos sair. É como se estivéssemos nos olhando num espelho embaçado, nos alimentando pelo reverso de uma cultura destrutiva através de imagens distorcidas.
A cobertura das notícias é também distorcida. Uma pesquisa realizada em 1998 pelo Ilanud, órgão das Organizações das Nações Unidas (ONU) que estuda a prevenção dos delitos e o tratamento da delinquência, intitulada ‘Crime e TV’, acompanhou durante uma semana a programação de 27 telejornais exibidos pelas emissoras de canal aberto existentes no País. “Percebeu-se uma distorção gritante entre a ocorrência na realidade e a frequência na divulgação pela mídia”, afirmou Karyna Sposato, responsável, na época, pela organização no Brasil. Por exemplo, enquanto os crimes de homicídio ocuparam 59% das notícias veiculadas, sua real incidência no mesmo período foi de 1,7%. Podemos constatar que essa distorção tem sido o padrão da mídia brasileira.
O filme ‘Matrix’, em sua trilogia premiada, propõe que o mundo em que vivemos e que chamamos de realidade é, na verdade, um pesadelo coletivo, um mundo ilusório criado e mantido por computadores. E assim estamos: sendo tragados pela Matrix da mídia e vivendo um pesadelo coletivo, desprovidos de sonhos, utopias, sem a imaginação, que se perdeu. Para re-encantar nossas realidades e restaurar o mundo em que vivemos, é urgente que enriqueçamos nossa linguagem deficitária,[5] que se produzam conteúdos construtivos e que se oxigenem o imaginário coletivo para que a sociedade desembace seu espelho, caminhe na direção da luz e floresça.[6]
A escolha de optar pelas luzes, pelas soluções e pelas possibilidades futuras poderá transformar a mídia em seu propósito de criar uma nova civilização e despertar cada ser humano para o sentido maior de sua existência: entrar em contato com a própria vida.
O que se vê e se lê na mídia não é o que dá vida. Uma vez que a vida se reinstale nos meios de comunicação, com seu poder de criar e regenerar nossa fé e capacidade de sonhar, as sociedades passarão a idealizar um futuro melhor e serão capazes de projetar o amanhã para superar crises (que são muitas e sempre existirão), guerras, epidemias e revoluções. A mídia poderá adotar um olhar prospectivo em vez de retrospectivo. Poderá acender o farol de milha, com cenários alternativos, caminhos múltiplos, tendências e projeções que alertem e mobilizem, em vez de só olhar pelo retrovisor, com perspectivas informativas que se restringem ao cristalizado fato, a tudo o que já foi e não pode mais mudar o rumo da história.
Podemos aprender com a biologia, que revela pela ciência o comportamento das culturas. Diz o princípio heliotrópico que as plantas crescem na direção da luz do sol. Assim como as culturas florescem na direção da esperança. É urgente que a sociedade entre em contato com as possibilidades e veja refletidas no espelho imagens vívidas do próprio potencial criativo.

O DÉFICIT DO DISCURSO
As relações humanas sustentam a vida nas organizações e as fazem florescer. Nesse contexto relacional, a linguagem estabelece os padrões da cultura organizacional. Nessa perspectiva, que traz a soberania da linguagem construtiva, é preciso observar o que prevalece no vocabulário: se são palavras e conceitos que constroem ou destroem o potencial criativo. Em seu livro ‘Investigação apreciativa’, o consultor norte-americano David Cooperrider (2006), autor do método apreciativo que privilegia as possibilidades em lugar da solução de problemas, propõe que sejam criados vocabulários portadores de esperança, teorias, evidências e ilustrações que tragam às organizações novas imagens orientadoras de possibilidades. A visão de Cooperrider é a de que um discurso de esperança é ingrediente essencial na transformação organizacional porque leva à ação criativa. O desenvolvimento sustentável só será possível por meio da consciência cósmica coletiva de uma civilização mobilizada pela esperança e pelo imaginário construtivo. Colocar desenvolvimento sustentável na pauta das estratégias é conceber a capacidade de um superávit de possibilidades.

ENTRANDO EM CONTATO COM A MÍDIA INTERIOR
Nessa jornada em busca do contato com a mídia interior, faz-se necessária a passagem da Matrix, fragmentada e pulverizada por realidades confinadas e distorcidas, para o Self, o principal arquétipo estudado por Jung, que é nossa essência, o centro de nossa personalidade. Dele emana todo o potencial energético de que a psique dispõe. É o ordenador dos processos psíquicos. Integra e equilibra todos os aspectos do inconsciente, devendo proporcionar, em situações normais, unidade e estabilidade à personalidade humana.
Para a regeneração vital dos sistemas midiáticos e dos conteúdos, é preciso que os comunicadores e gestores entrem em contato com sua mídia interior, prática amplamente difundida pela rede de transformação social Imagens e Vozes de Esperança (IVE), criada pela Organização Brahma Kumaris, dedicada à cultura de paz por todos os continentes.[7] Refletir sobre seu propósito no mundo e localizar-se com clareza em seu momento histórico poderá trazer novo significado aos profissionais de comunicação, que hoje vivem dias de inquietante incerteza com relação ao real propósito do que fazem e às supostas ameaças das novas tecnologias que estão desconstruindo os velhos paradigmas na relação agente-receptor de informação.
No âmbito das organizações, criar usinas criativas e espaços de aprendizagem que favoreçam o livre pensar e fertilizem a imaginação para que indivíduos se reúnam em torno de ideias e compartilhem visões de futuro. Promover o contato com a mídia interior e a espiritualidade coletiva fará oxigenar os sistemas de aprendizagem e gerar insights reveladores. Conectar as pessoas criativamente com as vidas de outras pessoas, colocando-as a serviço do mundo, poderá trazer mais significado e entusiasmo ao que fazem no dia-a-dia.

FIQUEMOS A VER NAVIOS
Uma história incrível, que acredito ser verdadeira, conta que quando os índios americanos nas ilhas caribenhas viram as naus de Colombo se aproximarem, na verdade, eles não conseguiam ver nada, pois não eram parecidas com nada que tivessem visto antes. Quando Colombo chegou no Caribe, nenhum nativo conseguia enxergar os navios, mesmo estando eles no horizonte. A razão de não verem os navios era porque não tinham conhecimento daquela realidade em seu universo cognitivo. Seus cérebros não tinham experiência de que os navios existiam.
O shamã começa a notar ondulações no oceano. Mesmo não vendo os navios, imagina o que está causando aquilo. Então, ele começa a olhar todos os dias e, depois de certo tempo, consegue ver os navios. E quando ele enxerga os navios, conta para todos que existem navios lá. Como todos confiavam e acreditavam nele, também conseguem enxergar.
Precisamos reaprender a ver navios e, para isso, valorizar o que acontece dentro de nós. Fomos condicionados a crer que o mundo externo é mais real que o interno. Na ciência moderna, é justamente o contrário. Ela diz que o que acontece dentro de nós é que vai criar o que acontece fora. E é o que fará ver coisas que a gente nunca viu.
Para resgatarmos os valores éticos e incorporá-los aos sistemas da mídia, precisamos urgentemente ver navios e entrar em contato com nossa mídia interior. O que acontece dentro de nós é o que vai acontecer lá fora, na mídia exterior.

O NEORRENASCENTISMO DA MÍDIA
Somos e seremos cada vez mais cocriadores de uma nova mídia. A criatividade coletiva, livre e solta está por toda a parte. Nunca foi tão fácil criar.
Segundo estudo realizado pela IBM em 2006, perto de 70% do universo digital será gerado por indivíduos em 2010.
Em meio ao fenômeno do ‘jornalismo cidadão’ na internet, os veículos tradicionais de mídia, em diversas partes do mundo, estão descobrindo que os leitores podem ser muito mais que espectadores das notícias.
BBC, CNN, Estadão, O Globo e Lance! são alguns dos veículos que abriram canais virtuais para receber fotos ou textos noticiosos dos cidadãos. As agências de notícia Reuters e Associated Press se associaram a sites de ‘jornalismo cidadão’ para distribuir fotos amadoras à imprensa do mundo todo. Até o jornal The New York Times, considerado o mais influente do planeta, passou a publicar em seu site vídeos enviados por leitores.
O advento de iniciativas como a plataforma multimídia Mercado Ético,[8] da qual fiz parte como conteudista e diretora até o ano passado, que se propõe a inspirar a sociedade a adotar práticas sustentáveis de vida, só amplia o universo de possibilidades de uma acelerada mudança positiva.

A COERÊNCIA COMO INDICADOR DO FUTURO
A ruptura entre o que se diz e o que se faz permeia a sociedade, a família, a escola, a organização. A passagem da Matrix para o Self pode representar para o ambiente de trabalho uma jornada de impressionante valor, um ajuste de realidades e o resgate da confiança. Em nosso confinamento de possibilidades, somos normalmente tragados pela Matrix do faz-de-conta: fazemos de conta que queremos, fazemos de conta que aprendemos, fazemos de conta que acreditamos. Quando esse ciclo de ilusões se romper, certamente a irracionalidade virá à tona e dará lugar a um novo padrão de relacionamentos, em que o Self passará a ser a morada peremptória da geração de valores humanos, sociais e ambientais. Será preciso adotar nos sistemas de avaliação de comportamento e desempenho, além de demonstrar nos relatórios de sustentabilidade, índices de coerência que servirão de certificação para a legitimidade do discurso.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
As escolhas que fizemos no passado nos conduziram a esse mundo em desconstrução, que hoje pede ação coletiva e criativa para que se restaurem os sistemas básicos de sobrevivência e se resgatem os valores universais.
Ainda temos algum tempo para fazer novas escolhas, desde que os sistemas midiáticos extra ou intraorganizações possam ajudar na criação de um universo imaginário que reúna um conjunto de possibilidades e caminhos. Campanhas publicitárias, programação de TV, reportagens em jornais e revistas,
A ética soberana de uma nova mídia que desperte para uma nova consciência que promova o desenvolvimento sustentável poderá criar a cultura da esperança, combustível que aciona o motor do futuro e que nos fará resgatar aquilo que o frenesi do sistema tecnoprodutivo nos roubou: nossa capacidade de sonhar e imaginar um mundo habitável e acolhedor a toda a civilização planetária.
Peter Drucker chamava essa nova era de economia imagética da sociedade pós-capitalista, na qual o centro de gravidade da cultura não é mais o capital ou o trabalho, mas o conhecimento, as ideias e a inovação.
O grande teste para nossa civilização é saber se vamos ser capazes de mudar o rumo da história através de um novo imaginário coletivo. Para mudar o que temos de mudar, teremos de reinventar repertório de anseios e expectativas como seres espirituais e imagéticos que somos, nos relacionando com novas realidades, além do tempo e espaço.
Diante desse decisivo desafio evolucionário, conseguiremos sair da Matrix e nos reencontrar no Self de uma nova unidade cósmica para criar um futuro sustentável?

REFERÊNCIAS

ABURDENE, Patricia. Megatrends 2010 – O poder do capitalismo responsável. São Paulo: Editora Campus, 2006.
COOPERRIDER, David. Investigação apreciativa. São Paulo: Editora Quality Mark, 2006.
DAVIS, Melinda. A nova cultura do desejo – 5 estratégias novas e radicais para mudar seus negócios e sua vida. São Paulo: Editora Record.
HENDERSON, Hazel. Construindo um mundo onde todos ganhem. São Paulo: Editora Pensamento-Cultrix, 1998.
______. Transcendendo a economia. São Paulo: Editora Pensamento-Cultrix, 1997.
HUBBARD, Barbara M. Conscious evolution. Califórnia: New Word, 1998.
LASZLO, Ervin. Macrotransição: o desafios para o terceiro milênio. São Paulo: Axis Mundi.
MURARO, Rose Marie. Mundo novo em gestação. São Paulo: Verus Editora, 2003.
POLAK, Fred. A imagem do futuro. Falta completar referência
SHIFT MAGAZINE: At the frontiers of consciousness. Special issue: Consciousness and the media. Petaluma, Califórnia: Ions Institute of Noetic Sciences, March-May 2004.
NOTAS
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[1] Essa é uma imagem criada pela futurista Barbara Max Hubbard em seu livro ‘Conscious evolution’, ainda não publicado no Brasil.
[2] Em seu livro ‘Mundo novo em gestação’, Rose Marie Muraro nos alerta que estamos num raro momento histórico, num novo ponto de mutação de nossa espécie.
[3] A visão de futuro de Ervin Laszlo traz na macrotransição a urgência de uma mudança de rota através da evolução da consciência. Vide livro ‘Macrotransição: o desafio para o terceiro milênio’.
[4] Hazel Henderson, conhecida por sua visão evolutiva da economia, cunhou o termo “midiocracia” em sua vasta obra, em destaque nos livros ‘Transcendendo a economia’ (1997) e ‘Construindo um mundo onde todos ganhem’ (1998), ambos publicados no Brasil pela Editora Cultrix.
[5] David Cooperrider, um dos mais reconhecidos pensadores do mundo organizacional da atualidade, criou o método apreciativo que contempla o que é positivo no lugar do que é deficitário; valoriza a importância da linguagem regeneradora e seu potencial de construir o futuro, propondo a revisão da linguagem deficitária que norteia os sistemas da mídia e das empresas
[6] Fred Polak, ao publicar sua obra reveladora ‘A imagem do futuro’, em 1952, descreve a sociedade pós-guerra envolvida pelo medo e faz uma leitura da história da humanidade que teve seus pontos de ascendência e decadência através das imagens de futuro.
[7] O IVE nasceu nos EUA em 1999 e foi resultado de uma ideia lançada pela jornalista norte-americana Judy Rodgers, com o propósito de alertar e inspirar os comunicadores para seu papel de agentes de transformação com o poder que têm na construção e disseminação de imagens e mensagens. Nasceu como iniciativa da organização de educação para a paz Brahma Kumaris.
[8] Mercado Ético é uma plataforma multimídia que integra internet, webTV, rádio, mídia impressa e TV por assinatura, versão brasileira de Ethical Markets, série de TV criada por Hazel Henderson presente em vários países. O portal Mercado Ético integra todas as mídias e dissemina o conceito da sustentabilidade.


Fonte: Por Rosa Alegria - pesquisadora de tendências, comunicóloga e ativista de mídia, in www.nosdacomunicacao.com

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