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Mostrando postagens de abril, 2009

A Síndrome de Donald e os padecimentos do faz-tudo

Donald é o típico faz-tudo. De vez em quando, ao lado do primo Peninha, atua como repórter no jornal A Patada. Noutras ocasiões, figura como ajudante nas aventuras de caça ao tesouro empreendidas por Tio Patinhas. Não raro, assume mais atividades, atacando até mesmo de super-herói, por meio de seu alter ego, o Superpato. Pode-se dizer que Donald é versátil. No entanto, também é legítimo afirmar que seja um sujeito sem foco. Até mesmo na vida pessoal, parece um sujeito sem rumo. Desperdiça energia na infindável contenda com o vizinho Silva. Ao mesmo tempo, é incapaz de estabelecer uma relação sólida com a bela Margarida, frequentemente seduzida pelo sortudo e frívolo Gastão. Na verdade, o irritado Donald é um pato antropomorfizado. Mistura características da simpática ave e dos seres humanos. Afinal, um pato faz de tudo. Nada, anda e voa. Mas realiza tudo isso sem muita qualidade. Dependendo da espécie, pode nadar pior do que uma tartaruga, andar desajeitado como um gato perneta e voar

A sustentabilidade, segundo especialistas internacionais

Seis em cada 10 especialistas em sustentabilidade acreditam que o conceito tem influenciado de modo crescente as decisões de mercado em seus países. Essa é uma das conclusões extraídas da Survey of Sustainability Experts, recente pesquisa feita pelo Instituto GlobeScan com 353 especialistas de países dos cinco continentes que integram a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). A experiência dos participantes no mercado de sustentabilidade (76% trabalham há mais de 10 anos com o tema), assim como a diversidade setorial dos participantes – empresas, governos, ONGs, acadêmicos e consultores – conferem ao estudo clara consistência e a possibilidade de comparar pontos de vista diferentes. Entre os respondentes, os executivos (67%) são os que mais consideram a sustentabilidade como uma ideia cada vez mais importante na hora de fazer transações comerciais, seguidos por consultores (57%) e acadêmicos (56%). Governos e ONGs (48%) se mostram bem mais reticentes. Regiona

Blog corporativo, para que?

Uma grande multinacional instalada no Brasil nos encomendou um projeto de blog para seu presidente. Problema 1: o presidente fala muito mal português. Problema 2: ele não quer escrever seus próprios textos. Problema 3: ele não tem tempo para se dedicar a um blog. Problema 4: os comentários dos funcionários (o blog seria restringido apenas ao público interno) teriam que ser censurados antes de publicados. Com um briefing desses, esqueço momentaneamente minha "alma de vendedor" e me pergunto: por que, afinal, uma empresa iria querer um blog que não pudesse funcionar como um blog? Vamos individualizar cada um dos problemas apresentados no enunciado, para tentar entender a situação da Empresa Z - já que todo mundo usaria "Empresa X", resolvi atacar de "Empresa Z", só para ser coerente com meus princípios, ou seja, ser do contra! Possivelmente, trata-se de uma situação pela qual outras empresas também devem estar passando. Afinal, existe uma cultura corporati

Tudo será como antes

A mídia tem se queixado deste abril, julgando erroneamente que a crise entrou no movimento stop and go: enquanto março foi bom para a maioria dos meios, abril está sendo ruim. Há que se considerar quanto ao fato o prejuízo causado pelos feriadões à publicidade. Eles impedem a continuidade de qualquer planejamento de vendas e arrefecem o recall das marcas e ofertas na memória do consumidor. O anunciante sabe disso e anuncia menos. Com os fins de semana prejudicados (eles formam o grosso do faturamento mensal dos veículos), a produção do mês deixa a desejar, provocando falsa percepção de que a crise recrudesceu. Sabemos (e experimentamos todos) que o momento ainda é difícil, mas já se vislumbra o princípio da retomada. O leitor assíduo das opiniões dos experts econômicos tem percebido uma convergência muito recente nas suas previsões. Se antes elas se conflitavam até quanto ao início, meio e fim da ressaca, com os mais pessimistas garantindo que o pior ainda estaria por vir, agora nota-s

As marcas e a crise econômica

O ano de 2009 começou mergulhado em uma manchete universal: a crise econômica. As eleições americanas, a falência de muitas empresas, o desemprego, o consumo e os indicadores econômicos foram apenas alguns desdobramentos da crise, que afetou o mercado de uma forma imprevisível até mesmo para os mais céticos economistas. Como consequência, há uma falta de confiança generalizada; a sociedade começa a questionar as organizações, os executivos, o governo e, principalmente, as instituições bancárias, que foram parte integrante e relevante no desencadeamento da turbulência atual. Acredito que o momento de instabilidade tem, como tudo na vida, seu lado positivo. É justamente nesse período de transição que você colocará suas decisões à prova, que você precisará otimizar (processos, budget, equipe, etc.), criar uma comunicação diferenciada e, de forma obrigatória, buscar resultados positivos. Não há outra escolha: ou você toma decisões rápidas e certeiras ou os impactos serão ainda mais fortes.

Siga-me!

Entrei no Twitter! Pois é. Depois de tanto escutar sobre o crescimento exponencial dessa febre, de como todo mundo está seguindo e sendo seguido, de saber que o Barack Obama está lá e que até o Lula pensa em entrar de maneira formal, pensei comigo mesmo que um profissional de marketing não poderia ficar de fora dessa revolução em 140 caracteres. Eu, que às vezes tenho dificuldade para transmitir o que penso nos 4 mil e poucos toques dessa coluna, me senti desafiado a dominar a comunicação em pouco mais de uma centena deles. Como profissional da área de comunicação, tenho acompanhado com interesse crescente as mudanças de comportamento no mundo digital e tentado entender como elas têm transformado as ferramentas tradicionais de marketing e como podemos ser cada vez mais eficientes em alcançar o consumidor. Da maneira como ele preferir, onde ele estiver. Por mais que lancemos mão de ferramentas de monitoramento, buscando saber como, onde e por que aparecemos na web, o que os grupos que a

Darwin e a essência das marcas

Aconteceu recentemente na capital britânica a London Fashion Week. Instalada no jardim frontal do belo Natural History Museum, a semana da moda disputou espaço e atenção com a interessante exposição sobre o processo criativo que levou Charles Darwin a conceber uma das grandes ideias de todos os tempos: a Teoria da Evolução. A exposição faz parte das comemorações do bicentenário do naturalista. Assim como na natureza, na moda o sucesso na luta pela sobrevivência - ou mais, pela perpetuação da espécie - também está sujeito à adaptabilidade de seus protagonistas ao meio em que vivem ao longo do tempo. Graças às suas características de adaptação ao meio ambiente, tartarugas e jacarés rastejam pela Terra por mais de 200 milhões de anos, sem que para isso tenham se "reinventado radicalmente" ao longo de sua existência. Ao contrário, o sucesso de espécies como essas foi fruto de um meticuloso e delicado processo adaptativo, transmitido por gerações - a seleção natural. No mundo da m

Coca-Cola lidera Índice de Conexão Humana das Marcas

Os consumidores apresentam maior afinidade com marcas dos segmentos de bens duráveis e consumo e que expressam a brasilidade em sua identidade. Essa é uma das conclusões do Índice de Conexão Humana das Marcas (ICHM), lançado pela consultoria de marca Sart Dreamaker e agora em primeira mão pelo Mundo do Marketing. A nova pesquisa, que será atualizada anualmente pela agência, busca descobrir o poder de influência de uma marca sobre o consumidor. O índice partiu inicialmente de uma base de 500 marcas que, após uma pré-seleção, diminui para 80 que foram pesquisadas. Cinco delas ficaram de fora por motivos técnicos no decorrer da pesquisa de campo (como o Banco Real, que foi incorporado ao Grupo Santander). No resultado final, a Coca-Cola lidera a lista, com 82,5 pontos (em uma escala que vai até 100), seguida por Nestlé (77,5), Sadia (75,1), Natura (73,5) e Rede Globo (72,7). Para a agência, a liderança ocupada pela marca de refrigerantes não é nenhuma surpresa. "É uma confirmação, já

Marketing de experiência para envolver o consumidor

Uma nova forma de ver o marketing e envolver o consumidor através da Brand e da Customer Experience, maximizando os resultados. Este foi o tema central de discussão da Conferência Marketing de Experiência organizada pela International Business Communications/IBC, realizado em São Paulo/SP. Para Marcelo Negrini, diretor de Planejamento da Garage Interactive Marketing, o assunto é uma ponte de experiência inovadora entre marca e o cotidiano do cidadão. Ele usa a Wikipédia para conceituar que marketing de experiência conecta o consumidor com as marcas de maneira relevante e memorável, se afastando do modelo tradicional de mostrar características e benefícios de produtos e serviços. Seria uma resposta à reação cada vez mais negativa dos consumidores a formas de marketing consideradas intrusivas. “O consumidor portanto está no centro, e a base agora são 4 C’s: conteúdo, comunidade, conversação e co-criação”, explica sobre o conceito de “people-centric”. As marcas hoje precisam estimular e v

Apoiado na classe C, consumo nacional deve crescer

Por mais que a crise econômica ainda seja um desafio - e um temor - para os negócios do País, o consumo dos brasileiros no ano de 2009 deverá aumentar, com grande destaque para movimentação de compras gerada pela classe C e por suas subdivisões. A conclusão é resultado dos dados apurados pela empresa Target Marketing em relação ao IPC-Target do Brasil em Foco 2009, indicador do potencial de consumo da nação, que leva em consideração os 5.565 municípios do País. De acordo com a pesquisa, o consumo dos brasileiros neste ano irá superar a marca de R$ 1,863 trilhão, o que aponta para um crescimento das despesas familiares superior em 1,6% à própria projeção de crescimento do Produto Interno Bruto Nacional (PIB). A expectativa de consumo é alicerçada em uma projeção de crescimento da população, que deverá alcançar o total de 191,5 milhões de habitantes até o final do ano. A classe C deve aumentar a sua potencialidade de consumo, ampliando a sua participação no montante nacional. Mesmo divid

Nova cultura da mídia muda valor do conteúdo

Doutor em sociologia pela Universidade de São Paulo e professor da pós-graduação da Faculdade Cásper Líbero, na capital paulista, Marcelo Coutinho é um estudioso do impacto da tecnologia na economia e na comunicação. Além da experiência acadêmica, seu olhar sobre as mudanças na mídia é lapidado pelo trabalho como diretor de análise de mercado do Ibope Inteligência. Nos últimos anos, tem se dedicado a estudar dois campos que, entre tapas e beijos, parecem fadados a um casamento inadiável: a internet e o setor de mídia. Enquanto a primeira avança e transforma a sociedade, o segundo tenta adaptar seu modelo de negócios aos novos tempos. "O que as empresas de comunicação pensam ser uma ameaça, na verdade é uma oportunidade", diz Coutinho. "Elas têm a possibilidade de repensar um modelo de negócios no qual o conteúdo desempenha um papel central e que leva a sociedade a se mobilizar em torno disso", reforça o pesquisador, que prefere não ter web em casa para que, aos fina

Facebook rejeita anúncio de filme homossexual

A rede social Facebook recusou o anúncio de um filme em suas páginas por considerar o seu conteúdo inapropriado. A peça divulgaria o filme "And Then Came Lola", cuja temática aborda o relacionamento amoroso homossexual entre mulheres. De acordo com o Facebook, a recusa do anúncio foi motivada pela foto de divulgação escolhida pela diretoria do filme. Para promover o novo longa-metragem, dirigido por Ellen Seidle e Megan Siler e produzido pela Fast Girl Films, foi criado um cartaz que mostra três atrizes abraçadas e se acariciando. O Facebook considerou a imagem "irrelevante ou inadequada" e enviou aos responsáveis pelo filme um comunicado no qual destaca as regras de seu Guia de Publicidade, que alerta que imagens muito provocadoras e explícitas não serão aceitas. As diretoras do filme alegaram que a justificativa da rede social é infundada, uma vez que não há impedimento para muitos anúncios que mostram casais heterossexuais em cenas bem mais fortes, que são consta

60% desistem do Twitter no primeiro mês

Como tudo na vida, as redes sociais também nascem, crescem, se reproduzem e morrem. No caso do Twitter, ferramenta popular mundialmente que permite microposts de até 140 caracteres, são grandes as chances de que o serviço esteja iniciando seu período de decadência. Segundo dados da Nielsen Online, que mede o tráfego da internet, mais de 60% dos usuários deixaram de usar o site gratuito um mês depois de aderirem. "O índice de retenção de audiência do Twitter, ou a porcentagem dos usuários em um determinado mês que continuam a usar o site no mês seguinte, é atualmente da ordem de cerca de 40%", informou David Martin, vice-presidente de pesquisa primária da Nielsen Online. "Pela maior parte dos 12 meses passados o Twitter manteve índice de retenção da ordem de 30%", acrescentou. Apesar de ter sido criado há três anos, o Twitter só tornou-se febre mundial agora, quando celebridades passaram a usar a ferramenta (Barack Obama, Shaquille O'Neal, Britney Spears, Ashton

"Prezado (a) cliente" é a vovózinha

Você já deve ter se deparado algum dia com um serviço de atendimento do tipo "prezado (a) cliente", ou seja, aquele que, mesmo sendo acessado por uma pessoa de carne e osso, com nome, RG e CPF, retorna sempre com uma resposta genérica, padronizada, como se não estivesse se referindo a ninguém em particular. Convenhamos, como diz o caboclo, é o fim da picada. Isso porque um serviço de atendimento de qualidade deve pautar-se pela personalização dos contatos, pela valorização do relacionamento, pelo respeito ao consumidor. Quem quer realmente entender, ouve, procura o diálogo. Mas, infelizmente, não é assim que acontece na maioria dos casos, exatamente porque faltam às organizações uma cultura de comunicação e uma educação básica, daquelas que a gente aprende no berço. Podemos dar vários exemplos, mas limitemo-nos a um caso: o de um supermercado de bandeira francesa. Se você tiver algum problema com ele (e existe muito gente com problemas, como poderá perceber se colocar no Goo

Alavancando a Web 2.0 em vantagem do Marketing

A Web 2.0 colocou a internet de cabeça para baixo. Profissionais de Marketing que falharam em reconhecer isso podem, na melhor das hipóteses, ficaram para trás. Na pior, eles correm o risco de perder o controle de sua mensagem e potencialmente dão uma vantagem de mercado a seus concorrentes. Mas para os executivos que alavancarem a tecnologia de forma flexível e inteligente há excelentes oportunidades para se comunicar com os clientes, construindo reconhecimento e trazendo inovação. O que é Web 2.0? Alguns anos atrás uma companhia podia colocar um website no ar e considerar-se pronta para a internet. Os usuários eram alimentados com informações que as companhias queriam passar a ele. A Web 2.0 torna a internet bi-direcional. A experiência é mais interativa e o controle passou para o usuário. O estilo de engajamento é mais espontâneo e caótico. Ciclos de comunicação foram reduzidos de meses e anos para minutos e horas. A Web 2.0 é dirigida por uma rede de tecnologias e isso inclui: • B

A mídia mudou, e as agências também

Uma transformação profunda nos negócios de mídia está acontecendo nos Estados Unidos, desafiando as mentes mais criativas da propaganda e do marketing. Jornais tradicionais estão fechando pelo País todo, em ritmo nunca visto. Depois de 174 anos, o Ann Arbour News, tradicional veículo de Michigan, saiu de circulação. Dois meses antes de seu aniversário de 150 anos, o Mountain Rock News fechou no Colorado. O futuro do San Francisco Chronicle, o mais importante diário de São Francisco, está publicamente em risco. Como a edição europeia do Financial Times reportou em 16 de março deste ano: “A morte de um jornal moderno é um evento multimídia em tempo real. Quando os jornalistas do Mountain Rock News foram reunidos em sua redação em Denver, em 16 de fevereiro, para serem comunicados de que estavam trabalhando em sua edição final, eles transmitiram a notícia via blogs, vídeos e fotos online com os colegas em lágrimas, e reportagens minuto a minuto no Twitter”. Esta é uma crise de paradigmas,

É tempo de atitude

É fato que estamos vivenciando um momento de crise. Não se ouve falar e não se vive outra coisa. No entanto, a crise pode ser devastadora se vista como um problema. Contamina o dia-a-dia, o pensamento, a esperança, a atitude das pessoas nelas envolvidas. E, por fim, a realidade que está sendo criada a cada instante. Mas, então, como encarar esse momento? Vejamos. Até pouco tempo vivíamos um clima de euforia, com bolsas em alta, consumo desenfreado e capital abundante. Era de se esperar que as coisas fossem dar uma reviravolta, pois o pêndulo chegou ao seu ponto mais alto, natural e esperado que ele fosse retornar para o outro extremo. Em um movimento natural pela procura do próprio equilíbrio. A natureza nos ensina esta valiosa lição, pois ela sempre anseia o estado de equilíbrio. Então, não será este um momento de transformação para a busca do equilíbrio? Não será isso um desafio para buscarmos novas oportunidades e criarmos uma nova realidade? A diferença está na atitude. Atitude é a

O joio e o trigo

O evento mais importante das relações públicas norte-americanas é o Spring Seminar, realizado anualmente pela Arthur W. Page Society, que é uma comunidade que congrega os comunicadores das maiores empresas e agências do mundo e um grupo escolhido de professores doutores, reconhecidos mundialmente por suas pesquisas e obras. Agora, em abril, em Nova Iorque, lá estavam, entre os participantes do encontro, os professores James E. Grunig, Paul Argenti e Howard Gardner. O tema deste ano foi as relações públicas em meio as incertezas causadas pela crise financeira mundial, discutido por estrelas do jornalismo econômico internacional, autoridades do governo norte-americano e especialistas de setores que estão no olho do furacão, especialmente a indústria automobilística. Destacaram-se, entre os speakers, Vijay Vaitheeswaran, correspondente da The Economist, nos Estados Unidos, e Charles Gasparino, colunista do New York Post e editor da CNBC. Foram dois dias em que se falou muito de gente como