Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de março, 2009

Relações públicas vence na era digital

A tecnologia que viabilizou o Wal-Mart foi o automóvel, massificado na segunda metade do século 20. Sua estratégia nos anos 60 começou com localização: instalava-se em lugarejos longe das grandes cidades. Com custos menores, cobrava menos oferecendo mais valor que seus concorrentes das metrópoles. Logo as pessoas (da cidade) estavam se dispondo a dirigir até lá- um movimento que não era óbvio. A marca foi construída através do boca a boca (RP em sentido amplo): ”vale a pena dirigir até lá,os preços são imbatíveis”. Para que propaganda? O mundo fica sabendo de mim porque sou notícia.De passagem: a Wal-Mart foi pioneiro no uso de todas as inovações tecnológicas no varejo: conexão direta com fornecedores, controles de estoque em tempo real, uso de satélites etc… Apesar de ser quase neuroticamente focada em custos, é das empresas que mais investe em tecnologia. Por que mesmo? Mas a pergunta permanece: o que há hoje que não havia ontem? No passado muitas inovações genuínas precisaram de

Elie Horn: Sobreviva - e ganhe depois

O"mito" se transformou em homem de carne e osso na última Quarta-Feira de Cinzas. Às 19h30 de uma noite chuvosa em São Paulo, o empresário Elie Horn, presidente e controlador da Cyrela Brazil Realty, a maior incorporadora de imóveis do país, entrou numa das salas de reunião da sede da empresa para conceder sua primeira entrevista a um jornalista brasileiro. Aos 64 anos de idade, 46 deles à frente de sua companhia, Horn forjou ao longo da carreira a fama de empreendedor arguto e discreto. Aproveitou como ninguém o recente boom imobiliário brasileiro e a onda de aberturas de capital. Com o IPO da Cyrela, em 2005, levantou 900 milhões de reais e ingressou no reduzido grupo de bilionários brasileiros. Praticante fervoroso do judaísmo, Horn sempre evitou qualquer exposição pública - em grande medida porque os ensinamentos religiosos pregam a humildade. A crise mundial colocou fim a um período de exuberância do mercado imobiliário brasileiro - e a Cyrela não foi poupada. Nos último

Preços: ponto mais que estratégico

O momento econômico atual guarda desafios e oportunidades para as empresas, mas John Hogan aponta que é preciso ter cuidado para não cair em uma guerra de preços destrutiva para o segmento de atuação. Confira abaixo a síntese de sua apresentação no Lucratividade 2009, promovido pela HSM. A época que estamos vivenciando tem tudo para entrar para a história como um momento de mudanças na maneira de fazer negócios. Para John Hogan, sócio-diretor do Monitor Group, isso é claro como água, mas, enquanto tudo isso não for coisa do passado, é preciso que as empresas se posicionem de maneira cautelosa, especialmente no que diz respeito à estratégia de precificação de seus produtos e serviços. Classificando a recessão global de diferente de tudo o que já foi vivido antes pelo mundo e depositando grande confiança na força de países como Brasil, Índia e China para ajudar a recuperar o mundo, Hogan explica que, embora difícil, agora é o momento ideal para transformar uma praga em uma boa oportunida

Mercado verde e promissor no Brasil

O Brasil é hoje a menina do baile da sustentabilidade que todo mundo quer tirar para dançar. Há duas semanas, os alemães estiveram aqui para iniciar negócios com tecnologias sustentáveis, durante evento denominado Ecogerma. Agora são os suecos, que ensaiam uma aproximação, hoje e amanhã, para mostrar sua expertise verde em congresso temático. Não será nenhuma surpresa se, em breve, vierem também os dinamarqueses, os espanhóis e os ingleses - aliás o príncipe Charles deu o ar de sua graça recentemente para tratar prioritariamente de uma agenda ambiental. Difícil apontar uma única razão para o encanto exercido pelo País. Certamente o seu charme decorre de um conjunto de fatores, entre os quais vale destacar a ascendência econômica, o vasto mercado interno, o pioneirismo do etanol ecologicamente correto, os evidentes gaps de investimentos de infra-estrutura em áreas correlatas às de meio ambiente e - é claro - a propriedade do mais rico patrimônio de recursos naturais do planeta, que tem

As imagens para o esquecimento

As prisões de diretores da Daslu e da Construtora Camargo Corrêa, acontecidas nesta semana, são narrativas de esquecimento. Elas alimentam a voracidade informacional com imagens fortes, colocadas pelos administradores dos acontecimentos em lugares estratégicos: loja do mercado de consumo de luxo, o centro administrativo de uma das maiores empreiteiras do país e as jaulas de presídios masculinos e femininos. Ao contrário do que pregava Simônides, o pai das primeiras mnemotécnicas, e os seus seguidores, estes tipos de lugares, fornecem imagens fortes para o instante e para o esquecimento dos fatos de ontem. A produção de imagens está descolada da experiência individual. É a produção de uma grande novela impressa e digital, em que a narrativa é pontual, fragmentada. Os acontecimentos envolvendo a Daslu e Camargo Corrêa são histórias que não se completam. São como estrelas cadentes que só riscam o céu. Passam velozes, provocam alguma percepção efêmera, sem conseqüências e uma sensação de t

PIB verde pode se tornar uma realidade

Diante da pressão crescente por mecanismos que contemplem as externalidades das atividades econômico-financeiras, as ciências contábeis começam a rever suas práticas e conceitos. Muitos profissionais da área têm dedicado esforços para integrar as variáveis ambientais e sociais aos mecanismos de aferição do patrimônio das nações, criando ferramentas mais completas do que o Produto Interno Bruto (PIB) . Partindo da premissa de que a forma como uma nação gerencia seus recursos naturais afetará seu desenvolvimento, pesquisadores da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (FIPECAFI) elaboraram uma metodologia para mensurar o patrimônio ambiental dos países. "É uma falta de inteligência pensar que maximizar o lucro de uma forma exponencial sem fim e continuar gerando toda a depredação do meio ambiente, os problemas sociais, a distribuição de renda, não vai interferir diretamente na sociedade", avalia José Roberto Kassai, professor da FIPECAFI, que juntame

Novo paradigma para gestão de crises empresariais

Uma crise pode afetar ou destruir a reputação, a imagem, o clima organizacional, a confiança de clientes e a credibilidade de uma empresa ou instituição por vários anos. Pode também afetar resultados econômicos e financeiros, assim como trazer prejuízos profissionais. Um planejamento empresarial que inclua o Gerenciamento e a Comunicação de Crises nas empresas é hoje uma exigência da economia globalizada e apresentam demanda crescente na Europa e USA. Sua importância estratégica, na opinião do jornalista Waltemir de Melo, pode ser atribuída à valorização que a opinião pública tem dado às questões comportamentais, à ética empresarial, ao respeito aos valores sociais e à possibilidade da quantificação econômico/financeira das crises mal administradas. Ele ministrou aula na disciplina Seminários Especiais no mês de março de 2009, dentro da grade do Curso de Especialização em Gestão Estratégica em Comunicação Organizacional e Relações Públicas/GestCorp da Escola de Comunicações e Artes da

Aos 75 anos, Perdigão renova marketing

No ano em que completa 75 anos, a Perdigão avalia que é o momento de atualizar sua postura de comunicação. Além de ter investido R$ 25 milhões em campanhas institucionais e novas embalagens entre o ano passado e março de 2009, a companhia terá também uma série de outros projetos e campanhas daqui por diante - o valor a ser aplicado neste ano não é revelado. A estratégia desenvolvida conta com novas embalagens de produtos, logomarca, slogan e campanha publicitária. O reforço no marketing surge não só no contexto do aniversário de 75 anos da organização, mas também como instrumento para reforçar sua nova condição no tabuleiro dos negócios do setor. Dinheiro A Perdigão fechou 2008 com faturamento de R$ 13 bilhões. O índice é 69% superior ao de 2007 e 9% maior ao que a concorrente Sadia prevê para seu próprio desempenho no ano passado. Caso o faturamento da Sadia se confirme - o balanço da companhia será divulgado hoje -, será a primeira vez que a Perdigão ultrapassará a concorrente em ven

Lobbies de ONGs contra a publicidade são preocupação da Abap

A maior preocupação do mercado brasileiro de publicidade neste momento é com os lobbies de organizações não governamentais que propõem restrições à criação de conteúdo comercial para serem veiculados nos canais de mídia. A expressão é do executivio Dalton Pastore, presidente da Abap (Associação Brasileira das Agências de Publicidade), que deixa o comando da entidade no próximo dia 27 de maio, durante a festa dos 60 anos de fundação. Pastore também anunciou na tarde desta sexta-feira (27) o nome de Luiz Lara, sócio e presidente da Lew'Lara/TBWA, como seu sucessor. A eleição será entre os dias 27 e 29 de abril, quando também acontecem as eleições do capítulos regionais. Lara será eleito por aclamação para um período de dois anos e terá como vice-presidentes Armando Strozemberg (Contemporânea EuroRSCG), Bob Vieira da Costa (Nova S/B) e Antônio D'Alessandro (DCS). A diretoria será composta por Otto Barros Vidal (PPR- Profissionais de Propaganda Reunidos), Antonio Fadiga (Fischer Am

Aparelho ajuda plantas a pedir água pelo microblog

É provável que você jamais tenha conversado com as plantas de sua casa, mas se elas pudessem falar, o que diriam? Pesquisadores do programa de telecomunicações interativas da Universidade de Nova York desenvolveram um aparelho que permite que as plantas informem seus donos pelo Twitter quando precisam de água, ou se estão sendo irrigadas demais. "Obviamente as plantas não conseguem falar ou enviar mensagens pelo Twitter diretamente, de modo que precisamos ajudá-las nisso", diz Rob Faludi, co-criador do aparelho, chamado Botanicalls. Ele é composto por sensores de umidade de terra que ficam conectados a uma placa de circuito. Os sensores medem o nível de umidade e transmitem a informação a um microcontrolador. "O software tem ajustes que permitem determinar que tipo de planta está sendo acompanhada, e também as características da terra, porque tipos diferentes de terra têm diferentes características", disse Faludi. O aparelho determina que níveis de umidade são baixo

Campanha de picolé russo é acusada de racismo

Uma caricatura que representa o atual presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em frente ao Congresso norte-americano, foi a escolha da agência de publicidade russa, Voskhod, para a campanha publicitária da marca de sorvetes Duet. A agência espalhou anúncios pela cidade de Yekaterinburg, na região dos Montes Urais, para promover o novo sabor da companhia, um picolé de baunilha com chocolate. O que chamou a atenção, entretanto, foi o mote escolhido pela agência de publicidade. Junto com a caricatura de Obama, as peças trazem o slogan que pode ser traduzido como: "Está na boca de todos: o preto no branco". Imediatamente após a publicação dos anúncios, algumas entidades ativistas de direitos humanos da Rússia começaram a protestar contra a peça, classificando-a como vulgar e condenando-a por envolver figuras políticas em torno de interesses comerciais. O diretor de criação da agência, Yevgency Primachenko, entretanto, defendeu a peça afirmando que o mote criativo baseou-se e

Invista nos funcionários para sobreviver à crise

Geoff Colvin, 55, autor do best seller americano Desafiando Talentos - Mitos e verdades sobre o sucesso (Editora Globo, páginas 228, R$ 32,80 ), defende a ideia de que talento não é um dom, mas resultado de persistência e longo treinamento. Editor da revista Fortune, Colvin veio ao Brasil recentemente para divulgar seu livro. Em entrevista à Pequenas Empresas & Grandes Negócios, ele aconselhou empreendedores a investir mais na capacitação dos funcionários, pois em tempos de crise, um desempenho brilhante é questão de sobrevivência. O que o motivou a escrever o livro? A existência ou não de talentos naturais é um assunto de meu interesse. Durante anos, sempre pensei a respeito disso, mas eram apenas pensamentos. Até que decidi escrever um artigo sobre o tema para a revista Fortune e descobri que existia uma série de pesquisas científicas dedicadas ao assunto. Então, publiquei o artigo e, para minha surpresa, recebi uma quantidade imensa de cartas e e-mails elogiando o tópico. Naquel

Escuridão para alertar sobre o aquecimento global

A "Hora do Planeta" é um ato simbólico promovido pela WWF em todo o mundo com o objetivo de alertar as pessoas para o aquecimento global. A ação, que acontece no sábado, 28, às 20h30, propõe que pessoas, empresas e governos apaguem as luzes durante uma hora para mostrar ao restante do mundo que estão preocupadas com as mudanças climáticas provocadas pela intervenção do homem na natureza. A manifestação é inspirada no "Earthour" - evento que fez com que todas as luzes de Sidney, na Austrália, se apagassem em 2007 - e que reuniu 2,2 milhões de pessoas, entre personalidades de Hollywood, lideranças locais, empresas e famílias. Em 2008, a edição da "Hora do Planeta" contou com a participação de 50 milhões de pessoas, em 35 países e 400 cidades pelo mundo; este ano a estimativa é que o projeto mobilize um bilhão de pessoas. Esta é a primeira vez que o Brasil participa da ação, que já conta com o apoio de mais de 170 cidades e 62 países. Grandes capitais como Sã

Reputação da Marca: profilaxia ou terapêutica

Quantas vezes já nos disseram para fazer exames médicos regulares, organizar um plano contra a vida sedentária e ter hábitos alimentares mais equilibrados e inteligentes? Mas quantos de nós só começam a levar esses conselhos a sério quando recebem um “cartão amarelo”? Muitos! Isso acontece com a gente e acontece com as empresas e suas marcas. E há aqueles que são especialistas em segundas-feiras. Isto é: param no dia em que começam. Além dos que “terceirizam”, quer dizer, escolhem a terça-feira para começar. Em resumo, prevenção e profilaxia parecem esbarrar na Lei de Newton: um corpo não altera sua condição de repouso ou de movimento retilíneo e uniforme a não ser que uma força externa haja sobre ele. Muitas empresas são “newtonianas” também na atenção que dão às suas marcas corporativas. Em momentos de crise é um grande corre-corre atrás de ações terapêuticas para enfrentá-la. Desde treinamentos intensivos de porta-vozes para conversar com a imprensa e outros stakeholders até ações p

Davenport: A era da ciência analítica

Thomas Davenport, autor de “Competição Analítica”, realizou a última palestra do Fórum Mundial de Lucratividade 2009. Ele explicou ao público presente que a ciência analítica deixou os porões das empresas e subiu ao palco. “Passamos de um mundo em que sistemas de informações serviam para acumular dados para um mundo em que os dados são usados para gerir os negócios”, constata. Ele explica que essa mudança pode estar relacionada à tecnologia, à massa crítica de dados, à capacitação dos profissionais e à necessidade comercial de tomar decisões baseadas em fatos. “Quem diria que um programa de TV sobre análise quantitativa na solução de crimes fosse fazer tanto sucesso nos Estados Unidos? E que teríamos best-sellers como o Supercrunchers, de Ian Ayres, que, inclusive, estará na ExpoManagement da HSM?” Ao explicar em que a ciência pode ser útil, Davenport diz: “Todos vocês têm clientes que o fazem perder dinheiro. As análises ajudam a identificar quais clientes não lhes servem”. Ele acresc

Sustentabilidade tornou-se uma questão de sobrevivência

Qual é o novo modelo de gestão que surgirá a partir da atual crise financeira? Esta pergunta tem circulado no meio empresarial, que procura sobreviver em meio à turbulência. Os tempos são outros e acabou a fase em que organizações não pensavam na sua ocupação física no mundo e as influências disso, sejam ambientais, sociais, culturais e econômicas, mesmo com o cenário econômico adverso. Sim, temos de defender o que é nosso, mas há de se curvar à inexorável necessidade de sobrevivência a médio e longo prazos. E isso só é possível se apoiado no conceito de sustentabilidade. Agora, não se pode perder de vista este item. Algumas décadas atrás, uma organização instalava-se em imensa área de nosso território e praticava solitária gestão, atrelada a si mesma, de afirmação junto aos seus donos. Hoje, os sócios são apenas uma das partes interessadas que inclui, ainda, os clientes, colaboradores, a comunidade em que está estabelecida, além de concorrentes, fornecedores, investidores e governo. P

A comunicação com empregados exigirá muito dos líderes

Como desembrulhar um pacote de medidas duríssimas em plena época de Natal? Aliás, fazer ou não fazer a festa de confraternização? Em fins de novembro, esses e outros dilemas tumultuaram a agenda de companhias acostumadas a distribuir agrados inesquecíveis a seus funcionários. Foi um período especialmente tenso para Analisa de Medeiros Brum, fundadora da HappyhouseBrasil, uma agência que cuida do relacionamento das empresas com seu público interno. Ao mesmo tempo em que precisava tomar decisões sobre sua própria empresa e os 70 funcionários que trabalham na sede, em Porto Alegre, Analisa tinha de orientar seus clientes - entre eles, mamutes corporativos como Vale e Gerdau, além de Amanco, Braskem e Brasil Telecom, entre outras companhias. Autora do primeiro livro publicado no Brasil sobre endomarketing, tema que já lhe rendeu cinco outro títulos desde 1994, expõe nesta entrevista a AMANHÃ muito do que disse a seus clientes e do que pôs em prática na sua agência em meio ao vendaval do fi