Pular para o conteúdo principal

Mobile marketing terá forte evolução

A Yavox é uma das empresas pioneiras em iniciativas de mobile marketing no mercado brasileiro. As expectativas para 2008 são de uma grande evolução no mercado, com oportunidades novas se abrindo com a introdução do 3G. JumpExec entrevista Andreas Blazoudakis, presidente da empresa, que faz uma análise do mercado e o que está para vir nos próximos meses.


JumpExec: Quais as suas expectativas para o mercado de mobile marketing para os próximos meses?
Andreas Blazoudakis: Aqui na Yavox identificamos uma tendência forte de evolução dos formatos utilizados até o momento. As grandes iniciativas no Brasil começaram em 2005 (Se liga no celular da Pepsi), se expandiram em 2006 (Seleção do Faustão da Globo) e Dadada da Pepsi, e se consolidaram em 2007 com a Seja um Campeão Petrobrás e Caçada Premiada da Schin.

Para 2008 estamos encerrando esta fase de campanhas de interatividade única, ou seja, o usuário pega um código ou palavra na embalagem ou mídia e envia, recebendo uma resposta. Notamos que o usuário quer mais relacionamento com a marca, quer realmente fazer parte de uma comunidade. Testamos este novo modelo de comunidade em volta de uma marca em dezembro de 2007, e em 30 dias formamos uma comunidade com 280.000 assinantes, que duas vezes por semana brincam e se divertem com com várias mecânicas como quiz, jogos diversos e até leilões relâmpago.

O mercado ainda busca no integrador campanhas com mecânicas antigas e até um pouco desgastadas, e aos poucos vamos passando ao mercado todas estas novidades em termos de Mobile Marketing.Uma outra vertente do Mobile Marketing que promete crescimento forte em 2008 é a de modelo de negócios onde quem paga a conta é a marca, ou seja, campanhas gratuitas para o usuário. Realizamos diversas campanhas em 2007 neste sentido para marcas de massa como AVON, Mastercard, e alguns bancos, onde o sucesso foi tal que chegamos a reeditar 3 vezes algumas campanhas. Todavia, o que ainda não está bem resolvido neste modelo é a precificação do serviço, onde o modelo é confundido ainda com propaganda no celular, deixando as operadoras um pouco preocupadas, e com razão.

O telefone celular é considerado como um fator de inclusão digital no Brasil, devido ao grande número de usuários existentes no país. De que forma vc acredita que os usuários possam se “incluir” no mundo digital com a utilização do telefone celular?
O Brasil tem uma característica muito peculiar: As pessoas não possuem recursos financeiros mas possuem um celular com câmera. Isto se deve ao fenômeno das lojas populares venderem celulares em até 24 vezes. Em nosso pais, 55% da população ganha menos de R$ 350,00 por mês, e apenas 21% ganha mais de R$ 1.000, mas todos estes querem um celular. Com estas caracteristicas de mercado a inclusão digital só avançará com mobilidade se alguém pagar a conta para estes usuários. Por isto que a TV aberta e a Internet são sucessos no Brasil, por serem gratuitas.

Realizamos pesquisas para entender porque os usuários entram na internet para assinar conteudos no seu celular como horóscopo, dietas, etc… Concluimos que a grande maioria dos usuários não utiliza serviços de pacotes de dados (WAP), pois a percepção de preço do serviço é muito alta. Assim sendo, ao entrar na internet o usuário para sentir-se informado no seu celular, buisca nas mensagens SMS de R$ 0,10 e R$ 0,31, a informação que lhe interessa.

Os primeiros movimentos de marcas querendo pagar o tráfego para o usuário já estão ocorrendo, mas ainda esbarram em algumas indefinições de preço do serviço ou conteúdo patrocinado.

A entrada do 3G vai acrescentar quais características ao mercado de mobile marketing no Brasil?
No curto prazo, pouco muda no comportamento dos usuários, pois é um serviço para nichos, não para as massas. As marcas que souberem explorar nichos de Mercado terão grande sucesso com a exploração de serviços 3G. É importante entender que uma das principais funcionalidades que o 3G traria para nossos usuários seria a TV Móvel, todavia, com a adoção do padrão japonês, a TV Móvel sera aberta e livre, sem passar pelas operadoras de Telecom, não adiantando em nada ter um celular com serviço 3G.

Apesar disto, outra grande funcionalidade que se viabiliza com o 3G é a video-chamada e video-conferência móvel, a qual sera um sucesso nas corporações e para o publico disposto a pagar as taxas iniciais do serviço.

De que forma as campanhas em mobile marketing poderão se interagir com outras mídias, como a TV digital, por exemplo?
Nós estamos realizando os primeiros testes internos na Yavox para a Interatividade na TV digital. Mas a tecnologia provavelmente não será SMS, uma vez que o SMS funciona de forma assíncrona, e a interatividade com TV digital requer a abertura de uma sessão por usuário para que a experiência fique dinânica e intantânea. Ninguem vai querem interagir dando um comando e recebendo o retorno depois de dois minutos. Tem que ser algo tipo o controle remoto através do celular.

O consumidor brasileiro é considerado bastante receptivo a novidades tecnológicas. Você acredita que esta característica pode alavancar ainda mais o mercado de mobile marketing no país?
O sucesso de sermos campeões no Orkut e MSN deve se repetir na mobilidade, alias, já está acontecendo. Finalizamos o ano de 2007 com 21.000.000 de clientes só na rede Yavox. O público está ai, mas faltam empresas para pagarem esta conta e usufruírem da relação com esta enorme comunidade mobile brasileira.


Fonte: jumpexec.uol.com.br

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

H2OH! - um produto desacreditado que virou sucesso

O executivo carioca Carlos Ricardo, diretor de marketing da divisão Elma Chips da Pepsico, a gigante americana do setor de alimentos e bebidas, é hoje visto como uma estrela em ascensão no mundo do marketing. Ele é o principal responsável pela criação e pelo lançamento de um produto que movimentou, de forma surpreendente, o mercado de bebidas em 11 países. A princípio, pouca gente fora da Pepsi e da Ambev, empresas responsáveis por sua produção, colocava fé na H2OH!, bebida que fica a meio caminho entre a água com sabor e o refrigerante diet. Mas em apenas um ano a H2OH! conquistou 25% do mercado brasileiro de bebidas sem açúcar, deixando para trás marcas tradicionais, como Coca-Cola Light e Guaraná Antarctica Diet. Além dos números de vendas, a H2OH! praticamente deu origem a uma nova categoria de produto, na qual tem concorrentes como a Aquarius Fresh, da Coca-Cola, e que já é maior do que segmentos consagrados, como os de leites com sabores, bebidas à base de soja, chás gelados e su

Doze passos para deixar de ser o “bode expiatório” na sua empresa

Você já viu alguma vez um colega de trabalho ser culpado, exposto ou demitido por erros que não foi ele que cometeu, e sim seu chefe ou outro colega? Quais foram os efeitos neste indivíduo e nos seus colegas? Como isso foi absorvido por eles? No meu trabalho como coach, tenho encontrado mais e mais casos de “bodes expiatórios corporativos”, que a Scapegoat Society, uma ONG britânica cujo objetivo é aumentar a consciência sobre esta questão no ambiente de trabalho, define como uma rotina social hostil ou calúnia psicológica, através da qual as pessoas passam a culpa ou responsabilidade adiante, para um alvo ou grupo. Os efeitos são extremamente danosos, com conseqüências de longo-prazo para a vítima. Recentemente, dei orientação executiva a um gerente sênior que nunca mais se recuperou por ter sido um dia bode expiatório. John, 39 anos, trabalhou para uma empresa quando tinha algo em torno de 20 anos de idade e tudo ia bem até que ele foi usado como bode expiatório por um novo chefe. De

Conselho Federal de Marketing?

A falta de regulamentação da profissão de marketing está gerando um verdadeiro furdunço na Bahia. O consultor de marketing André Saback diz estar sendo perseguido por membros do Conselho Regional de Administração da Bahia (CRA/BA) por liderar uma associação – com nome de Conselho Federal de Marketing e que ainda não está registrada – cujo objetivo, segundo ele, é regulamentar a profissão. O CRA responde dizendo que Saback está praticando estelionato e que as medidas tomadas visam a defender os profissionais de administração. Enquanto André Saback, formado em marketing pela FIB - Centro Universitário da Bahia -, diz militar pela regulamentação da profissão, o Presidente do CRA/BA, Roberto Ibrahim Uehbe, afirma que o profissional criou uma associação clandestina, está emitindo carteirinhas, cobrando taxas e que foi cobrado pelo Conselho Federal de Administração por medidas que passam até por processar Saback, que diz ter recebido dois telefonemas anônimos na última semana em tom de ameaç