Muitos tipos de organizações, virtualmente e fisicamente, procuram interagir e se comunicar com seus stakeholders dentro e fora do seu país de origem para construir um conjunto dinâmico de relações. Negócios, investimentos estrangeiros, coligações políticas, causas globais, pressão de grupos de ativistas, fluxo de informação e de redes sociais, entre outros fenômenos, estão aumentando a complexidade dessas relações globais, abrindo oportunidades e atenção para as Relações Públicas Internacionais ou Globais.
De acordo com estudo publicado pelo Institute for Public Relations sobre a construção e manutenção de relações internacionais, estima-se que, em nível mundial, existem entre 2,3 a 4,5 milhões de profissionais de Relações Públicas (Muzi Falconi, 2006). Eles estão ajudando suas organizações, não só na construção e manutenção de múltiplas relações em seu país sede, mas também na construção e manutenção de pontes de relacionamento no exterior, em ambientes transnacionais, especialmente na relação com grupos de ativistas, mídia global, organismos internacionais e organizações não governamentais (ONGs).
O uso de tecnologias de informação e comunicação interativa por consumidores e grupos de ativistas estão ampliando a complexidade das práticas globais de Relações Públicas. Assim, corporações que passam a integrar outras entidades através de fusões ou aquisições são obrigadas a responder à concorrência global e aos grupos de interesse que podem unir-se para além das fronteiras territoriais e aplicar a pressão em um determinado país ou mesmo globalmente (Wakefield, 2008).
Às vezes, torna-se difícil implementar e monitorar as mensagens organizacionais em outros países, uma vez que há situações e atores ativos que são transnacionais por natureza e que funcionam como uma rede global ou matriz com o fluxo de comunicação em todas as direções (Molleda, Connolly-Ahern e Quinn, 2005). Em outras palavras, muitas empresas já não estão limitados a interagir e se comunicar com os públicos internos (onde os seus principais escritórios estão localizados), mas adicionalmente com host (onde operam internacionalmente) e públicos transnacionais (atuando simultaneamente em vários locais e dimensões de comunicação ou plataformas de mídia).
Nesta perspectiva, define-se Relações Públicas globais como as comunicações estratégicas e ações realizadas pela administração privada, pública ou sem fins lucrativos que visam construir e manter relacionamentos com os públicos em ambientes socioeconômicos e políticos fora do seu local/país de origem. Esta definição vai ao encontro do que Wakefield (2008) definiu como Relações Públicas internacionais.
As Relações Públicas globais deve promover comunicações estratégicas e ações simultâneas no seu país de origem junto aos públicos locais e transnacionais, adotando medidas preventivas para garantir que a voz da organização ecoe na sociedade e seja ouvida em situações iminentes de conflitos nacionais e crises transnacionais, nomeadamente, através do cultivo de representantes relevantes em diversos meios de comunicação (Molleda et al., 2005).
Referências:
Molleda, J.C., Connolly-Ahern, C., & Quinn, C. (2005). Cross-national conflict shifting: Expanding a theory of global public relations management through quantitative content analysis. Journalism Studies, 6(1), 87-102.
Muzi Falconi, T. (2006). Institute for Public Relations website. Retrieved August 28, 2008, from http://www.instituteforpr.org/research_single/how_big_is_public_relations/
Wakefield, R.I. (2008). Theory of international public relations, the Internet, and activism. Journal of Public Relations Research, 20, 138-157.
Fonte: Baseado em texto de Juan-Carlos Molleda, in Institute for Public Relations
De acordo com estudo publicado pelo Institute for Public Relations sobre a construção e manutenção de relações internacionais, estima-se que, em nível mundial, existem entre 2,3 a 4,5 milhões de profissionais de Relações Públicas (Muzi Falconi, 2006). Eles estão ajudando suas organizações, não só na construção e manutenção de múltiplas relações em seu país sede, mas também na construção e manutenção de pontes de relacionamento no exterior, em ambientes transnacionais, especialmente na relação com grupos de ativistas, mídia global, organismos internacionais e organizações não governamentais (ONGs).
O uso de tecnologias de informação e comunicação interativa por consumidores e grupos de ativistas estão ampliando a complexidade das práticas globais de Relações Públicas. Assim, corporações que passam a integrar outras entidades através de fusões ou aquisições são obrigadas a responder à concorrência global e aos grupos de interesse que podem unir-se para além das fronteiras territoriais e aplicar a pressão em um determinado país ou mesmo globalmente (Wakefield, 2008).
Às vezes, torna-se difícil implementar e monitorar as mensagens organizacionais em outros países, uma vez que há situações e atores ativos que são transnacionais por natureza e que funcionam como uma rede global ou matriz com o fluxo de comunicação em todas as direções (Molleda, Connolly-Ahern e Quinn, 2005). Em outras palavras, muitas empresas já não estão limitados a interagir e se comunicar com os públicos internos (onde os seus principais escritórios estão localizados), mas adicionalmente com host (onde operam internacionalmente) e públicos transnacionais (atuando simultaneamente em vários locais e dimensões de comunicação ou plataformas de mídia).
Nesta perspectiva, define-se Relações Públicas globais como as comunicações estratégicas e ações realizadas pela administração privada, pública ou sem fins lucrativos que visam construir e manter relacionamentos com os públicos em ambientes socioeconômicos e políticos fora do seu local/país de origem. Esta definição vai ao encontro do que Wakefield (2008) definiu como Relações Públicas internacionais.
As Relações Públicas globais deve promover comunicações estratégicas e ações simultâneas no seu país de origem junto aos públicos locais e transnacionais, adotando medidas preventivas para garantir que a voz da organização ecoe na sociedade e seja ouvida em situações iminentes de conflitos nacionais e crises transnacionais, nomeadamente, através do cultivo de representantes relevantes em diversos meios de comunicação (Molleda et al., 2005).
Referências:
Molleda, J.C., Connolly-Ahern, C., & Quinn, C. (2005). Cross-national conflict shifting: Expanding a theory of global public relations management through quantitative content analysis. Journalism Studies, 6(1), 87-102.
Muzi Falconi, T. (2006). Institute for Public Relations website. Retrieved August 28, 2008, from http://www.instituteforpr.org/research_single/how_big_is_public_relations/
Wakefield, R.I. (2008). Theory of international public relations, the Internet, and activism. Journal of Public Relations Research, 20, 138-157.
Fonte: Baseado em texto de Juan-Carlos Molleda, in Institute for Public Relations
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