Pular para o conteúdo principal

Funcionários da Domino´s Pizza postam vídeo no You Tube e são processados

Dois funcionários irresponsáveis imaginam um vídeo “muito engraçado” usando alimentos e toda sorte de escatologia. O cenário é uma cozinha da pizzaria Domino´s. Pronto, está feito o vídeo que mais chamou a atenção da mídia americana na semana passada. Nele, os dois funcionários se divertem enquanto um espirra na comida, entre outras amostras de higiene pessoal. Tudo isso foi postado no you tube no que eles consideraram “uma grande brincadeira”. O vídeo em questão, agora removido do site, foi visto por mais de 930 mil pessoas em apenas dois dias. (o vídeo já foi removido, mas pode ser conferido em trechos nesta reportagem: http://www.youtube.com/watch?v=eYmFQjszaec)

Mas para os consumidores da rede, é uma grande(síssima) falta de respeito. Restou ao presidente a tarefa de “limpar” a bagunça (e a barra da empresa). Há poucos dias, Patrick Doyle, CEO nos EUA, veio a público e respondeu na mesma moeda. No vídeo de dois minutos no You Tube, Doyle (http://www.youtube.com/watch?v=7l6AJ49xNSQ) agradece membros de redes sociais que alertaram sobre o vídeo, se desculpa por ele e informa que o caso está sendo tratado: os funcionários foram demitidos e correm o risco de irem presos. Aliás, durante o processo judicial, os funcionários alegaram que nunca serviram a comida alvo das brincadeiras. É um alívio, mas, na verdade pouco importa agora que a opinião pública ficou aterrorizada com a fragilidade do sistema da rede. E agora que a reputação da marca foi fortemente abalada.

No vídeo, o CEO explica os passos que a rede tem tomado para que episódios desse tipo nunca mais ocorram. A loja onde tudo se passou foi fechada e vem passando por inspeção da vigilância sanitária. A rede também está conduzindo uma grande revisão em seus processos de contratação – um dos autores do vídeo tinha passagem pela polícia. “É doentio pensar que as ações de dois únicos indivíduos possam impactar negativamente um enorme sistema como o nosso”, diz Doyle no vídeo.

O episódio é mais um desastre de imagem corporativa já assistido aos montes em mais de dez anos de internet comercial. Vira e mexe um caso como esse chama a atenção do mundo todo. Câmera na mão, uma idéia na cabeça? Que nada, para causar buxixo basta uma idéia esquisita e um celular na mão. É o perigo de qualquer empresa.


Fonte: Por Ticiana Werneck, in consumidormoderno.uol.com.br

Comentários

Stelleo Tolda disse…
Qualquer organização está sujeita à boicote, insatisfação, seja do público interno, quanto do externo. O grande lance é tentar buscar sempre a excelência: dos produtos, dos serviços e das experiências a fim de minimizar problemas como esse enfrentado pela Domino´s Pizza.

O fato é que na era das redes sociais online todos temos telhado de vidro: http://mlonlinegeneration.wordpress.com/2009/05/15/telhado-de-vidro/.

Abraços,
Stelleo Tolda
WWW.mercadolivre.com.br/mlog

Postagens mais visitadas deste blog

H2OH! - um produto desacreditado que virou sucesso

O executivo carioca Carlos Ricardo, diretor de marketing da divisão Elma Chips da Pepsico, a gigante americana do setor de alimentos e bebidas, é hoje visto como uma estrela em ascensão no mundo do marketing. Ele é o principal responsável pela criação e pelo lançamento de um produto que movimentou, de forma surpreendente, o mercado de bebidas em 11 países. A princípio, pouca gente fora da Pepsi e da Ambev, empresas responsáveis por sua produção, colocava fé na H2OH!, bebida que fica a meio caminho entre a água com sabor e o refrigerante diet. Mas em apenas um ano a H2OH! conquistou 25% do mercado brasileiro de bebidas sem açúcar, deixando para trás marcas tradicionais, como Coca-Cola Light e Guaraná Antarctica Diet. Além dos números de vendas, a H2OH! praticamente deu origem a uma nova categoria de produto, na qual tem concorrentes como a Aquarius Fresh, da Coca-Cola, e que já é maior do que segmentos consagrados, como os de leites com sabores, bebidas à base de soja, chás gelados e su

Doze passos para deixar de ser o “bode expiatório” na sua empresa

Você já viu alguma vez um colega de trabalho ser culpado, exposto ou demitido por erros que não foi ele que cometeu, e sim seu chefe ou outro colega? Quais foram os efeitos neste indivíduo e nos seus colegas? Como isso foi absorvido por eles? No meu trabalho como coach, tenho encontrado mais e mais casos de “bodes expiatórios corporativos”, que a Scapegoat Society, uma ONG britânica cujo objetivo é aumentar a consciência sobre esta questão no ambiente de trabalho, define como uma rotina social hostil ou calúnia psicológica, através da qual as pessoas passam a culpa ou responsabilidade adiante, para um alvo ou grupo. Os efeitos são extremamente danosos, com conseqüências de longo-prazo para a vítima. Recentemente, dei orientação executiva a um gerente sênior que nunca mais se recuperou por ter sido um dia bode expiatório. John, 39 anos, trabalhou para uma empresa quando tinha algo em torno de 20 anos de idade e tudo ia bem até que ele foi usado como bode expiatório por um novo chefe. De

Conselho Federal de Marketing?

A falta de regulamentação da profissão de marketing está gerando um verdadeiro furdunço na Bahia. O consultor de marketing André Saback diz estar sendo perseguido por membros do Conselho Regional de Administração da Bahia (CRA/BA) por liderar uma associação – com nome de Conselho Federal de Marketing e que ainda não está registrada – cujo objetivo, segundo ele, é regulamentar a profissão. O CRA responde dizendo que Saback está praticando estelionato e que as medidas tomadas visam a defender os profissionais de administração. Enquanto André Saback, formado em marketing pela FIB - Centro Universitário da Bahia -, diz militar pela regulamentação da profissão, o Presidente do CRA/BA, Roberto Ibrahim Uehbe, afirma que o profissional criou uma associação clandestina, está emitindo carteirinhas, cobrando taxas e que foi cobrado pelo Conselho Federal de Administração por medidas que passam até por processar Saback, que diz ter recebido dois telefonemas anônimos na última semana em tom de ameaç