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O podcast morreu?

Em 2008, o editor da InformationWeek.com, Alexander Wolfe, afirmou, em um artigo, que o podcast estava com os dias contados. Como justificativa, disse ter a impressão de haver mais criadores de episódios do que ouvintes.

Sustentou também que não conhecia pessoas capazes de defender a utilização de somente podcasts como fonte de informação. No lado oposto, Wolfe apontou que o vídeo iria alçar vôos maiores e ter um caminho diferente.

Dois anos depois, a realidade é outra: podcast e vídeo caminham lado a lado, rumo à popularização. Nas empresas, a cultura de utilização dessas ferramentas já está disseminada e muitas companhias traçam ações específicas, beneficiando-se com um melhor ROI.

Cada vez mais comum, o patrocínio de podcasts é uma forma de fixar marca, associar conteúdo e aumentar market share. A rede social Via6, dedicada a empresas e profissionais, obteve um bom resultado ao ser um dos primeiros patrocinadores do Escriba Café, podcast sobre literatura e história que tem mais de 15.000 downloads por mês, feitos por um público variado.

O valor do investimento? Aproximadamente R$ 400 por episódio.Caro? Não para as empresas, acostumadas a desembolsar quantias bem maiores. Outro caso interessante é o do energético em cápsulas SmartCaps, que, durante a Campus Party, patrocinou o SmartCast, podcast que “cobriu”, em vários episódios, as discussões do evento.

Neste contexto, a produção de conteúdo próprio e interativo também se consolidou. O Pod Ter Saúde, da Amil, ilustra essa profissionalização e cumpre o objetivo ao oferecer orientações saudáveis aos associados, proporcionando uma melhor qualidade de vida. Em um dos episódios, o alvo é a Doença de Parkinson, que afeta o sistema nervoso central. As análises e comentários ficam por conta de um especialista, o Dr. Manoel Jacobsen Teixeira, da USP.

Outras empresas como Disney, Purina, GM e Heineken também intensificaram os esforços no universo MP3, oferecendo ao público episódios com dicas sobre turismo, animais de estimação, música eletrônica, festas e mercado.

Esses exemplos mostram que o podcast irá sobreviver por um bom tempo. Mas, há público? Claro! Muitos ouvintes são como Alexander Wolfe: gostam de criticar a ferramenta, mas não vivem sem ela!


Fonte: Por Rodrigo Capella - assessor de imprensa, autor de vários livros, entre eles “Assessor de Imprensa – fonte qualificada para uma boa notícia”.

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