Para o especialista em inovação Bruce Nussbaum, o moderno CEO deve ter a mente de um designer - e Steve Jobs é o modelo do novo paradigma. Para o guru da administração Gary Hamel, não é nada disso: o novo presidente de empresa deverá cada vez mais desenvolver um raciocínio voltado para a tática e a estratégia. Sun Tzu, o mestre da arte da guerra, é o modelo. Quem ganha a batalha?
As idéias dos dois pensadores foram expostas recentemente em palestras. Hamel proferiu a sua em Harvard. Nussbaum, no Royal College of Art, de Londres. Para Hamel, a inovação está sendo buscada nos lugares que menos favorecem a vantagem competitiva de longo prazo - nos métodos de operação e inovação de produto. "Quando analisamos 700 anos de história dos conflitos militares", diz, "nos damos conta de que a vantagem de performance duradoura nasceu sempre da inovação na administração de recursos". Para ele, o administrador do século 20 está defasado para as demandas do século 21. A principal missão da nova gestão será regularizar o irregular. "Vivemos num mundo cada vez mais irregular, com funcionários irregulares, produtos e lucros irregulares", diz. A palavra-chave será "adaptabilidade". Para aplicá-la aos negócios será preciso estudar exemplos fora do mundo corporativo, como o funcionamento da vida cotidiana, das grandes metrópoles e das democracias, na essência pouco administráveis. "Guerrear conforme o terreno era um dos conselhos de Sun Tzu", afirma Hamel.
Em Londres, Nussbaum, lembrando Peter Drucker, salientou o papel do design como fomentador do pensamento administrativo. "A metodologia do design merece ser aplicada nos processos da empresa", afirma. No mercado global, ser capaz de entender o consumidor, fazer protótipos de novos produtos, serviços e experiências é a melhor metodologia administrativa. "É por isso que digo que os CEOs devem ter a mente de um designer. Pense no iPhone. Seria produzido numa empresa não presidida por um visionário como Jobs?" Quem vence a parada, o estrategista ou o designer? Uma mistura dos dois, provavelmente.
Sun Tzu – Considerado um gênio da estratégia militar, teria vivido entre 544 e 496 a.C. O general chinês reuniu seus conhecimentos no livro, considerado um clássico, A Arte da Guerra. Alguns estudiosos negam, porém, a existência do autor.
Fonte: Por Álvaro Oppermann, in epocanegocios.globo.com
As idéias dos dois pensadores foram expostas recentemente em palestras. Hamel proferiu a sua em Harvard. Nussbaum, no Royal College of Art, de Londres. Para Hamel, a inovação está sendo buscada nos lugares que menos favorecem a vantagem competitiva de longo prazo - nos métodos de operação e inovação de produto. "Quando analisamos 700 anos de história dos conflitos militares", diz, "nos damos conta de que a vantagem de performance duradoura nasceu sempre da inovação na administração de recursos". Para ele, o administrador do século 20 está defasado para as demandas do século 21. A principal missão da nova gestão será regularizar o irregular. "Vivemos num mundo cada vez mais irregular, com funcionários irregulares, produtos e lucros irregulares", diz. A palavra-chave será "adaptabilidade". Para aplicá-la aos negócios será preciso estudar exemplos fora do mundo corporativo, como o funcionamento da vida cotidiana, das grandes metrópoles e das democracias, na essência pouco administráveis. "Guerrear conforme o terreno era um dos conselhos de Sun Tzu", afirma Hamel.
Em Londres, Nussbaum, lembrando Peter Drucker, salientou o papel do design como fomentador do pensamento administrativo. "A metodologia do design merece ser aplicada nos processos da empresa", afirma. No mercado global, ser capaz de entender o consumidor, fazer protótipos de novos produtos, serviços e experiências é a melhor metodologia administrativa. "É por isso que digo que os CEOs devem ter a mente de um designer. Pense no iPhone. Seria produzido numa empresa não presidida por um visionário como Jobs?" Quem vence a parada, o estrategista ou o designer? Uma mistura dos dois, provavelmente.
Sun Tzu – Considerado um gênio da estratégia militar, teria vivido entre 544 e 496 a.C. O general chinês reuniu seus conhecimentos no livro, considerado um clássico, A Arte da Guerra. Alguns estudiosos negam, porém, a existência do autor.
Fonte: Por Álvaro Oppermann, in epocanegocios.globo.com
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