Uma das ferramentas de comunicação mais recomendadas para a divulgação de atividades de responsabilidade social corporativa é o balanço social. Demonstrativo não-obrigatório, publicado anualmente, ele apresenta informações sobre as ações de natureza social das empresas, incluindo benefícios gerados para seus funcionários, dependentes, colaboradores, comunidade e meio ambiente. “O balanço social é a resposta viva da ética de uma organização, pois reflete em números, valores e dados quantitativas a sua preocupação social. Por meio dele, a empresa mostra o que faz por todos aqueles que sofrem a influência direta de suas atividades”, afirma João Sucupira, economista e coordenador de transparência e responsabilidade social do Ibase.
Um dos principais defensores desse instrumento foi o sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, que, em junho de 1997, deflagrou uma campanha nacional por sua publicação voluntária. Ele acreditava que o balanço social contribuiria para “consolidar uma sociedade verdadeiramente democrática” ao propor uma verificação pública do investimento de empresas em questões como educação, saúde, preservação de meio ambiente, apoio a comunidades e melhoria das condições de vida dos trabalhadores.
Muito comum entre companhias européias há 30 anos, começou a ser utilizado no Brasil em meados dos anos 80. E desde então, vem se transformando em ferramenta importante para demonstração de transparência, de diálogo e de gestão de responsabilidade social em empresas dos mais diferentes portes. A despeito de algumas tentativas de torná-lo compulsório (como é na França), sua publicação continua facultativa no Brasil. Em 1995, apenas 50 empresas publicavam balanço social. Hoje, mais de 500 o fazem. “Se o Congresso aprovar uma lei que obrigue as empresas a publicá-lo, a campanha de responsabilidade social passará a não ter muito sentido, porque não será mais uma questão de consciência ou de motivação, mas de cumprimento de lei”, crê Sucupira.
O QUE PRECISA TER UM BALANÇO SOCIAL?
Um bom balanço social deve ter informações precisas, escritas em linguagem clara, não técnica, e fundamentadas em diferentes relatórios gerenciais que mostrem coerência nas ações de responsabilidade social, o compromisso firme da empresa em relação a elas e os impactos sociais e ambientais provocados por sua atuação. Um bom relatório de balanço social precisa ter dados relevantes, incluindo tabelas, números e índices que informem o real desempenho da empresa em relação ao meio ambiente, aos funcionários, fornecedores, clientes e comunidade. Melhora a credibilidade do balanço social, a honestidade com que a empresa destaca não apenas os “pontos fortes” de sua preocupação social, mas também os que precisa melhorar. Uma empresa pode fazer um balanço social à parte do seu balanço econômico-financeiro. Mas o mais adequado é reunir os dois em uma mesma publicação.
Os modelos de balanço social do Ibase e do Instituto Ethos são mais utilizados no Brasil. O do Ibase consiste de um questionário com seis campos de informação quantitativas e qualitativas. O do Ethos dispõe informações sobre a receita líquida da empresa, seu resultado operacional e folha de pagamento, espaço para indicadores sociais internos e externos, ambientais e de corpo funcional, dados relacionados ao exercício da cidadania na empresa, como, por exemplo, padrões de segurança no ambiente de trabalho, liberdade sindical e ações sociais realizadas Além deles, há ainda o Global Reporting Initiative (GRI), que representa um grande esforço internacional, envolvendo empresas e organizações da sociedade civil, dirigido ao estabelecimento consensual de normas e padrões para orientar a elaboração de relatórios de sustentabilidade empresarial.
De acordo com Sucupira, o balanço social não deve ser confundido com uma peça publicitária. Trata-se de uma peça que deve ser incorporada ao planejamento estratégico de uma empresa, servindo como instrumento para monitorar e avaliar a gestão da responsabilidade social. A sua importância decorre do fato de que o consumidor, o mercado e a sociedade exigem cada vez mais informações das empresas e desejam saber o que elas têm a oferecer, além de pagar impostos, gerar empregos e produzir lucro. Para o coordenador do Ibase, “o balanço social é um instrumento facilitador e multiplicador do processo de consolidação da responsabilidade social corporativa”.
A julgar pelo que já ocorre em países europeus e nos EUA , espera-se que, também no Brasil, o consumidor passe crescentemente a valorizar produtos e serviços de empresas socialmente responsáveis, preferindo-os na hora da compra. O balanço social, neste caso, funcionará como uma espécie de “folha corrida” da empresa em relação aos seus compromissos sociais e ambientais. “Essa mudança tem levado alguns investidores a prestarem mais atenção em indicadores do balanço, como os ligados ao meio ambiente, para mensurar possíveis riscos”, comenta Sucupira.
Na opinião do economista, o balanço social favorece a todos os grupos que interagem com a empresa. “Aos dirigentes, fornece informações úteis para tomadas de decisão referentes aos programas sociais que a companhia desenvolve. Aos investidores e fornecedores, informa como a empresa encara suas responsabilidades em relação aos recursos humanos e à natureza, indicando a forma como esta é administrada. Para os consumidores, dá uma idéia sobre a postura dos dirigentes e a qualidade do produto ou serviço oferecido, demonstrando o caminho que a empresa escolheu para construir sua marca. E ao Estado, ajuda na identificação e na formulação de políticas públicas”, completa.
Fonte: Revista Ideia Social, in www.oficioplus.com.br
Um dos principais defensores desse instrumento foi o sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, que, em junho de 1997, deflagrou uma campanha nacional por sua publicação voluntária. Ele acreditava que o balanço social contribuiria para “consolidar uma sociedade verdadeiramente democrática” ao propor uma verificação pública do investimento de empresas em questões como educação, saúde, preservação de meio ambiente, apoio a comunidades e melhoria das condições de vida dos trabalhadores.
Muito comum entre companhias européias há 30 anos, começou a ser utilizado no Brasil em meados dos anos 80. E desde então, vem se transformando em ferramenta importante para demonstração de transparência, de diálogo e de gestão de responsabilidade social em empresas dos mais diferentes portes. A despeito de algumas tentativas de torná-lo compulsório (como é na França), sua publicação continua facultativa no Brasil. Em 1995, apenas 50 empresas publicavam balanço social. Hoje, mais de 500 o fazem. “Se o Congresso aprovar uma lei que obrigue as empresas a publicá-lo, a campanha de responsabilidade social passará a não ter muito sentido, porque não será mais uma questão de consciência ou de motivação, mas de cumprimento de lei”, crê Sucupira.
O QUE PRECISA TER UM BALANÇO SOCIAL?
Um bom balanço social deve ter informações precisas, escritas em linguagem clara, não técnica, e fundamentadas em diferentes relatórios gerenciais que mostrem coerência nas ações de responsabilidade social, o compromisso firme da empresa em relação a elas e os impactos sociais e ambientais provocados por sua atuação. Um bom relatório de balanço social precisa ter dados relevantes, incluindo tabelas, números e índices que informem o real desempenho da empresa em relação ao meio ambiente, aos funcionários, fornecedores, clientes e comunidade. Melhora a credibilidade do balanço social, a honestidade com que a empresa destaca não apenas os “pontos fortes” de sua preocupação social, mas também os que precisa melhorar. Uma empresa pode fazer um balanço social à parte do seu balanço econômico-financeiro. Mas o mais adequado é reunir os dois em uma mesma publicação.
Os modelos de balanço social do Ibase e do Instituto Ethos são mais utilizados no Brasil. O do Ibase consiste de um questionário com seis campos de informação quantitativas e qualitativas. O do Ethos dispõe informações sobre a receita líquida da empresa, seu resultado operacional e folha de pagamento, espaço para indicadores sociais internos e externos, ambientais e de corpo funcional, dados relacionados ao exercício da cidadania na empresa, como, por exemplo, padrões de segurança no ambiente de trabalho, liberdade sindical e ações sociais realizadas Além deles, há ainda o Global Reporting Initiative (GRI), que representa um grande esforço internacional, envolvendo empresas e organizações da sociedade civil, dirigido ao estabelecimento consensual de normas e padrões para orientar a elaboração de relatórios de sustentabilidade empresarial.
De acordo com Sucupira, o balanço social não deve ser confundido com uma peça publicitária. Trata-se de uma peça que deve ser incorporada ao planejamento estratégico de uma empresa, servindo como instrumento para monitorar e avaliar a gestão da responsabilidade social. A sua importância decorre do fato de que o consumidor, o mercado e a sociedade exigem cada vez mais informações das empresas e desejam saber o que elas têm a oferecer, além de pagar impostos, gerar empregos e produzir lucro. Para o coordenador do Ibase, “o balanço social é um instrumento facilitador e multiplicador do processo de consolidação da responsabilidade social corporativa”.
A julgar pelo que já ocorre em países europeus e nos EUA , espera-se que, também no Brasil, o consumidor passe crescentemente a valorizar produtos e serviços de empresas socialmente responsáveis, preferindo-os na hora da compra. O balanço social, neste caso, funcionará como uma espécie de “folha corrida” da empresa em relação aos seus compromissos sociais e ambientais. “Essa mudança tem levado alguns investidores a prestarem mais atenção em indicadores do balanço, como os ligados ao meio ambiente, para mensurar possíveis riscos”, comenta Sucupira.
Na opinião do economista, o balanço social favorece a todos os grupos que interagem com a empresa. “Aos dirigentes, fornece informações úteis para tomadas de decisão referentes aos programas sociais que a companhia desenvolve. Aos investidores e fornecedores, informa como a empresa encara suas responsabilidades em relação aos recursos humanos e à natureza, indicando a forma como esta é administrada. Para os consumidores, dá uma idéia sobre a postura dos dirigentes e a qualidade do produto ou serviço oferecido, demonstrando o caminho que a empresa escolheu para construir sua marca. E ao Estado, ajuda na identificação e na formulação de políticas públicas”, completa.
Fonte: Revista Ideia Social, in www.oficioplus.com.br
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