Transcrevo aqui a íntegra do texto escrito pela economista brasileira Ana Dutra, sócia-diretora da consultoria Accenture em Chicago (EUA), publicado no Blog da Edição do Portal Exame. Com muita lucidez, a autora fala sobre sobre a relação entre liderança, stress e pressão cntra o relógio. Confira:
"Com base em mais de 15 anos em pesquisas e apoiados em vasta experiência na transformação de organizações tradicionais em empresas inovadoras, aprendemos que algumas características culturais e de liderança podem turbinar a criatividade das organizações. Se por um lado isto é verdade, existem também alguns fatores que bloqueiam a capacidade criativa dos empresários e colaboradores. O fato é que existem três temas polêmicos que sem dúvida influenciam a performance de uma organização: primeiro, a habilidade e tolerância da liderança de correr riscos. Depois, altos níveis de tensão e stress. E, por último, a pressão para colocar idéias e produtos novos no mercado.
Vamos aqui analisar cada um desses fatores, de maneira rápida, e verificar como eles influenciam o cotidiano das empresas. Primeiramente, a questão dos riscos. Afirmar, em uma era pós-Enron (em que as decisões de boards e CEOs são constantemente investigadas e questionadas) que correr riscos tem uma correlação positiva com a capacidade criativa da organização é fácil na teoria. A prática é diferente. Quantos líderes você conhece que estão dispostos a correr riscos, muitas vezes considerados "desnecessários", para aumentar a capacidade de inovação da empresa?
Esta pergunta nos leva a outra reflexão, justamente ligada à pressão por resultados e consequentemente, ao surgimento do stress. Hoje em dia, a tensão é automaticamente incluída nas ofertas de emprego para executivos. Na maioria das vezes, esse clima é repassado para o resto da empresa nas observações e ações mais sutis da liderança. Todos concordamos que um nível razoável de tensão é saudável para manter o ritmo competitivo e a adrenalina empresarial. No entanto, implementar mecanismos que aliviem esta pressão exagerada pode ajudar colaboradores em todos os níveis a gerar inovação para empresa ou grupo de trabalho.
Esta demanda crescente passa por colocar novos produtos e serviços no mercado de maneira rápida. Se por um lado, esta é uma demanda cada vez mais crescente, por outro se trata de um dos mais significativos fatores inibidores de criação de uma cultura de inovação. Podemos provar, por meio dos resultados do nosso banco de dados, que cada vez que um cientista, artista ou gerente se vê pressionado a inovar ou criar novos produtos rapidamente, o efeito é reverso e a qualidade das inovações piora dramaticamente. Como conciliar esse fato com a realidade de mercado, que incentiva empresas a diminuir o tempo de lançamento de novos produtos, dia após dia?"
Fonte: Fonte: Por Ana Dutra, in Blog da Edição, portalexame.abril.com.br
"Com base em mais de 15 anos em pesquisas e apoiados em vasta experiência na transformação de organizações tradicionais em empresas inovadoras, aprendemos que algumas características culturais e de liderança podem turbinar a criatividade das organizações. Se por um lado isto é verdade, existem também alguns fatores que bloqueiam a capacidade criativa dos empresários e colaboradores. O fato é que existem três temas polêmicos que sem dúvida influenciam a performance de uma organização: primeiro, a habilidade e tolerância da liderança de correr riscos. Depois, altos níveis de tensão e stress. E, por último, a pressão para colocar idéias e produtos novos no mercado.
Vamos aqui analisar cada um desses fatores, de maneira rápida, e verificar como eles influenciam o cotidiano das empresas. Primeiramente, a questão dos riscos. Afirmar, em uma era pós-Enron (em que as decisões de boards e CEOs são constantemente investigadas e questionadas) que correr riscos tem uma correlação positiva com a capacidade criativa da organização é fácil na teoria. A prática é diferente. Quantos líderes você conhece que estão dispostos a correr riscos, muitas vezes considerados "desnecessários", para aumentar a capacidade de inovação da empresa?
Esta pergunta nos leva a outra reflexão, justamente ligada à pressão por resultados e consequentemente, ao surgimento do stress. Hoje em dia, a tensão é automaticamente incluída nas ofertas de emprego para executivos. Na maioria das vezes, esse clima é repassado para o resto da empresa nas observações e ações mais sutis da liderança. Todos concordamos que um nível razoável de tensão é saudável para manter o ritmo competitivo e a adrenalina empresarial. No entanto, implementar mecanismos que aliviem esta pressão exagerada pode ajudar colaboradores em todos os níveis a gerar inovação para empresa ou grupo de trabalho.
Esta demanda crescente passa por colocar novos produtos e serviços no mercado de maneira rápida. Se por um lado, esta é uma demanda cada vez mais crescente, por outro se trata de um dos mais significativos fatores inibidores de criação de uma cultura de inovação. Podemos provar, por meio dos resultados do nosso banco de dados, que cada vez que um cientista, artista ou gerente se vê pressionado a inovar ou criar novos produtos rapidamente, o efeito é reverso e a qualidade das inovações piora dramaticamente. Como conciliar esse fato com a realidade de mercado, que incentiva empresas a diminuir o tempo de lançamento de novos produtos, dia após dia?"
Fonte: Fonte: Por Ana Dutra, in Blog da Edição, portalexame.abril.com.br
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