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Como criar identidades visuais para marcas de sucesso

O principal desafio de quem cria identidades visuais é sintetizar, em poucos elementos, a personalidade da marca, expressar graficamente seus valores.
E isso, num desenho original, legível, pregnante e com possibilidades de aplicação de idéias em várias mídias. Enfim, com trabalho para profissionais.
Para facilitar o entendimento deste processo, vão aqui cinco pontos capitais para que o sucesso seja alcançado.

1. Posse da Marca
A marca é um nome. Antes de se iniciar um projeto de identidade visual, é capital assegurar sua propriedade. A marca deve ser registrada em uma ou mais das 43 classes relacionadas, tipo de negócios no qual será usada, junto ao INPI – Instituto Nacional de Propriedade Industrial. É bom também garantir a posse do seu domínio, para a construção do seu site, junto a FAPESP – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo.

2. Posicionamento
É a síntese da personalidade da marca. Sem um posicionamento bem definido, a marca é uma mercadoria. E mercadorias são escolhidas somente com base em seus preços. O posicionamento deve expressar os diferenciais, atributos e benefícios, enfim, a “alma” da marca, que deverá ser representada visualmente.

3. Público-alvo
As pessoas visadas como as principais consumidoras da marca. Aqui vale à pena ressaltar que: identificá-las como pertencentes às classes A2 ou C, não é suficiente para que seus valores sejam entendidos. O ideal é ser ter um perfil comportamental. Sexo, idade, escolaridade, onde moram, como se transportam, o que fazem como lazer, onde se vestem, seus programas de TV. Estes dados são muito mais fáceis de serem interpretados para serem representados.

4. Concorrência
Quais os principais concorrentes hoje e quais os prováveis concorrentes de amanhã, quando a marca se desenvolve e passa a competir em novos patamares?
O mesmo deve ser investigado do ponto de vista geográfico. Será uma marca regional, nacional ou internacional? Estas questões delimitam o tamanho da pesquisa iconográfia que deverá ser realizada para que não sejam desenvolvidas soluções que se assemelham a identidades já existentes.

5. “Parentescos”
É muito comum que novas marcas sejam criadas como extensões de outras. Uma nova empresa fará parte de um grupo existente e isto deverá ficar explícito no projeto. Extensões, verticais ou horizontais, de linhas de produtos e serviços que já estão no mercado. São casos em que a nova marca pega uma “carona” nas outras, diminuindo os investimentos para torná-las conhecidas e atraindo para si os valores já relacionados às originais.
Nestes casos, o desafio é estabelecer a dosagem exata entre similaridade e particularidade, de forma que a nova identidade seja entendida com o grau de “parentesco” que se deseja transmitir.

Invista.... e ganhe
Na maior parte dos casos, os donos das empresas gastam milhões na sua montagem.
Instalações, móveis, equipamentos, sistemas, processos etc. e, na hora de criar sua identidade visual ou a de seus produtos e serviços, ainda insistem em “comprar” preço e não talento e experiência, esquecendo questões fundamentais, como:

• No Brasil, menos de 5% das empresas fazem qualquer tipo de publicidade. Assim, sua marca exposta nas embalagens, folhetos, fachadas, uniformes, viaturas..., será a sua única ação de comunicação. O principal sinalizador de tudo que representa.

• As vendas por auto-serviço são uma tendência irreversível, em praticamente todos os tipos de negócio. Mais uma vez, a exposição da marca em uma embalagem, catálogo ou display, será fundamental para atrair o consumidor em meio às concorrentes, direcionar sua escolha e levá-lo a compor o que é oferecido.

Finalizando, a identidade visual é a “bandeira” dos processos de branding.
O sinalizador que irá resgatar nos consumidores suas experiências sobre as marcas, levando-os às ações pretendidas.


Fonte: Por Gilberto Strunck, in Blog Você Muito Bem Informado / Comunicação Social (mtc2005comunicacao.blogspot.com)

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