A percepção de que as crianças da atual geração estão ficando adultas cada vez mais cedo pode ser comprovada pela indústria de brinquedos. Ao contrário do que se possa imaginar, o maior concorrente para algumas empresas nacionais de brinquedos não são os produtos chineses e sim os aparelhos eletroeletrônicos, como o MP3 e celulares, além de roupas e calçados de grifes conhecidas. Diante de tal concorrência, algumas gigantes do setor estão apostando no público de um a cinco anos de idade - conhecido como primeira infância ou pré-escolar.
Em exibição desde 1996 na América Latina, o canal de TV paga Discovery Kids já está colhendo frutos por ter focado na criança dessa fase. Em 2003, reposicionou a sua programação para essa faixa etária e registrou um crescimento de 600% na audiência nos últimos quatro anos. "Havia uma carência de programas de TV para esse público. É um segmento muito bem-sucedido. O volume de anúncios no primeiro semestre já é maior do que o ano passado todo", comemora Fernando Medin, presidente da Discovery Kids Brasil.
Com o sucesso da Discovery Kids - que passará a licenciar a partir do início de 2008 seu principal personagem, o cachorrinho Doki, em diferentes produtos - a Fox lançará dentro de quatro meses o Baby TV, canal voltado para crianças de até três anos de idade. "Os telespectadores menores da Discovery vão migrar para o Baby TV", aposta Marcello Braga, diretor de marketing dos canais Fox. "Não temos medo da concorrência", rebate o executivo da Discovery Kids.
A competição com os itens do mundo adulto foi o que levou a Estrela a voltar os olhos para o segmento primeira infância. "As crianças de hoje querem celular, tênis ou calças de marca", comenta Aires Leal Fernandes, diretor de marketing da Estrela. "Elas têm acesso a muitas informações, principalmente, por causa da televisão. Fizemos uma pesquisa que constata que 63% das crianças das classes A/B têm TV no quarto", acrescenta.
A empresa relançou em 2004 a linha Pim Pam Pum, voltada os "menorzinhos". Além disso, dos R$ 5 milhões investidos anualmente em novos produtos, é cada vez maior a fatia do bolo destinada a esse nicho. Até o ano passado essa linha contava com dez modelos de brinquedos. Este ano, dobrou para 20.
De acordo Fernandes, as vendas de produtos Estrela para crianças de até cinco anos deve registrar um aumento de cerca de 30% este ano. O percentual de crescimento deverá ser o mais alto entre os brinquedos da empresa, cujo faturamento foi de aproximadamente de R$ 70 milhões no ano passado.
Velha conhecida nas brincadeiras, a Lego também está atenta à mudança de comportamento dos pimpolhos. Colocou no ano passado nas prateleiras das lojas uma linha dedicada para crianças de um ano e meio até seis anos. Atualmente, esse nicho representa aproximadamente 30% do faturamento, que no ano passado foi de US$ 1,3 bilhão em todo o mundo. A meta para 2007 é que as vendas de brinquedos para esse público aumentem 20%, segundo Robério Esteves, diretor de operações da M.Cassab, distribuidora da Lego no Brasil.
Como a participação das crianças entre seis e dez anos representa mais de 60% da receita, a Lego lançou no ano passado peças equipadas com luzes, som, fricção e dispositivo para abrigar pilhas. Há ainda peças para montagem de um robô. "Nossa idéia é criar um produto que esteja em sintonia com a criança atual, sem que ela deixe de interagir com o brinquedo", explica o executivo. A Lego detém 80% do mercado de brinquedos de montar no mundo.
Fonte: Por Beth Koike, in jornal Valor Econômico
Em exibição desde 1996 na América Latina, o canal de TV paga Discovery Kids já está colhendo frutos por ter focado na criança dessa fase. Em 2003, reposicionou a sua programação para essa faixa etária e registrou um crescimento de 600% na audiência nos últimos quatro anos. "Havia uma carência de programas de TV para esse público. É um segmento muito bem-sucedido. O volume de anúncios no primeiro semestre já é maior do que o ano passado todo", comemora Fernando Medin, presidente da Discovery Kids Brasil.
Com o sucesso da Discovery Kids - que passará a licenciar a partir do início de 2008 seu principal personagem, o cachorrinho Doki, em diferentes produtos - a Fox lançará dentro de quatro meses o Baby TV, canal voltado para crianças de até três anos de idade. "Os telespectadores menores da Discovery vão migrar para o Baby TV", aposta Marcello Braga, diretor de marketing dos canais Fox. "Não temos medo da concorrência", rebate o executivo da Discovery Kids.
A competição com os itens do mundo adulto foi o que levou a Estrela a voltar os olhos para o segmento primeira infância. "As crianças de hoje querem celular, tênis ou calças de marca", comenta Aires Leal Fernandes, diretor de marketing da Estrela. "Elas têm acesso a muitas informações, principalmente, por causa da televisão. Fizemos uma pesquisa que constata que 63% das crianças das classes A/B têm TV no quarto", acrescenta.
A empresa relançou em 2004 a linha Pim Pam Pum, voltada os "menorzinhos". Além disso, dos R$ 5 milhões investidos anualmente em novos produtos, é cada vez maior a fatia do bolo destinada a esse nicho. Até o ano passado essa linha contava com dez modelos de brinquedos. Este ano, dobrou para 20.
De acordo Fernandes, as vendas de produtos Estrela para crianças de até cinco anos deve registrar um aumento de cerca de 30% este ano. O percentual de crescimento deverá ser o mais alto entre os brinquedos da empresa, cujo faturamento foi de aproximadamente de R$ 70 milhões no ano passado.
Velha conhecida nas brincadeiras, a Lego também está atenta à mudança de comportamento dos pimpolhos. Colocou no ano passado nas prateleiras das lojas uma linha dedicada para crianças de um ano e meio até seis anos. Atualmente, esse nicho representa aproximadamente 30% do faturamento, que no ano passado foi de US$ 1,3 bilhão em todo o mundo. A meta para 2007 é que as vendas de brinquedos para esse público aumentem 20%, segundo Robério Esteves, diretor de operações da M.Cassab, distribuidora da Lego no Brasil.
Como a participação das crianças entre seis e dez anos representa mais de 60% da receita, a Lego lançou no ano passado peças equipadas com luzes, som, fricção e dispositivo para abrigar pilhas. Há ainda peças para montagem de um robô. "Nossa idéia é criar um produto que esteja em sintonia com a criança atual, sem que ela deixe de interagir com o brinquedo", explica o executivo. A Lego detém 80% do mercado de brinquedos de montar no mundo.
Fonte: Por Beth Koike, in jornal Valor Econômico
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