Entrei no Twitter!
Pois é. Depois de tanto escutar sobre o crescimento exponencial dessa febre, de como todo mundo está seguindo e sendo seguido, de saber que o Barack Obama está lá e que até o Lula pensa em entrar de maneira formal, pensei comigo mesmo que um profissional de marketing não poderia ficar de fora dessa revolução em 140 caracteres. Eu, que às vezes tenho dificuldade para transmitir o que penso nos 4 mil e poucos toques dessa coluna, me senti desafiado a dominar a comunicação em pouco mais de uma centena deles.
Como profissional da área de comunicação, tenho acompanhado com interesse crescente as mudanças de comportamento no mundo digital e tentado entender como elas têm transformado as ferramentas tradicionais de marketing e como podemos ser cada vez mais eficientes em alcançar o consumidor. Da maneira como ele preferir, onde ele estiver. Por mais que lancemos mão de ferramentas de monitoramento, buscando saber como, onde e por que aparecemos na web, o que os grupos que amam ou odeiam nossas marcas têm dito e feito e como têm interpretado todo o trabalho de construção diária que fazemos, nada é mais efetivo do que viver a experiência você mesmo.
Afinal de contas, o que é o Twitter? Mais uma rede social? Um mundo superficial de manchetes? Voyeurismo puro? Uma rede de fofoqueiros? Uma seita, com seguidores seja lá de quem for? Pareceu-me de tudo um pouco, uma sensação de quermesse, correio elegante com conteúdo. Como sou ainda um iniciante, peço desculpas aos mais aficionados e não quero de modo algum diminuir algo que ainda pouco compreendo.
Em pouco mais de dois dias, já contava com 35 seguidores. É assim que as pessoas que acompanham você se definem. Mas como? Não sou famoso, não convidei ninguém, o nome do usuário não deixa claro quem sou ou o que faço e nos meus ainda parcos “twits” tenho certeza que não consegui definir um perfil de que afinal estou fazendo no Twitter. E ainda sim, 35 pessoas me seguem. Por quê? Para quê?
Não preciso nem dizer que os meus seguidores começaram a entupir minha caixa de e-mails. Cada novo acompanhante vem com uma mensagem do tipo “The Onion is now following you”, ou coisa que o valha, e eu rindo me perguntei por que fui me meter nessa. Eu, que já não tinha quase e-e-mails para ler, fui arrumar uns 50 a mais por semana! Como todas as ferramentas democráticas do mundo digital, junto com as coisas interessantes há um monte de coisas sem sentido e informação que não serve para nada. É necessária sensibilidade para encontrar aquilo que realmente pode agregar algum valor.
O importante é que nessa perseguição que pode parecer sem lógica há uma rede de comunicação poderosa, onde se constroem algumas referências de comportamento, são disseminadas novas modas, maneirismos, linguagens, detectam-se temas que despertam o interesse de mais ou menos gente, perfis de pessoas que são mais ou menos influentes. É como tomar o pulso daquilo que bate com mais força no dia-a-dia das pessoas.
O Twitter é instantâneo como a vida real. Como pode ser abastecido diretamente dos celulares e como foi concebido no estilo “drops”, só permitindo mensagens curtas, ele acelera ainda mais a circulação de informações e opiniões, em um ritmo mais alucinante do que o com que já nos acostumamos no mundo digital. Demanda uma nova linguagem, mais simbólica, mais enxuta, objetiva e, nem por isso, menos carregada de conteúdo. Todas essas características são incorporadas pelos usuários que, como sabemos, crescem em progressão geométrica acelerada, e demandam uma nova maneira de escrever textos, desenvolver rótulos, fazer anúncios, compor músicas, fazer arte — enfim, uma nova maneira de comunicar em todos os níveis.
Vejo um grande desafio em como adaptar o mundo corporativo a essa realidade. Para ficar no básico, não são poucas as empresas em que comunidades sociais e Twitter são proibidos por temas ligados à segurança das redes. A proteção, que é fundamental, acaba por impedir que nossas equipes estejam conectadas às novas demandas durante a maior parte de seus dias. Enquanto estamos nos escritórios, milhões de seguidores alucinados estão ditando os temas quentes que poderão nos ajudar a definir uma melhor estratégia de comunicação, melhorar o desenvolvimento de nossos produtos ou refinar nossas estratégias de preço e distribuição. Por que as pistas estão todas lá, mas é preciso acompanhar sua disseminação e ser mais ágil que os competidores para interpretá-las e transformá-las em diferencial competitivo.
Confesso que tenho a pretensão de tentar compreender e acompanhar o ritmo dessa nova onda. Sei que quando eu acreditar que cheguei lá, nós já estaremos no futuro do Twitter, seja ele qual for.
O desafio, como disse no início, é estimulante! E acredite, pode ser muito divertido. Siga-me!
Fonte: Por Marcel Sacco - Diretor de Marketing Grupo Schincariol, in www.meioemensagem.com.br
Pois é. Depois de tanto escutar sobre o crescimento exponencial dessa febre, de como todo mundo está seguindo e sendo seguido, de saber que o Barack Obama está lá e que até o Lula pensa em entrar de maneira formal, pensei comigo mesmo que um profissional de marketing não poderia ficar de fora dessa revolução em 140 caracteres. Eu, que às vezes tenho dificuldade para transmitir o que penso nos 4 mil e poucos toques dessa coluna, me senti desafiado a dominar a comunicação em pouco mais de uma centena deles.
Como profissional da área de comunicação, tenho acompanhado com interesse crescente as mudanças de comportamento no mundo digital e tentado entender como elas têm transformado as ferramentas tradicionais de marketing e como podemos ser cada vez mais eficientes em alcançar o consumidor. Da maneira como ele preferir, onde ele estiver. Por mais que lancemos mão de ferramentas de monitoramento, buscando saber como, onde e por que aparecemos na web, o que os grupos que amam ou odeiam nossas marcas têm dito e feito e como têm interpretado todo o trabalho de construção diária que fazemos, nada é mais efetivo do que viver a experiência você mesmo.
Afinal de contas, o que é o Twitter? Mais uma rede social? Um mundo superficial de manchetes? Voyeurismo puro? Uma rede de fofoqueiros? Uma seita, com seguidores seja lá de quem for? Pareceu-me de tudo um pouco, uma sensação de quermesse, correio elegante com conteúdo. Como sou ainda um iniciante, peço desculpas aos mais aficionados e não quero de modo algum diminuir algo que ainda pouco compreendo.
Em pouco mais de dois dias, já contava com 35 seguidores. É assim que as pessoas que acompanham você se definem. Mas como? Não sou famoso, não convidei ninguém, o nome do usuário não deixa claro quem sou ou o que faço e nos meus ainda parcos “twits” tenho certeza que não consegui definir um perfil de que afinal estou fazendo no Twitter. E ainda sim, 35 pessoas me seguem. Por quê? Para quê?
Não preciso nem dizer que os meus seguidores começaram a entupir minha caixa de e-mails. Cada novo acompanhante vem com uma mensagem do tipo “The Onion is now following you”, ou coisa que o valha, e eu rindo me perguntei por que fui me meter nessa. Eu, que já não tinha quase e-e-mails para ler, fui arrumar uns 50 a mais por semana! Como todas as ferramentas democráticas do mundo digital, junto com as coisas interessantes há um monte de coisas sem sentido e informação que não serve para nada. É necessária sensibilidade para encontrar aquilo que realmente pode agregar algum valor.
O importante é que nessa perseguição que pode parecer sem lógica há uma rede de comunicação poderosa, onde se constroem algumas referências de comportamento, são disseminadas novas modas, maneirismos, linguagens, detectam-se temas que despertam o interesse de mais ou menos gente, perfis de pessoas que são mais ou menos influentes. É como tomar o pulso daquilo que bate com mais força no dia-a-dia das pessoas.
O Twitter é instantâneo como a vida real. Como pode ser abastecido diretamente dos celulares e como foi concebido no estilo “drops”, só permitindo mensagens curtas, ele acelera ainda mais a circulação de informações e opiniões, em um ritmo mais alucinante do que o com que já nos acostumamos no mundo digital. Demanda uma nova linguagem, mais simbólica, mais enxuta, objetiva e, nem por isso, menos carregada de conteúdo. Todas essas características são incorporadas pelos usuários que, como sabemos, crescem em progressão geométrica acelerada, e demandam uma nova maneira de escrever textos, desenvolver rótulos, fazer anúncios, compor músicas, fazer arte — enfim, uma nova maneira de comunicar em todos os níveis.
Vejo um grande desafio em como adaptar o mundo corporativo a essa realidade. Para ficar no básico, não são poucas as empresas em que comunidades sociais e Twitter são proibidos por temas ligados à segurança das redes. A proteção, que é fundamental, acaba por impedir que nossas equipes estejam conectadas às novas demandas durante a maior parte de seus dias. Enquanto estamos nos escritórios, milhões de seguidores alucinados estão ditando os temas quentes que poderão nos ajudar a definir uma melhor estratégia de comunicação, melhorar o desenvolvimento de nossos produtos ou refinar nossas estratégias de preço e distribuição. Por que as pistas estão todas lá, mas é preciso acompanhar sua disseminação e ser mais ágil que os competidores para interpretá-las e transformá-las em diferencial competitivo.
Confesso que tenho a pretensão de tentar compreender e acompanhar o ritmo dessa nova onda. Sei que quando eu acreditar que cheguei lá, nós já estaremos no futuro do Twitter, seja ele qual for.
O desafio, como disse no início, é estimulante! E acredite, pode ser muito divertido. Siga-me!
Fonte: Por Marcel Sacco - Diretor de Marketing Grupo Schincariol, in www.meioemensagem.com.br
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