A descentralização da comunicação nas empresas modernas foi o assunto abordado por Paulo Nassar, diretor-presidente da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje) durante a palestra Por que esperar que a comunicação venha de cima?, na edição do Conarh 2008.
Nassar começou sua fala transmitindo a mensagem de que os gestores devem estar ligados com os demais setores e muito bem informados. “Os gestores têm de ser pessoas cultas que saibam trabalhar a bandeira da gestão”, ressaltou.
Segundo Nassar, as empresas não podem mais focar suas mensagens internas somente em determinados grupos, como para o público masculino ou para jovens. A comunicação interna deve chegar a todos os funcionários.
Caso contrário, disse ele, uma sucessão de erros surgirá no caminho. E um desses erros será a desmotivação. E tratando desse tema, ele citou na palestra resultados de pesquisa recente feita pelo Instituto Gallup. Diz o estudo que 79% dos trabalhadores brasileiros estão desmotivados com seus empregos. Para ele, esse dado é um reflexo de processos internos de comunicação ineficientes, ou simplesmente, da falta deles.
Segundo Nassar, para que a comunicação interna funcione, é preciso primeiramente, analisar o processo da organização. “O sistema de comunicação engloba as mensagens que serão passadas, assim como os ambientes da empresa.”
Ele enfatizou a importância das organizações enxergarem a comunicação interna como um todo: “Culturalmente, as empresas acreditavam que bastava enviar uma informação aos funcionários para que a mensagem fosse lida, compreendida e assimilada.” Mas hoje já não é tão simples.
Ele completou dizendo que é função da comunicação interna alinhar aos ambientes comportamental, econômico, histórico, político, social e tecnológico. E enfatizou o último item dessa lista. Segundo ele, as redes digitais estão presentes o tempo inteiro. Com a ‘invasão’ digital, as empresas perderam em muito a centralidade das mensagens. “Todas as pessoas passaram a ser criadoras de conteúdos. Não é mais somente a organização que tem opinião. Agora todos se expressam.”
Para ele, a comunicação interna tem atualmente bastante concorrência, com a comunicação de massa e também com a comunicação dos sindicatos. “Poucas empresas perceberam que a concorrência apresenta força muito maior que antigamente.”
Alerta Máximo
Mesmo com cautela, a probabilidade de haver ruídos na comunicação é grande. Por isso, Nassar diz que as mensagens precisam ser codificadas, para ver se foram realmente entendidas e aceitas.
Além disso, ele afirmou que as decisões da comunicação interna precisam estar dentro das políticas da organização. “O sistema de comunicação só será excelente se tiver transcendência.” Isso quer dizer fazer mais do que criar serviços e produtos.
Fonte: O Estado de S. Paulo - SP - Economia & Negócios - 03/09/2008
Nassar começou sua fala transmitindo a mensagem de que os gestores devem estar ligados com os demais setores e muito bem informados. “Os gestores têm de ser pessoas cultas que saibam trabalhar a bandeira da gestão”, ressaltou.
Segundo Nassar, as empresas não podem mais focar suas mensagens internas somente em determinados grupos, como para o público masculino ou para jovens. A comunicação interna deve chegar a todos os funcionários.
Caso contrário, disse ele, uma sucessão de erros surgirá no caminho. E um desses erros será a desmotivação. E tratando desse tema, ele citou na palestra resultados de pesquisa recente feita pelo Instituto Gallup. Diz o estudo que 79% dos trabalhadores brasileiros estão desmotivados com seus empregos. Para ele, esse dado é um reflexo de processos internos de comunicação ineficientes, ou simplesmente, da falta deles.
Segundo Nassar, para que a comunicação interna funcione, é preciso primeiramente, analisar o processo da organização. “O sistema de comunicação engloba as mensagens que serão passadas, assim como os ambientes da empresa.”
Ele enfatizou a importância das organizações enxergarem a comunicação interna como um todo: “Culturalmente, as empresas acreditavam que bastava enviar uma informação aos funcionários para que a mensagem fosse lida, compreendida e assimilada.” Mas hoje já não é tão simples.
Ele completou dizendo que é função da comunicação interna alinhar aos ambientes comportamental, econômico, histórico, político, social e tecnológico. E enfatizou o último item dessa lista. Segundo ele, as redes digitais estão presentes o tempo inteiro. Com a ‘invasão’ digital, as empresas perderam em muito a centralidade das mensagens. “Todas as pessoas passaram a ser criadoras de conteúdos. Não é mais somente a organização que tem opinião. Agora todos se expressam.”
Para ele, a comunicação interna tem atualmente bastante concorrência, com a comunicação de massa e também com a comunicação dos sindicatos. “Poucas empresas perceberam que a concorrência apresenta força muito maior que antigamente.”
Alerta Máximo
Mesmo com cautela, a probabilidade de haver ruídos na comunicação é grande. Por isso, Nassar diz que as mensagens precisam ser codificadas, para ver se foram realmente entendidas e aceitas.
Além disso, ele afirmou que as decisões da comunicação interna precisam estar dentro das políticas da organização. “O sistema de comunicação só será excelente se tiver transcendência.” Isso quer dizer fazer mais do que criar serviços e produtos.
Fonte: O Estado de S. Paulo - SP - Economia & Negócios - 03/09/2008
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