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Fundo soberano da Noruega vende Rio Tinto por dano ambiental

O fundo soberano da Noruega vendeu toda a sua participação de 850 milhões de dólares no grupo de mineração Rio Tinto, acusando a empresa de dano ambiental na Indonésia, informou o governo norueguês nesta terça-feira.

O fundo concentra recursos gerados pelo petróleo e gás da Noruega em ações e bônus estrangeiros. É o maior investidor em ativos da Europa, mantendo em média cerca de 1 por cento das ações listadas no continente.

O Ministério das Finanças excluiu a companhia do fundo de 375 bilhões de dólares, como parte de um movimento por investimentos éticos. O governo vendeu no primeiro semestre de 2008 ações da Rio Tinto que no final de 2007 equivaliam a um total de 4,85 bilhões de coroas (855,5 milhões de dólares).

O fundo investe sob certas diretrizes éticas definidas pelo governo. No passado, o fundo excluiu companhias fabricantes de armas nucleares ou de munições de fragmentação e aquelas consideradas responsáveis por danos ambientais, ou que abusaram de trabalhadores ou violaram direitos humanos.

O fundo soberano da Noruega está sendo avaliado pela comissão interministerial criada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para traçar diretrizes de exploração do petróleo da área pré-sal, uma faixa que se estende do Espírito Santo a Santa Catarina em águas ultra-profundas da costa brasileira.

Com o uso do fundo o país que arrecada muitos recursos com o petróleo pode investir fora do país e evitar um surto inflacionário.

A ministra da Economia da Noruega, Kristin Halvorsen, afirmou que os problemas do fundo com a Rio Tinto, segunda maior produtora de minério de ferro do mundo, envolvem uma joint-venture com a Freeport McMoRan, grupo excluído pelo fundo em 2006, na mina Grasberg, na Indonésia.

"A mina Grasberg despeja quantidades muito grandes de resíduos diretamente no sistema natural fluvial; aproximadamente 230 mil toneladas ou mais por dia", disse a ministra em comunicado, acrescentando que não vê nenhuma mudança sendo tomada sobre o problema.

O porta-voz da Rio Tinto Nick Cobban, afirmou que a empresa tem "um histórico exemplar em questões ambientais e elas recebem a prioridade mais alta em tudo o que fazemos."

"O atual sistema de resíduos é inquestionavelmente o mais apropriado, dado os altos índices de chuva e geologia sismologicamente instável da região", disse Cobban.

"Estamos muito confortáveis de que eles (Freeport) de fato têm padrões muito elevados e as acusações não são corretas", disse o porta-voz.


Fonte: Por John Acher - Reuters, in portalexame.abril.com.br

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