O Volkswagen Gol pode ser o carro mais vendido no Brasil há 20 anos, mas não são todos os brasileiros que lhe dão o título. Os paraibanos, por exemplo, compram mais Mille e Palio --ambos da Fiat-- e Celta e Classic --os dois da Chevrolet.
Isso é reflexo de uma preferência regional. "Há diferenças por poder aquisitivo", analisa Gustavo Schmidt, gerente de vendas da Volkswagen. Na cidade de São Paulo, o Fox é o líder de vendas. E ele custa R$ 3.930 a mais que o Gol.
Nos Estados onde a agropecuária move a economia, a preferência por picapes é clara. Em Mato Grosso, a Chevrolet vende mais S10 (que parte de R$ 68.812 em Cuiabá) que Celta (R$ 25.580). Saem das lojas da Toyota mais Hilux (R$ 71.490) que Corolla (R$ 56.565).
Segundo a Fiat, seus três modelos mais vendidos no Centro-Oeste são o Palio, o Mille e a Strada --exatamente por essa ser uma região com muitas fazendas. Já em Sergipe, com exceção do Ford Fiesta, todos os compactos são mais queridos na versão sedã que na hatch.
E, nas vendas de carros, é possível ver a mesma desigualdade que deteriora tanto a imagem do Brasil mundo afora.
No Ceará, o número de emplacamentos de Ford Fusion é a soma dos da Renault Scénic com os do Chevrolet Astra. O problema é que o sedã custa, em Fortaleza, R$ 82.790, enquanto a minivan parte de R$ 54.470, e o preço inicial do hatch é de R$ 48.145.
Dos 83 Eclipse que a Mitsubishi comercializou neste ano, 30 foram em São Paulo e 2 em Rondônia. É a mesma quantidade de Peugeot 307 SW, de Scénic, de Passat e de New Beetle --os últimos da Volkswagen.
Bairrismo
A Scénic mostra uma outra particularidade do mercado: onde as montadoras têm fábricas, vendem mais --por empatia do público e porque ela emplaca carros para uso próprio.
Assim, no Paraná, onde é produzida, ela continua em pé de igualdade com as outras minivans, algo que não se repete mais no resto do país.
Se o Brasil emplacou mais que o dobro de Citroën Xsara Picasso que de Scénic, no Estado, a diferença se limita a 133. A Chevrolet Zafira fica um carro atrás --os números de emplacamentos usados neste texto foram divulgados pela Fenabrave (federação das revendas).
Francisco Stefaneli, diretor de vendas da General Motors, também aponta que, nos grandes centros urbanos, tem crescido a busca por equipamentos de segurança, como os freios com ABS (antitravamento).
"São Paulo buscava mais itens de conforto e agora também busca os de segurança, mesmo em carros pequenos."
Claro que as fábricas têm ajudado. A Volkswagen criou um pacote para o Polo com airbag, ABS e EBD (distribuição de frenagem). Custa R$ 2.770, ou 46% a menos caso fossem comprados separadamente.
Na Fiat, o kit HSD ("High Safety Drive"), que inclui bolsas infláveis e freios mais eficientes, está disponível para sete modelos. Para a Idea, o valor caiu de R$ 5.055 para R$ 2.930.
Prazos maiores de financiamento ajudam toda sorte de equipamentos, pois o valor acaba diluído. Na linha VW, por exemplo, a busca pelo ar-condicionado passou de 25% em 2006 para 45% neste ano.
Fonte: Folha de S. Paulo
Isso é reflexo de uma preferência regional. "Há diferenças por poder aquisitivo", analisa Gustavo Schmidt, gerente de vendas da Volkswagen. Na cidade de São Paulo, o Fox é o líder de vendas. E ele custa R$ 3.930 a mais que o Gol.
Nos Estados onde a agropecuária move a economia, a preferência por picapes é clara. Em Mato Grosso, a Chevrolet vende mais S10 (que parte de R$ 68.812 em Cuiabá) que Celta (R$ 25.580). Saem das lojas da Toyota mais Hilux (R$ 71.490) que Corolla (R$ 56.565).
Segundo a Fiat, seus três modelos mais vendidos no Centro-Oeste são o Palio, o Mille e a Strada --exatamente por essa ser uma região com muitas fazendas. Já em Sergipe, com exceção do Ford Fiesta, todos os compactos são mais queridos na versão sedã que na hatch.
E, nas vendas de carros, é possível ver a mesma desigualdade que deteriora tanto a imagem do Brasil mundo afora.
No Ceará, o número de emplacamentos de Ford Fusion é a soma dos da Renault Scénic com os do Chevrolet Astra. O problema é que o sedã custa, em Fortaleza, R$ 82.790, enquanto a minivan parte de R$ 54.470, e o preço inicial do hatch é de R$ 48.145.
Dos 83 Eclipse que a Mitsubishi comercializou neste ano, 30 foram em São Paulo e 2 em Rondônia. É a mesma quantidade de Peugeot 307 SW, de Scénic, de Passat e de New Beetle --os últimos da Volkswagen.
Bairrismo
A Scénic mostra uma outra particularidade do mercado: onde as montadoras têm fábricas, vendem mais --por empatia do público e porque ela emplaca carros para uso próprio.
Assim, no Paraná, onde é produzida, ela continua em pé de igualdade com as outras minivans, algo que não se repete mais no resto do país.
Se o Brasil emplacou mais que o dobro de Citroën Xsara Picasso que de Scénic, no Estado, a diferença se limita a 133. A Chevrolet Zafira fica um carro atrás --os números de emplacamentos usados neste texto foram divulgados pela Fenabrave (federação das revendas).
Francisco Stefaneli, diretor de vendas da General Motors, também aponta que, nos grandes centros urbanos, tem crescido a busca por equipamentos de segurança, como os freios com ABS (antitravamento).
"São Paulo buscava mais itens de conforto e agora também busca os de segurança, mesmo em carros pequenos."
Claro que as fábricas têm ajudado. A Volkswagen criou um pacote para o Polo com airbag, ABS e EBD (distribuição de frenagem). Custa R$ 2.770, ou 46% a menos caso fossem comprados separadamente.
Na Fiat, o kit HSD ("High Safety Drive"), que inclui bolsas infláveis e freios mais eficientes, está disponível para sete modelos. Para a Idea, o valor caiu de R$ 5.055 para R$ 2.930.
Prazos maiores de financiamento ajudam toda sorte de equipamentos, pois o valor acaba diluído. Na linha VW, por exemplo, a busca pelo ar-condicionado passou de 25% em 2006 para 45% neste ano.
Fonte: Folha de S. Paulo
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