A gente discute muito. E é crítico ao extremo. Por isso, o tempo todo abre-se o debate “qual é o papel da agência?” ou “qual é o papel do atendimento, da mídia, da criação, do planejamento?”.
Embora o exercício seja de nobre propósito – melhorar ou usar o rinque para alardear diferenciais –, essa inquietação também revela uma fragilidade.
Como as agências estão o tempo todo se “reinventando” ou “inventando moda”, isso pode significar que as estruturas são volúveis, imaturas, frágeis ou ainda “ao gosto do freguês”. Pelo menos aos olhos do observador desavisado ou com segundas intenções.
Agências disso ou daquilo, que trabalham assim ou assado, que desacreditam em tudo e re-acreditam logo depois, também podem sugerir que o negócio está em crise constante de posicionamento, personalidade, vocação.
E como a gente fala muito, tem canais para falar e adora um glamour, tudo é dito, repercute, transcende os caldos restritos do nosso próprio fogão. Daí, todo mundo sabe quem fez isso ou aquilo, quem gosta mais daquilo ou daquilo outro, quem ganhou essa ou aquela, quem deu em cima de quem, e quem levou ou não levou. Uma transparente promiscuidade de informação.
O mercado publicitário das agências definitivamente não é o Itamaraty nem o Vaticano. Aqui, cheirou novidade, vira fato. Apontou para um lado, todo mundo fica sabendo. Não há huis clos.
No entanto, e do lado de lá, do lado do nosso cliente, do marketing? Por que tão pouco se discute? Qual é o papel do marketing? Qual é o nível do marketing, de seus profissionais? Vá lá que tem um pouco de debate, mas é tão recatado, tão sem sal, sem pimenta e recheado de deliciosas mentiras!
Será que rola também, mas a gente está mais preocupado em olhar para a nossa deliciosa fogueira? Ou será que só a gente escancara, expondo nossas vísceras com charme, sem vergonha de ser ridículo, e dando corajosamente a cara pra bater?
Somos bitolados ou masoquistas?
Fonte: Por Fernand Alphen (diretor de planejamento da F/Nazca S&S) in www.portaldapropaganda.com
Embora o exercício seja de nobre propósito – melhorar ou usar o rinque para alardear diferenciais –, essa inquietação também revela uma fragilidade.
Como as agências estão o tempo todo se “reinventando” ou “inventando moda”, isso pode significar que as estruturas são volúveis, imaturas, frágeis ou ainda “ao gosto do freguês”. Pelo menos aos olhos do observador desavisado ou com segundas intenções.
Agências disso ou daquilo, que trabalham assim ou assado, que desacreditam em tudo e re-acreditam logo depois, também podem sugerir que o negócio está em crise constante de posicionamento, personalidade, vocação.
E como a gente fala muito, tem canais para falar e adora um glamour, tudo é dito, repercute, transcende os caldos restritos do nosso próprio fogão. Daí, todo mundo sabe quem fez isso ou aquilo, quem gosta mais daquilo ou daquilo outro, quem ganhou essa ou aquela, quem deu em cima de quem, e quem levou ou não levou. Uma transparente promiscuidade de informação.
O mercado publicitário das agências definitivamente não é o Itamaraty nem o Vaticano. Aqui, cheirou novidade, vira fato. Apontou para um lado, todo mundo fica sabendo. Não há huis clos.
No entanto, e do lado de lá, do lado do nosso cliente, do marketing? Por que tão pouco se discute? Qual é o papel do marketing? Qual é o nível do marketing, de seus profissionais? Vá lá que tem um pouco de debate, mas é tão recatado, tão sem sal, sem pimenta e recheado de deliciosas mentiras!
Será que rola também, mas a gente está mais preocupado em olhar para a nossa deliciosa fogueira? Ou será que só a gente escancara, expondo nossas vísceras com charme, sem vergonha de ser ridículo, e dando corajosamente a cara pra bater?
Somos bitolados ou masoquistas?
Fonte: Por Fernand Alphen (diretor de planejamento da F/Nazca S&S) in www.portaldapropaganda.com
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