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Manual prático para a gestão responsável

A Real Academia de Ciências Econômicas e Financeiras (Racef) editou um livro com recomendações para as companhias, visando à disseminação da idéia de empresa sustentável. "Trata-se de um trabalho científico e objetivo que conquistou o consenso dos grupos nele inseridos, tanto no mundo acadêmico como no político e na sociedade civil", diz Jaime Gil Aluja, presidente da Racef.

A instituição também apresentou o estudo A Responsabilidade Social da Empresa - Proposta para uma Nova Economia da Empresa Responsável e Sustentável, do qual participaram mais de 150 representantes do mundo empresarial e especialistas, incluindo 25 acadêmicos. Dirigido pelo presidente do setor de ciências econômico-contábeis e financeiras da Academia, Aldo Olcese, o estudo contou com um grupo de consultoria (co-presidido pelo presidente do banco Santander, Emilio Botín, e o presidente do Instituto de Empresa Familiar, Juan Roig).

Em suas quase 800 páginas, o livro incorpora um manual prático para implantar a responsabilidade social empresarial (RSE). Partindo do pressuposto de que a RSE abrange toda a organização, o manual de funcionamento da empresa responsável, que abarca 360 páginas, ajuda a incorporar as atividades e funções que cada departamento precisa realizar para ser uma companhia sustentável.

Tais medidas permitiram elaborar 44 recomendações e 120 indicadores para verificação. Entre as primeiras estão cumprir as recomendações da governança corporativa, criar uma comissão de responsabilidade (ligada ao conselho de administração) e um código de conduta, integrar a estratégia de RSE à estratégia de negócios, incluir a RSE no quadro de comando, estabelecer o diálogo com os públicos de interesse (os stakeholders), criar a figura do defensor dos stakeholders (gestor ético), publicar informes sobre sustentabilidade, além de uma lista de provedores, parceiros estratégicos e subcontratados.

O livro aborda a mensuração e valorização da RSE com uma análise sobre a correlação entre a responsabilidade social, o benefício empresarial e o valor das companhias, com a finalidade de chegar a conclusões empíricas sobre seu impacto nas contas da empresa. Neste sentido, propõe a criação, por parte da sociedade civil, de observatórios de análises encarregados desta mensuração.

Também defende a criação de um Conselho Nacional Assessor em RSE, por meio de um Pacto de Estado. "Porque é uma questão sobre a qual devem estar de acordo os partidos políticos e os representantes dos grupos de interesse", conclui Olcese.


Fonte: Por Expansión, in Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 6

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