A Organização Internacional do Trabalho (OIT) divulgou em informe que "a aplicação eficaz de políticas e práticas sobre o HIV/AIDS permitiu uma importante melhoria das atitudes para com os portadores do vírus HIV no ambiente de tabalho, bem como uma maior aceitação do preservativo e outras medidas preventivas".
O informe, denominado "Salvar vidas, proteger empregos", elaborado pelo Programa Internacional de Educação sobre HIV/AIDS no ambiente de trabalho, foi apresentado ao Departamento do Trabalho dos Estados Unidos, parceiro estratégico da OIT no programa SHARE (Respostas estratégicas das Empresas ao HIV/AIDS). O documento resume as atividades do programa que atualmente são realizadas em mais de 650 empresas de 24 países, e que beneficiam cerca de um milhão de trabalhadores.
O estudo registra a mudança de atitudes em relação ao HIV/AIDS e apresenta uma série de boas práticas e dados colhidos em empresas, ministérios do Trabalho, organizações de empregadores e sindicatos que colaboram com a OIT. "O programa SHARE ajuda a proteger os membros da OIT do HIV/AIDS, um problema que desafia a implementação da pauta de trabalho decente", assinalou a doutora Sophia Kisting, diretora do Programa Internacional de Educação sobre HIV/AIDS no lugar de trabalho. "Alguns países oferecem exemplos relevantes de como enfrentar o HIV/AIDS na utilização do lugar de trabalho para a prevenção, cuidado e apoio, e parta combater o estigma e a discriminação".
Nos últimos quatro anos, a OIT coligiu informações de gerentes e trabalhadores em empresas associadas em seis países-pilotos, com o objetivo de medir os efeitos de políticas contra a discriminação e atividades relacionadas ao HIV/AIDS. Em Belize, Benin, Camboja, Gana, Guiana e Togo, os trabalhadores demonstraram uma importante melhoria em suas atitudes em relação às pessoas que vivem com HIV/AIDS.
Em Gana, a porcentagem de trabalhadores que manifestaram uma atitude positiva em relação aos colegas com HIV aumentou de 33% para 63%. Nos seis países investigados, a proporção de trabalhadores que expressaram uma atitude positiva para com colegas que vivem com HIV aumentou de 49% para 63% durante o período de vigência do programa.
As atitudes em relação ao uso do preservativo também melhoraram notavelmente na maioria dos países. No Camboja, a proporção dos trabalhadores que expressaram uma atitude positiva em relação ao uso do preservativo aumentou de 34 para 68%. Nos seis países, a porcentagem de trabalhadores que disseram utilizar preservativos com os parceiros não estáveis aumentou de 74 para 84%.
As mudanças registradas no comportamento podem ser atribuídas, em parte, a um maior acesso a serviços HIV nas empresas dos seis países. Quando, em 2003, começou o programa SHARE somente 14% das empresas associadas haviam estabelecido políticas sobre o HIV. Quando foram realizados os estudos finais, a cifra havia subido até 76%. O informe mostra que as organizações de empregadores e os sindicatos estão utilizando cada vez mais o Repertório de Recomendações Práticas sobre o HIV/AIDS da OIT para desenvolver políticas e práticas nos lugares de trabalho.
Segundo a OIT, o sucesso da elaboração de políticas sobre o HIV/AIDS tem como base fundamental a colaboração entre trabalhadores e empresários. O informe destaca uma série de políticas sobre o HIV/AIDS no plano empresarial e nacional, incluindo casos em que as políticas fazem parte de acordos de negociação coletiva. Em geral, 16 dos 24 países nos quais a SHARE está implementando projetos adotaram uma política nacional tripartite ou uma declaração sobre o HIV e o mundo do trabalho. Considerando que a maioria dos 33,2 milhões de pessoas que vivem com HIV/AIDS no mundo trabalham ou se encontram na época mais produtiva de sua vida, o lugar de trabalho representa um âmbito único na hora de abordar esta problemática.
O lançamento do informe será seguido por uma campanha para ressaltar os padrões de mudança do HIV/AIDS no mundo do trabalho. O estudo será apresentado à comunidade internacional durante o Congresso Internacional sobre a AIDS, que se realizará de 3 a 8 de agosto no México.
Fonte: Por Expansión, in Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 9
O informe, denominado "Salvar vidas, proteger empregos", elaborado pelo Programa Internacional de Educação sobre HIV/AIDS no ambiente de trabalho, foi apresentado ao Departamento do Trabalho dos Estados Unidos, parceiro estratégico da OIT no programa SHARE (Respostas estratégicas das Empresas ao HIV/AIDS). O documento resume as atividades do programa que atualmente são realizadas em mais de 650 empresas de 24 países, e que beneficiam cerca de um milhão de trabalhadores.
O estudo registra a mudança de atitudes em relação ao HIV/AIDS e apresenta uma série de boas práticas e dados colhidos em empresas, ministérios do Trabalho, organizações de empregadores e sindicatos que colaboram com a OIT. "O programa SHARE ajuda a proteger os membros da OIT do HIV/AIDS, um problema que desafia a implementação da pauta de trabalho decente", assinalou a doutora Sophia Kisting, diretora do Programa Internacional de Educação sobre HIV/AIDS no lugar de trabalho. "Alguns países oferecem exemplos relevantes de como enfrentar o HIV/AIDS na utilização do lugar de trabalho para a prevenção, cuidado e apoio, e parta combater o estigma e a discriminação".
Nos últimos quatro anos, a OIT coligiu informações de gerentes e trabalhadores em empresas associadas em seis países-pilotos, com o objetivo de medir os efeitos de políticas contra a discriminação e atividades relacionadas ao HIV/AIDS. Em Belize, Benin, Camboja, Gana, Guiana e Togo, os trabalhadores demonstraram uma importante melhoria em suas atitudes em relação às pessoas que vivem com HIV/AIDS.
Em Gana, a porcentagem de trabalhadores que manifestaram uma atitude positiva em relação aos colegas com HIV aumentou de 33% para 63%. Nos seis países investigados, a proporção de trabalhadores que expressaram uma atitude positiva para com colegas que vivem com HIV aumentou de 49% para 63% durante o período de vigência do programa.
As atitudes em relação ao uso do preservativo também melhoraram notavelmente na maioria dos países. No Camboja, a proporção dos trabalhadores que expressaram uma atitude positiva em relação ao uso do preservativo aumentou de 34 para 68%. Nos seis países, a porcentagem de trabalhadores que disseram utilizar preservativos com os parceiros não estáveis aumentou de 74 para 84%.
As mudanças registradas no comportamento podem ser atribuídas, em parte, a um maior acesso a serviços HIV nas empresas dos seis países. Quando, em 2003, começou o programa SHARE somente 14% das empresas associadas haviam estabelecido políticas sobre o HIV. Quando foram realizados os estudos finais, a cifra havia subido até 76%. O informe mostra que as organizações de empregadores e os sindicatos estão utilizando cada vez mais o Repertório de Recomendações Práticas sobre o HIV/AIDS da OIT para desenvolver políticas e práticas nos lugares de trabalho.
Segundo a OIT, o sucesso da elaboração de políticas sobre o HIV/AIDS tem como base fundamental a colaboração entre trabalhadores e empresários. O informe destaca uma série de políticas sobre o HIV/AIDS no plano empresarial e nacional, incluindo casos em que as políticas fazem parte de acordos de negociação coletiva. Em geral, 16 dos 24 países nos quais a SHARE está implementando projetos adotaram uma política nacional tripartite ou uma declaração sobre o HIV e o mundo do trabalho. Considerando que a maioria dos 33,2 milhões de pessoas que vivem com HIV/AIDS no mundo trabalham ou se encontram na época mais produtiva de sua vida, o lugar de trabalho representa um âmbito único na hora de abordar esta problemática.
O lançamento do informe será seguido por uma campanha para ressaltar os padrões de mudança do HIV/AIDS no mundo do trabalho. O estudo será apresentado à comunidade internacional durante o Congresso Internacional sobre a AIDS, que se realizará de 3 a 8 de agosto no México.
Fonte: Por Expansión, in Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 9
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