Notícias recentes animaram os que esperavam por renovação nas telecomunicações e avanço nos apararelhos receptores. Novas formas de produção e transmissão de conteúdos preenchem alguns dos debates. Entre as manchetes da mídia, os 10,7 milhões de unidades de computadores que os fabricantes colocaram no mercado brasileiro em 2007, tornando o país o quinto maior do mundo em número de PCs produzidos (EUA, China, Japão, Reino Unido e Brasil, respectivamente).
No início desse ano, pela primeira vez, mais da metade da população brasileira - acima dos 10 anos de idade – tinha acessado a rede mundial nos últimos três meses. Mesmo que o principal ponto de acesso sejam os centros públicos pagos, isso mostra que avança a parcela da população familiarizada com a Web.
Outro assunto, de grande repercussão, foi o início da TV digital no Brasil. Ela pode não ser uma grande revolução para, mas ajudará a estabelecer novos padrões de alta definição (1080 linhas contra as 480 linhas dos aparelhos analógicos). Da mesma forma, muda a qualidade e o formato de tela, tornando mais largo o campo de visão (na proporção 16:9 contra as 4:3 das convencionais) e abre caminho para a futura interatividade.
Na telefonia celular cresce a cada ano o número de usuários e a área de cobertura das operadoras. Aumenta a venda de aparelhos smartphones e os softwares que os tornam mais amigáveis. A banda larga também vem se expandindo, tanto na rede de dados EDGE das operadoras com a tecnologia GSM, como a EV-DO das redes CDMA. Mas, o grande salto tecnológico chega a partir de agora com a terceira geração de celulares das redes 3G. Além de verdadeiro alargamento de banda e velocidade de transmissão, a tecnologia terá um componente social já que os ganhadores das licenças terão que atender áreas pouco rentáveis (hoje a telefonia móvel chega a 90% da população, mas está fora de 2,2 mil municípios brasileiros considerados de baixa atividade econômica).
Com mais celulares acessando a internet em alta velocidade devem baixar os preços dos serviços de banda larga no país. Outro fato interessante é que se torna viável taxas de transmissão acima de 1 Mbps, colocando as empresas de telefonia celular em igualdade de condições com as redes fixas. Do lado das operadoras de TV a cabo e MMDS elas cada vez mais concorrem com as teles na transmissão de dados e vozes. Os seis milhões de assinantes de TV paga (número previsto para o final desse ano) se beneficiarão cada vez mais do embate das teles com as operadoras pelos serviços de voz e dados.
Concorrência é sempre bem vinda para o consumidor e o Atlas Brasileiro de Comunicação já lista 34 empresas competindo no mercado paulistano de telefonia fixa, incluindo as que oferecem VoIP com número local.
Outra boa notícia é que vários condomínios e operadoras começam a implantar o FFTx (fiber-to-the-x) onde o “x” seria o destino final da fibra ótica. Essas redes, de banda praticamente ilimitada são denominadas de “a prova de futuro”, pois estariam preparadas para serviços que ainda nem existem. Essas redes permitem o provimento de imagens de alta definição e sem os inoportunos delays das transmissões convencionais. A expectativa é de que ainda esse ano outros serviços avançados como IPTV e MetroEthernet venham incrementar as aplicações corporativas. A primeira permitindo transmissão de imagens por redes IP e a segunda com as redes metropolitanas avançadas de alto desempenho que chegam a 100 Mbps ou mais.
Em relação ao preço do poder de processamento ele vem caindo pela metade a cada 18 meses. Os custos de conectividade e de armazenamento estão tendo reduções ainda maiores.
Junto a essas novidades tecnológicas aumenta a percepção de que é preciso agregar diferentes abordagens e meios interativos nas ações de Comunicação. É preciso utilizar as novas ferramentas e integrar ações em campanhas interativas.
Na era dos funcionários blogers, que demonstram grande adesão às redes virtuais de relacionamento e abertura para novas idéias, compartilhar conhecimento ficou mais fácil e barato. A possibilidade de melhor compartilhamento das informações e de construção coletiva do conhecimento podem fazer da internet um mecanismo de inovação empresarial.
A Comunicação Organizacional pode se apropriar dessa nova convergência investindo em serviços e conteúdos diferentes das mídias padrão. Porém, é preciso fugir dos modismos e não encarar as novas tecnologias como o Nirvana corporativo. Juntar tecnologia, criativiadade e parcimônia, evitando os excessos das “pestes virais”, dos spans disfarçados que circulam por ai.
Não basta receber mensagens publicitárias em locais e formatos diferentes. Nem meramente ter uma profusão de telas de Plamas e LCDs exibindo previsão do tempo e filmes comerciais de TV. A inovação não pode ser apenas tecnológica, tem que ser de conteúdo. Só assim a Comunicação irá se aproveitar das novas perspectivas para informar, treinar e integrar pessoas.
Fonte: Por Marcos Rogatto, in www.aberje.com.br
No início desse ano, pela primeira vez, mais da metade da população brasileira - acima dos 10 anos de idade – tinha acessado a rede mundial nos últimos três meses. Mesmo que o principal ponto de acesso sejam os centros públicos pagos, isso mostra que avança a parcela da população familiarizada com a Web.
Outro assunto, de grande repercussão, foi o início da TV digital no Brasil. Ela pode não ser uma grande revolução para, mas ajudará a estabelecer novos padrões de alta definição (1080 linhas contra as 480 linhas dos aparelhos analógicos). Da mesma forma, muda a qualidade e o formato de tela, tornando mais largo o campo de visão (na proporção 16:9 contra as 4:3 das convencionais) e abre caminho para a futura interatividade.
Na telefonia celular cresce a cada ano o número de usuários e a área de cobertura das operadoras. Aumenta a venda de aparelhos smartphones e os softwares que os tornam mais amigáveis. A banda larga também vem se expandindo, tanto na rede de dados EDGE das operadoras com a tecnologia GSM, como a EV-DO das redes CDMA. Mas, o grande salto tecnológico chega a partir de agora com a terceira geração de celulares das redes 3G. Além de verdadeiro alargamento de banda e velocidade de transmissão, a tecnologia terá um componente social já que os ganhadores das licenças terão que atender áreas pouco rentáveis (hoje a telefonia móvel chega a 90% da população, mas está fora de 2,2 mil municípios brasileiros considerados de baixa atividade econômica).
Com mais celulares acessando a internet em alta velocidade devem baixar os preços dos serviços de banda larga no país. Outro fato interessante é que se torna viável taxas de transmissão acima de 1 Mbps, colocando as empresas de telefonia celular em igualdade de condições com as redes fixas. Do lado das operadoras de TV a cabo e MMDS elas cada vez mais concorrem com as teles na transmissão de dados e vozes. Os seis milhões de assinantes de TV paga (número previsto para o final desse ano) se beneficiarão cada vez mais do embate das teles com as operadoras pelos serviços de voz e dados.
Concorrência é sempre bem vinda para o consumidor e o Atlas Brasileiro de Comunicação já lista 34 empresas competindo no mercado paulistano de telefonia fixa, incluindo as que oferecem VoIP com número local.
Outra boa notícia é que vários condomínios e operadoras começam a implantar o FFTx (fiber-to-the-x) onde o “x” seria o destino final da fibra ótica. Essas redes, de banda praticamente ilimitada são denominadas de “a prova de futuro”, pois estariam preparadas para serviços que ainda nem existem. Essas redes permitem o provimento de imagens de alta definição e sem os inoportunos delays das transmissões convencionais. A expectativa é de que ainda esse ano outros serviços avançados como IPTV e MetroEthernet venham incrementar as aplicações corporativas. A primeira permitindo transmissão de imagens por redes IP e a segunda com as redes metropolitanas avançadas de alto desempenho que chegam a 100 Mbps ou mais.
Em relação ao preço do poder de processamento ele vem caindo pela metade a cada 18 meses. Os custos de conectividade e de armazenamento estão tendo reduções ainda maiores.
Junto a essas novidades tecnológicas aumenta a percepção de que é preciso agregar diferentes abordagens e meios interativos nas ações de Comunicação. É preciso utilizar as novas ferramentas e integrar ações em campanhas interativas.
Na era dos funcionários blogers, que demonstram grande adesão às redes virtuais de relacionamento e abertura para novas idéias, compartilhar conhecimento ficou mais fácil e barato. A possibilidade de melhor compartilhamento das informações e de construção coletiva do conhecimento podem fazer da internet um mecanismo de inovação empresarial.
A Comunicação Organizacional pode se apropriar dessa nova convergência investindo em serviços e conteúdos diferentes das mídias padrão. Porém, é preciso fugir dos modismos e não encarar as novas tecnologias como o Nirvana corporativo. Juntar tecnologia, criativiadade e parcimônia, evitando os excessos das “pestes virais”, dos spans disfarçados que circulam por ai.
Não basta receber mensagens publicitárias em locais e formatos diferentes. Nem meramente ter uma profusão de telas de Plamas e LCDs exibindo previsão do tempo e filmes comerciais de TV. A inovação não pode ser apenas tecnológica, tem que ser de conteúdo. Só assim a Comunicação irá se aproveitar das novas perspectivas para informar, treinar e integrar pessoas.
Fonte: Por Marcos Rogatto, in www.aberje.com.br
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