Se você não sabe como resistir às gôndolas dos supermercados e à publicidade, saiba pelo menos a influência dos apelos aos órgãos dos sentidos na hora da decisão de compra. Você sabia que tem gente que se dedica a estudar o comportamento humano e sua relação emocional com produtos de consumo? E geralmente esses estudos produzem resultados bem sucedidos para as marcas.
Dizem os estudiosos que o olfato é o sentido mais poderoso para influenciar na hora da compra. O marketing olfativo (chegamos nesse ponto de sofisticação) já tem profissionais especializados em produzir odores artificiais que mais agradam ao consumidor e podem levá-lo a decidir por este ou aquele produto. Por exemplo, cheiro de carro novo. Quem não curte isso? Pode-se colocar cheiro de carro novo e bancos de couro em carros meia-boca e com bancos de plástico.Se a compra depender disso, o empurrãozinho já está dado por um odor criado só para satisfazer olfatos mais exigentes.
Alguns supermercados nos EUA usam odores de frutas maduras em frutas que ainda estão meio verdes. Lojas conhecidas dos brasileiros, atraem seus consumidores com odores aconchegantes especialmente criados para as grifes mais famosas. Dão a sensação de luxo, exclusividade e proteção. Você entra na loja e, pronto, seu mundo particular foi criado só para te receber.
Isso acontece porque, segundo Arélie Duclos, uma pesquisadora em marketing olfativo, numa entrevista para o Le Monde Diplomatique Brasil, “os cheiros ficam gravados no cérebro humano de um jeito extremamente durável. Eles são estocados no nível do sistema límbico sob a forma de emoção ligada ao contexto no qual marcaram o sujeito. Se a pessoa sente outra vez o mesmo cheiro, ela volta a mergulhar da experiência (positiva ou negativa) vivida antes”.
Recentemente coloquei na minha sala um odorizador muito suave com cheirinho de chá de erva cidreira. Não precisou muito tempo para que todos os que entravam na minha sala lembrassem a infância na fazenda da avó, ou as férias que passaram no campo, ou ainda uma sensação de paz e tranqüilidade que a gente só experimenta quando está no colo da mãe. Eu queria exatamente isso: sensação de proteção. Deu certo. No meu caso, a intenção era clara e positiva. Mas há centros de estudos da reação do consumidor a sensações que apelam para os sentidos cujo objetivo principal é fazer compra mais e de forma impulsiva. Existe um nos EUA que constatou que as sensações são positivas quando as pupilas se dilatam e as pálpebras piscam com mais intensidade por segundo.
A memória sensorial é a principal arma dos publicitários. O som também pode registrar momentos agradáveis na sua emoção e a sua reprodução pode impulsioná-lo em uma ou outra direção na hora da compra. Quem afirma é um especialista em marketing, Thierry Lageat, da empresa Brime Technologies, de marketing sensorial. Eles criam, por exemplo, sons sintetizados para novos produtos que lembram momentos agradáveis que criam imagens agradáveis. E ele dá um exemplo: “o som de um clique simboliza segurança. Ele pode acompanhar uma embalagem de gel hidratante ou uma porta de carro sendo fechadas”. A mesma coisa acontece com os sons agradáveis de algo muito crocante sendo mastigado. Lembra batatinha frita, coisa gostosa se criança. É só ouvir, e a boca enche de água.
O tato também é cuidado com atenção. Os telefones celulares, por exemplo, devem permitir uma boa sensação ao tato. Você decide se vai compra uma blusa, por exemplo, também pelo tato.
Já havíamos escrito sobre isso no passado, mas textos e mais textos continuam saindo sobre a força e o poder dos sentidos na hora da compra. Achei que um texto a mais não faria mal. Ao contrário, poderia ajudar você a resistir conscientemente aos apelos inconscientes dos seus sentidos.
No texto seguinte – Marcas: império dos sentidos 2 – reproduzo trechos de Martin Lindstrom, um estudioso do que chamou de BrandSense, onde ele dá exemplos de marcas famosas que permanecem inesquecíveis porque souberam usar positivamente apelos aos sentidos humanos.
Fonte: Por Yara Peres - sócia e vice-presidente do Grupo CDN, in www.blogdayara.com.br
Dizem os estudiosos que o olfato é o sentido mais poderoso para influenciar na hora da compra. O marketing olfativo (chegamos nesse ponto de sofisticação) já tem profissionais especializados em produzir odores artificiais que mais agradam ao consumidor e podem levá-lo a decidir por este ou aquele produto. Por exemplo, cheiro de carro novo. Quem não curte isso? Pode-se colocar cheiro de carro novo e bancos de couro em carros meia-boca e com bancos de plástico.Se a compra depender disso, o empurrãozinho já está dado por um odor criado só para satisfazer olfatos mais exigentes.
Alguns supermercados nos EUA usam odores de frutas maduras em frutas que ainda estão meio verdes. Lojas conhecidas dos brasileiros, atraem seus consumidores com odores aconchegantes especialmente criados para as grifes mais famosas. Dão a sensação de luxo, exclusividade e proteção. Você entra na loja e, pronto, seu mundo particular foi criado só para te receber.
Isso acontece porque, segundo Arélie Duclos, uma pesquisadora em marketing olfativo, numa entrevista para o Le Monde Diplomatique Brasil, “os cheiros ficam gravados no cérebro humano de um jeito extremamente durável. Eles são estocados no nível do sistema límbico sob a forma de emoção ligada ao contexto no qual marcaram o sujeito. Se a pessoa sente outra vez o mesmo cheiro, ela volta a mergulhar da experiência (positiva ou negativa) vivida antes”.
Recentemente coloquei na minha sala um odorizador muito suave com cheirinho de chá de erva cidreira. Não precisou muito tempo para que todos os que entravam na minha sala lembrassem a infância na fazenda da avó, ou as férias que passaram no campo, ou ainda uma sensação de paz e tranqüilidade que a gente só experimenta quando está no colo da mãe. Eu queria exatamente isso: sensação de proteção. Deu certo. No meu caso, a intenção era clara e positiva. Mas há centros de estudos da reação do consumidor a sensações que apelam para os sentidos cujo objetivo principal é fazer compra mais e de forma impulsiva. Existe um nos EUA que constatou que as sensações são positivas quando as pupilas se dilatam e as pálpebras piscam com mais intensidade por segundo.
A memória sensorial é a principal arma dos publicitários. O som também pode registrar momentos agradáveis na sua emoção e a sua reprodução pode impulsioná-lo em uma ou outra direção na hora da compra. Quem afirma é um especialista em marketing, Thierry Lageat, da empresa Brime Technologies, de marketing sensorial. Eles criam, por exemplo, sons sintetizados para novos produtos que lembram momentos agradáveis que criam imagens agradáveis. E ele dá um exemplo: “o som de um clique simboliza segurança. Ele pode acompanhar uma embalagem de gel hidratante ou uma porta de carro sendo fechadas”. A mesma coisa acontece com os sons agradáveis de algo muito crocante sendo mastigado. Lembra batatinha frita, coisa gostosa se criança. É só ouvir, e a boca enche de água.
O tato também é cuidado com atenção. Os telefones celulares, por exemplo, devem permitir uma boa sensação ao tato. Você decide se vai compra uma blusa, por exemplo, também pelo tato.
Já havíamos escrito sobre isso no passado, mas textos e mais textos continuam saindo sobre a força e o poder dos sentidos na hora da compra. Achei que um texto a mais não faria mal. Ao contrário, poderia ajudar você a resistir conscientemente aos apelos inconscientes dos seus sentidos.
No texto seguinte – Marcas: império dos sentidos 2 – reproduzo trechos de Martin Lindstrom, um estudioso do que chamou de BrandSense, onde ele dá exemplos de marcas famosas que permanecem inesquecíveis porque souberam usar positivamente apelos aos sentidos humanos.
Fonte: Por Yara Peres - sócia e vice-presidente do Grupo CDN, in www.blogdayara.com.br
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