Pular para o conteúdo principal

Wall Street Journal divulga lista dos 20 maiores gurus de gestão da atualidade

O consultor Gary Hamel é, atualmente, o pensador mais respeitado pelos homens e mulheres de negócios da atualidade. Hamel lidera a lista dos 20 gurus mais influentes de hoje, publicada pelo jornal Wall Street Journal, bem à frente de medalhões do mundo corporativo, como o mitológico Jack Welch, ex-presidente da General Electric. Welch ocupa um distante 18º lugar na relação. Hamel consolidou-se como superguru da administração ao publicar, em 1994, o livro “Competindo pelo futuro”, em parceria com C.K.Prahalad, professor da Universidade de Michigan.

Para seus admiradores, o mérito de Hamel é usar o bom senso para analisar os métodos de administração. Uma das idéias defendidas por ele é a de que, no longo prazo, o sucesso das empresas depende muito mais do modo como são administradas, que de sua estratégia ou de seus produtos. Como todo guru, Hamel não é imune a grandes escorregões. Em 2000, o autor publicou “Leading the Revolution” (sem edição em português). Na obra, Hamel apresentava a Enron como um dos grandes exemplos de companhias inovadoras e líderes em seus mercado. Como se sabe, a empresa foi abatida por um escândalo contábil. O caso da Enron foi suprimido das edições posteriores do livro.


Grandes idéias
Os cinco maiores gurus dos negócios, segundo o Wall Street Journal:

Primeiro: Gary Hamel – consultor
Último livro: O futuro da administração
Frase: “A administração está ultrapassada... é uma tecnologia que parou grandemente de evoluir, e isto não é bom”.

Segundo: Thomas L. Friedman – colunista do New York Times
Último livro: Hot, flat and crowded (previsto para ser publicado em agosto)
Frase: “Quando o mundo é plano, você pode inovar sem ter de imigrar.”

Terceiro: Bill Gates – fundador da Microsoft
Último livro: Business @ the speed of tought
Frase: “O modo como você coleta, gerencia e usa a informação determinará se você vai vencer ou perder.”

Quarto: Malcolm Gladwell - escritor
Último livro: Blink: a decisão num piscar de olhos
Frase: “Há várias situações... nas quais a pressa não atrapalha, quando nossos estalos e primeiras impressões oferecem maneiras muito melhores de compreender o mundo”.

Quinto: Howard Gardner – professor de Harvard
Último livro: Responsability at work (participou como editor da obra)
Frase: “A competência cognitiva humana é melhor descrita como um conjunto de habilidades, talentos e capacidades que chamo de inteligências”.


De acordo com o WSJ, embora seja o líder, Hamel pode ser considerado o único superguru típico do ranking. Os demais citados representam uma grande variedade de áreas do conhecimento humano, abrangendo de jornalistas a psicólogos. Para o jornal americano, isso mostra que os executivos estão procurando, cada vez mais, variar suas fontes de informação, a fim de compreender as profundas transformações que o mundo e as relações humanas atravessam.

O segundo colocado no ranking ilustra bem essa mudança. Trata-se de Thomas Friedman, colunista do jornal New York Times e autor do best-seller “O mundo é plano”. O livro já vendeu mais de dois milhões de cópias em todo o mundo. Para Friedman, seu mérito é “oferecer às pessoas um modo bastante simples de explicar um conjunto complexo de mudanças que está, de fato, alterando o ambiente onde elas vivem, trabalham e atuam”.


Os 20 maiores gurus de hoje
Os mais influentes pensadores do mundo dos negócios, de acordo com o ranking do Wall Street Journal;

1. Gary Hamel - Consultor
2. Thomas L. Friedman - Colunista do New York Times
3. Bill Gates - Fundador da Microsoft
4. Malcolm Gladwell - Escritor; autor, entre outros, de Blink
5. Howard Gardner - Professor de Harvard
6. Philip Kotler - Professor de Northwestern
7. Robert B. Reich - Ex-secretário do Trabalho
8. Daniel Goleman - Psicólogo
9. Henry Mintzberg - Professor da McGill
10. Stephen R. Covey - Autor do livro Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes
11. Jeffrey Pfeffer - Professor de Stanford
12. Peter M. Senge - Autor de Quinta Disciplina: a dança das mudanças
13. Richard Branson - Fundador da Virgin
14. Michael E. Porter - Professor de Harvard
15. Michael Dell - Fundador da Dell
16. Geert Hosftede - Professor de Harvard e autor de Culture's Consequences
17. Clayton Christensen - Professor de Harvard
18. Jack Welch - Ex-presidente da GE
18. Tom Peters - Autor de In search of excellence
19. Myron Scholes - Prêmio Nobel
20. Ikujiro Nonaka - Professor de Hitotsubashi


Compromisso com o trabalho
Howard Gardner, psicólogo e professor de Harvard, é outro exemplo de que o antigo modelo de guru – aquele do superexecutivo que fez uma carreira brilhante e, depois de aposentado, passou a ensinar o caminho – está perdendo espaço. Criador da teoria das múltiplas inteligências, Gardner era desconhecido pelos homens de negócio até 1996. Nesse ano, participou pela primeira vez do Fórum Econômico Mundial. Anos depois, foi convidado por um editor da Harvard Business Press a escrever um livro dirigido a esse público. Em 2004, era publicado “Changing Minds”, lançado no Brasil pela Artmed com o título de “Mentes que Mudam”.

De acordo com o WSJ, a popularidade de Gardner no mundo corporativo reflete o desejo das empresas de entender como é possível tornar os funcionários, parceiros e gestores mais engajados em suas atividades. Nos últimos anos, Gardner se preocupa, cada vez mais, com os fatores que contribuem para a criação de um ambiente de trabalho ético e responsável.

Demanda aquecida
Hamel, o guru mais respeitado, é também um dos mais bem pagos. Segundo ele próprio, seu cachê varia de 50.000 a 100.000 dólares, de acordo com o evento e o público. O valor reflete o aquecimento da demanda por palestras com grandes pensadores do mundo dos negócios. A maioria dos supergurus só sai de casa por um cachê entre 50.000 e 75.000 dólares. Um palestrante muito requisitado e autor de um best-seller pode, facilmente, faturar 1 milhão de dólares em um ano, entre cachês e royalties.

O ranking do WSJ foi elaborado por Thomas Davenport, professor de administração da Babson College. Davenport já havia elaborado uma lista semelhante em 2003. para chegar aos 20 maiores gurus do país, ele relacionou o número de citações de cada candidato no Google, a quantidade de menções na imprensa e o volume de citações em obras acadêmicas.


Fonte: portalexame.abril.com.br

Comentários

Anônimo disse…
Olá é a 3ª vez que encontrei a tua página e adorei tanto!Bom Projecto!
Adeus
Anônimo disse…
Olá a todos! Eu não sei por onde começar, mas espero que este gecorp.blogspot.com será útil para mim.

Postagens mais visitadas deste blog

H2OH! - um produto desacreditado que virou sucesso

O executivo carioca Carlos Ricardo, diretor de marketing da divisão Elma Chips da Pepsico, a gigante americana do setor de alimentos e bebidas, é hoje visto como uma estrela em ascensão no mundo do marketing. Ele é o principal responsável pela criação e pelo lançamento de um produto que movimentou, de forma surpreendente, o mercado de bebidas em 11 países. A princípio, pouca gente fora da Pepsi e da Ambev, empresas responsáveis por sua produção, colocava fé na H2OH!, bebida que fica a meio caminho entre a água com sabor e o refrigerante diet. Mas em apenas um ano a H2OH! conquistou 25% do mercado brasileiro de bebidas sem açúcar, deixando para trás marcas tradicionais, como Coca-Cola Light e Guaraná Antarctica Diet. Além dos números de vendas, a H2OH! praticamente deu origem a uma nova categoria de produto, na qual tem concorrentes como a Aquarius Fresh, da Coca-Cola, e que já é maior do que segmentos consagrados, como os de leites com sabores, bebidas à base de soja, chás gelados e su

Doze passos para deixar de ser o “bode expiatório” na sua empresa

Você já viu alguma vez um colega de trabalho ser culpado, exposto ou demitido por erros que não foi ele que cometeu, e sim seu chefe ou outro colega? Quais foram os efeitos neste indivíduo e nos seus colegas? Como isso foi absorvido por eles? No meu trabalho como coach, tenho encontrado mais e mais casos de “bodes expiatórios corporativos”, que a Scapegoat Society, uma ONG britânica cujo objetivo é aumentar a consciência sobre esta questão no ambiente de trabalho, define como uma rotina social hostil ou calúnia psicológica, através da qual as pessoas passam a culpa ou responsabilidade adiante, para um alvo ou grupo. Os efeitos são extremamente danosos, com conseqüências de longo-prazo para a vítima. Recentemente, dei orientação executiva a um gerente sênior que nunca mais se recuperou por ter sido um dia bode expiatório. John, 39 anos, trabalhou para uma empresa quando tinha algo em torno de 20 anos de idade e tudo ia bem até que ele foi usado como bode expiatório por um novo chefe. De

Conselho Federal de Marketing?

A falta de regulamentação da profissão de marketing está gerando um verdadeiro furdunço na Bahia. O consultor de marketing André Saback diz estar sendo perseguido por membros do Conselho Regional de Administração da Bahia (CRA/BA) por liderar uma associação – com nome de Conselho Federal de Marketing e que ainda não está registrada – cujo objetivo, segundo ele, é regulamentar a profissão. O CRA responde dizendo que Saback está praticando estelionato e que as medidas tomadas visam a defender os profissionais de administração. Enquanto André Saback, formado em marketing pela FIB - Centro Universitário da Bahia -, diz militar pela regulamentação da profissão, o Presidente do CRA/BA, Roberto Ibrahim Uehbe, afirma que o profissional criou uma associação clandestina, está emitindo carteirinhas, cobrando taxas e que foi cobrado pelo Conselho Federal de Administração por medidas que passam até por processar Saback, que diz ter recebido dois telefonemas anônimos na última semana em tom de ameaç