Conflitos entre funcionários costumam ser malvistos pelas empresas, sempre interessadas em manter a harmonia da equipe e a união em torno dos objetivos de negócios. Mas a falta de conflitos pode ser também um problema. É o que afirmam os consultores Marty Linsky, professor da Kennedy School of Government da Universidade Harvard, e Karen Lehman. Para os especialistas, desavenças no ambiente de trabalho são com freqüência positivas, principalmente nas temporadas de grandes mudanças organizacionais. Os conflitos podem ajudar as empresas a livrar-se mais rapidamente de práticas arraigadas que emperram seu desempenho. "As dissidências geralmente são um sinal de que a organização está no caminho certo", dizem eles, em trabalho publicado no site Harvard Business Update. E sugerem quatro maneiras de se valer das divergências para favorecer os negócios. Acompanhe:
1) Incentivo aos dissidentes. Os que contestam as orientações da direção muitas vezes possuem idéias valiosas. Os autores citam o caso de uma rede de varejo americana que tinha um processo de decisão bastante centralizado. A estrutura engessada prejudicava a inovação nas lojas. A direção passou, então, a dar atenção aos "caubóis", gerentes de algumas unidades que eram malvistos por quebrar as orientações da empresa, mas que atendiam melhor o consumidor. Os "caubóis" começaram a ser valorizados. Foram convidados a falar para grupos de gerentes de outras unidades e, ao final, serviram de modelo para toda a rede.
2) Lenha na fogueira. Muitas vezes é preciso esquentar o debate para que a empresa adote práticas que ajudem a melhorar seu desempenho. Os autores citam o exemplo de uma consultoria que pagava aos sócios antigos compensações desproporcionais aos benefícios que geravam para a empresa. O CEO decidiu, então, medir o desempenho de cada sócio e abrir o debate, antes restrito a um pequeno grupo, para toda a organização. A discussão permitiu que a empresa adotasse medidas mais justas de remuneração e acabasse com as distorções.
3) Rede de proteção. Para fazer bom proveito dos conflitos, é preciso deixar claro aos funcionários que eles têm liberdade para manifestar suas opiniões e que nada do que digam poderá prejudicar a carreira. Os autores sugerem que os líderes criem uma espécie de "rede de proteção", na qual todos possam expressar seus pontos de vista, mesmo que o ambiente dentro da organização não estimule o debate.
4) Responsabilidade. Uma grande empresa possui uma quantidade de conflitos equivalente ao seu tamanho. É preciso que a direção aprenda a gerenciar adequadamente esses atritos e a tirar proveito deles. O CEO sozinho não tem como dar conta dessa tarefa.
No livro Leadership on the Line ("Liderança em risco"), Linsky afirma que a capacidade de gerenciar conflitos é uma das principais características de uma boa liderança. "Um líder precisa saber lidar com o caos", diz. Mas é preciso tomar cuidado, segundo ele, para que a temperatura na organização não aumente a ponto de queimar o próprio comando da empresa.
Fonte: epocanegocios.globo.com
1) Incentivo aos dissidentes. Os que contestam as orientações da direção muitas vezes possuem idéias valiosas. Os autores citam o caso de uma rede de varejo americana que tinha um processo de decisão bastante centralizado. A estrutura engessada prejudicava a inovação nas lojas. A direção passou, então, a dar atenção aos "caubóis", gerentes de algumas unidades que eram malvistos por quebrar as orientações da empresa, mas que atendiam melhor o consumidor. Os "caubóis" começaram a ser valorizados. Foram convidados a falar para grupos de gerentes de outras unidades e, ao final, serviram de modelo para toda a rede.
2) Lenha na fogueira. Muitas vezes é preciso esquentar o debate para que a empresa adote práticas que ajudem a melhorar seu desempenho. Os autores citam o exemplo de uma consultoria que pagava aos sócios antigos compensações desproporcionais aos benefícios que geravam para a empresa. O CEO decidiu, então, medir o desempenho de cada sócio e abrir o debate, antes restrito a um pequeno grupo, para toda a organização. A discussão permitiu que a empresa adotasse medidas mais justas de remuneração e acabasse com as distorções.
3) Rede de proteção. Para fazer bom proveito dos conflitos, é preciso deixar claro aos funcionários que eles têm liberdade para manifestar suas opiniões e que nada do que digam poderá prejudicar a carreira. Os autores sugerem que os líderes criem uma espécie de "rede de proteção", na qual todos possam expressar seus pontos de vista, mesmo que o ambiente dentro da organização não estimule o debate.
4) Responsabilidade. Uma grande empresa possui uma quantidade de conflitos equivalente ao seu tamanho. É preciso que a direção aprenda a gerenciar adequadamente esses atritos e a tirar proveito deles. O CEO sozinho não tem como dar conta dessa tarefa.
No livro Leadership on the Line ("Liderança em risco"), Linsky afirma que a capacidade de gerenciar conflitos é uma das principais características de uma boa liderança. "Um líder precisa saber lidar com o caos", diz. Mas é preciso tomar cuidado, segundo ele, para que a temperatura na organização não aumente a ponto de queimar o próprio comando da empresa.
Fonte: epocanegocios.globo.com
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