Pular para o conteúdo principal

Batavo dobra participação de mercado

O mercado de iogurtes light enfrenta uma concorrência dentro do próprio setor, a dos funcionais. Recém-chegados ao mercado brasileiro, os funcionais já representam cerca de 10% do segmento, enquanto a participação dos itens da linha light fica em 8%. Isso dentro de um mercado total de 287 mil toneladas e um faturamento de R$ 1,3 bilhão, segundo dados do Instituto AC Nielsen.

Mesmo com a ascensão dos funcionais, a Batavo optou por investir, no final do ano passado, no lançamento da linha Pense Light. Na época, a empresa detinha - por meio da Batavo Light, marca com a qual atuava no segmento e que foi substituída por Pense Light- uma participação de 7,6% no mercado de iogurtes light, em volume, segundo dados AC Nielsen. Hoje, esse número passou para 13,3%. "De lá para cá, quando comparamos o primeiro semestre de 2007, quando ainda não existia a marca, com o primeiro semestre de 2008, a empresa registrou um aumento de 84% no volume e de 98% no faturamento nesse segmento", conta Damiano Sanna, gerente de marketing de refrigerados lácteos da Perdigão, que envolve as marcas Batavo, Elegê e Cotochés - o lançamento da linha Pense Light se deu em novembro de 2007.

Segundo Sanna, o objetivo é fechar o ano de 2008 na vice-liderança do mercado de iogurtes light, ultrapassando ninguém menos do que a Nestlé. Dados de volume desse segmento, fornecidos por Sanna, mostram que a marca Molico, da Nestlé, tem hoje 13,6%, pouco superior aos 13,3% de Pense Light. A liderança do segmento fica com Corpus, da Danone, com 23,6%. "Quando somamos as três marcas da companhia (Pense Light, Elegê Light e Dietalat), chegamos a 23,8%, em volume, ultrapassando inclusive a Danone", afirma Sanna.

Desempenhos
Ele conta que o mercado de funcionais cresce na casa dos 10% ao ano, por ainda ser considerado novo. Já o light se mostra estabilizado há pelo menos uns dois anos, com o crescimento abaixo dos dois dígitos.

O executivo afirma que as ações de marketing foram fundamentais para impulsionar a marca, principalmente aquelas relacionadas ao esporte, como os patrocínios de corridas de rua como a Corporate e a EcoRun, que acontece em diferentes capitais como Rio de Janeiro, Salvador, Porto Alegre e Curitiba. "Agora, a estratégia é partir para outras praças", revela o executivo. Para isso, a verba de marketing inicial destinada ao Pense Light, de R$ 5 milhões, recebeu um aporte de mais R$ 3 milhões, fechando, por enquanto, em R$ 8 milhões distribuídos ao longo de 2008. "Além disso, nesta segunda fase voltamos com ações de merchandising e publicidade", afirma Sanna. A campanha de Pense Light leva a assinatura da Dez Propaganda.

O crescimento de participação da marca Pense Leve no segmento de iogurtes light foi gradual, partindo dos 7,6% (dezembro 2007/janeiro 2008), passando para 11,3% (fevereiro/março 2007) até chegar aos 13,3% segundo a leitura de abril e maio deste ano. "Esses números mostram a importância das ações de marketing realizadas no lançamento da linha, como a escolha da apresentadora Anna Hickmann como garota-propaganda, agregando inovação, modernidade e desejo aspiracional para a marca", diz Sanna.

A Batavo fechou 2007 com participação, em volume, de 16% na categoria light. Sanna conta, por exemplo, que as marcas consideradas regionais, que fecharam 2007 com uma participação de 17%, já apresentaram uma fatia de 38% na leitura de dezembro/janeiro. Ele diz que, para se estabelecer no segmento, é preciso uma marca forte, "para não entrar na briga de preços com os regionais". Procuradas, Danone e Nestlé não se manifestaram até o fechamento desta edição.


Fonte: Gazeta Mercantil

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

H2OH! - um produto desacreditado que virou sucesso

O executivo carioca Carlos Ricardo, diretor de marketing da divisão Elma Chips da Pepsico, a gigante americana do setor de alimentos e bebidas, é hoje visto como uma estrela em ascensão no mundo do marketing. Ele é o principal responsável pela criação e pelo lançamento de um produto que movimentou, de forma surpreendente, o mercado de bebidas em 11 países. A princípio, pouca gente fora da Pepsi e da Ambev, empresas responsáveis por sua produção, colocava fé na H2OH!, bebida que fica a meio caminho entre a água com sabor e o refrigerante diet. Mas em apenas um ano a H2OH! conquistou 25% do mercado brasileiro de bebidas sem açúcar, deixando para trás marcas tradicionais, como Coca-Cola Light e Guaraná Antarctica Diet. Além dos números de vendas, a H2OH! praticamente deu origem a uma nova categoria de produto, na qual tem concorrentes como a Aquarius Fresh, da Coca-Cola, e que já é maior do que segmentos consagrados, como os de leites com sabores, bebidas à base de soja, chás gelados e su

Doze passos para deixar de ser o “bode expiatório” na sua empresa

Você já viu alguma vez um colega de trabalho ser culpado, exposto ou demitido por erros que não foi ele que cometeu, e sim seu chefe ou outro colega? Quais foram os efeitos neste indivíduo e nos seus colegas? Como isso foi absorvido por eles? No meu trabalho como coach, tenho encontrado mais e mais casos de “bodes expiatórios corporativos”, que a Scapegoat Society, uma ONG britânica cujo objetivo é aumentar a consciência sobre esta questão no ambiente de trabalho, define como uma rotina social hostil ou calúnia psicológica, através da qual as pessoas passam a culpa ou responsabilidade adiante, para um alvo ou grupo. Os efeitos são extremamente danosos, com conseqüências de longo-prazo para a vítima. Recentemente, dei orientação executiva a um gerente sênior que nunca mais se recuperou por ter sido um dia bode expiatório. John, 39 anos, trabalhou para uma empresa quando tinha algo em torno de 20 anos de idade e tudo ia bem até que ele foi usado como bode expiatório por um novo chefe. De

Conselho Federal de Marketing?

A falta de regulamentação da profissão de marketing está gerando um verdadeiro furdunço na Bahia. O consultor de marketing André Saback diz estar sendo perseguido por membros do Conselho Regional de Administração da Bahia (CRA/BA) por liderar uma associação – com nome de Conselho Federal de Marketing e que ainda não está registrada – cujo objetivo, segundo ele, é regulamentar a profissão. O CRA responde dizendo que Saback está praticando estelionato e que as medidas tomadas visam a defender os profissionais de administração. Enquanto André Saback, formado em marketing pela FIB - Centro Universitário da Bahia -, diz militar pela regulamentação da profissão, o Presidente do CRA/BA, Roberto Ibrahim Uehbe, afirma que o profissional criou uma associação clandestina, está emitindo carteirinhas, cobrando taxas e que foi cobrado pelo Conselho Federal de Administração por medidas que passam até por processar Saback, que diz ter recebido dois telefonemas anônimos na última semana em tom de ameaç