O centro e a manga do uniforme, tradicionais espaços ocupados pelo logotipo dos patrocinadores, são coisas do passado. Os anunciantes agora estão de olho é no peito da camisa, lugar destinado ao escudo do clube. Pelo menos este é o caso do Red Bull Brasil, fundado neste ano, em São Paulo, do Pão de Açúcar Esporte Clube (PEC) e do Sendas Esporte Clube, ambos do Grupo Pão de Açúcar, que têm equipes profissionais desde o ano passado.
Há anos a gigante austríaca de bebidas energéticas ensaia sua entrada no mercado de futebol do País. A empresa chegou a sondar a possibilidade de comprar alguma equipe já estabelecida - como o Esporte Clube Juventude, de Caxias do Sul, em 2007. Como o negócio não evoluiu, decidiu começar uma operação do zero. A companhia já investe no segmento com o Red Bull Salzburg, na Áustria, e o Red Bull Nova York, nos Estados Unidos. O País do Futebol não poderia ficar de fora dos planos.
O principal objetivo do Red Bull Brasil é atingir o mesmo nível de competição dos co-irmãos, que disputam títulos em seus países. Segundo informações da própria empresa, que não disponibiliza porta-vozes para comentar o projeto, a meta, a médio prazo, é disputar as principais competições do País, como a Série A do Campeonato Brasileiro e a Série A-1 do Campeonato Paulista. O primeiro desafio é a segunda divisão paulista - que na prática equivale à quarta divisão. Lá ele tem a companhia do Pão de Açúcar, que estreou no torneio (no qual cada clube só pode ter três jogadores acima de 23 anos) em 2007.
Futebol responsável
O projeto do Grupo Pão de Açúcar surgiu da paixão de Abílio Diniz pelo esporte e da vontade de criar uma iniciativa que desse oportunidade às crianças de jogar futebol e se desenvolver na vida. Em 2004, foi inaugurado um centro de treinamento na capital paulista com quatro campos, alojamento para 60 pessoas, salas de musculação, piscinas e campos de areia. "Até a seleção brasileira usou a estrutura para treinar quando jogou em São Paulo", conta Fernando Solleiro, presidente do Pão de Açúcar Esporte Clube.
Em 2005, a iniciativa foi replicada no Rio de Janeiro, onde o grupo comprou a rede Sendas, e uma estrutura semelhante foi montada em São João de Meriti.O clube disputou em 2007 a terceira divisão carioca e, a partir deste mês, terá o desafio da segunda divisão. "Os times não são um negócio do grupo, são um projeto social. Mas, se tivermos a oportunidade de ter mais vitrine e de chegarmos à primeira divisão, iremos", adianta Solleiro.
Os jogadores formados nos dois CTs já estão jogando em países como Polônia, Itália, Holanda e Suécia, e em clubes de primeira divisão como Grêmio (dentre eles Rafael Martins, artilheiro da Taça São Paulo de Futebol Júnior deste ano) e São Paulo. "Nossa idéia é que os projetos se auto-sustentem em três anos. A intenção é gerar receita a partir de 2009. O grupo investe R$ 7 milhões por ano para mantê-los", explica Solleiro. O material esportivo dos dois clubes é fornecido pela Nike, que no País é patrocinadora de Corinthians, Flamengo e da seleção brasileira.
Torcida da casa
Virar a folha (mudar de time) no País do Futebol é quase imperdoável. Por isso, a estratégia das empresas para engrossar o coro nas arquibancadas é conquistar a simpatia da comunidade onde o time joga. "Criar um time do nada e achar que vai conseguir um número grande de torcedores é complicado. Temos 70 mil colaboradores espalhados pelo País, o que já é gente à beça. Queremos é ter simpatizantes do projeto. Se der certo em Embu, onde o PEC manda os jogos, talvez conquistemos a cidade", diz o presidente do clube. Por enquanto, a média de torcedores nos jogos é de 500 pessoas. O Sendas manda os jogos no estádio da Portuguesa da Ilha.
O Red Bull, que usa uniformes da Adidas, escolheu Campinas (o time fechou contrato de um ano com a Ponte Preta para utilizar o estádio Moisés Lucarelli) para mandar seus jogos pelo fato de a região ter grande potencial econômico e estar perto de São Paulo. A equipe aposta no carisma dos jogadores para atrair a torcida, como é o caso do volante Gilmar Fubá (ex-ídolo da torcida do Corinthians). Outra aposta do time está no banco: o ex-jogador Paulo Sérgio, tetracampeão com Romário e companhia em 1994, é quem agora treina o clube.
Fonte: Por Fernando Murad, in www.meioemensagem.com.br
Há anos a gigante austríaca de bebidas energéticas ensaia sua entrada no mercado de futebol do País. A empresa chegou a sondar a possibilidade de comprar alguma equipe já estabelecida - como o Esporte Clube Juventude, de Caxias do Sul, em 2007. Como o negócio não evoluiu, decidiu começar uma operação do zero. A companhia já investe no segmento com o Red Bull Salzburg, na Áustria, e o Red Bull Nova York, nos Estados Unidos. O País do Futebol não poderia ficar de fora dos planos.
O principal objetivo do Red Bull Brasil é atingir o mesmo nível de competição dos co-irmãos, que disputam títulos em seus países. Segundo informações da própria empresa, que não disponibiliza porta-vozes para comentar o projeto, a meta, a médio prazo, é disputar as principais competições do País, como a Série A do Campeonato Brasileiro e a Série A-1 do Campeonato Paulista. O primeiro desafio é a segunda divisão paulista - que na prática equivale à quarta divisão. Lá ele tem a companhia do Pão de Açúcar, que estreou no torneio (no qual cada clube só pode ter três jogadores acima de 23 anos) em 2007.
Futebol responsável
O projeto do Grupo Pão de Açúcar surgiu da paixão de Abílio Diniz pelo esporte e da vontade de criar uma iniciativa que desse oportunidade às crianças de jogar futebol e se desenvolver na vida. Em 2004, foi inaugurado um centro de treinamento na capital paulista com quatro campos, alojamento para 60 pessoas, salas de musculação, piscinas e campos de areia. "Até a seleção brasileira usou a estrutura para treinar quando jogou em São Paulo", conta Fernando Solleiro, presidente do Pão de Açúcar Esporte Clube.
Em 2005, a iniciativa foi replicada no Rio de Janeiro, onde o grupo comprou a rede Sendas, e uma estrutura semelhante foi montada em São João de Meriti.O clube disputou em 2007 a terceira divisão carioca e, a partir deste mês, terá o desafio da segunda divisão. "Os times não são um negócio do grupo, são um projeto social. Mas, se tivermos a oportunidade de ter mais vitrine e de chegarmos à primeira divisão, iremos", adianta Solleiro.
Os jogadores formados nos dois CTs já estão jogando em países como Polônia, Itália, Holanda e Suécia, e em clubes de primeira divisão como Grêmio (dentre eles Rafael Martins, artilheiro da Taça São Paulo de Futebol Júnior deste ano) e São Paulo. "Nossa idéia é que os projetos se auto-sustentem em três anos. A intenção é gerar receita a partir de 2009. O grupo investe R$ 7 milhões por ano para mantê-los", explica Solleiro. O material esportivo dos dois clubes é fornecido pela Nike, que no País é patrocinadora de Corinthians, Flamengo e da seleção brasileira.
Torcida da casa
Virar a folha (mudar de time) no País do Futebol é quase imperdoável. Por isso, a estratégia das empresas para engrossar o coro nas arquibancadas é conquistar a simpatia da comunidade onde o time joga. "Criar um time do nada e achar que vai conseguir um número grande de torcedores é complicado. Temos 70 mil colaboradores espalhados pelo País, o que já é gente à beça. Queremos é ter simpatizantes do projeto. Se der certo em Embu, onde o PEC manda os jogos, talvez conquistemos a cidade", diz o presidente do clube. Por enquanto, a média de torcedores nos jogos é de 500 pessoas. O Sendas manda os jogos no estádio da Portuguesa da Ilha.
O Red Bull, que usa uniformes da Adidas, escolheu Campinas (o time fechou contrato de um ano com a Ponte Preta para utilizar o estádio Moisés Lucarelli) para mandar seus jogos pelo fato de a região ter grande potencial econômico e estar perto de São Paulo. A equipe aposta no carisma dos jogadores para atrair a torcida, como é o caso do volante Gilmar Fubá (ex-ídolo da torcida do Corinthians). Outra aposta do time está no banco: o ex-jogador Paulo Sérgio, tetracampeão com Romário e companhia em 1994, é quem agora treina o clube.
Fonte: Por Fernando Murad, in www.meioemensagem.com.br
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