As empresas, mais do que nunca, precisam mudar para sobreviver em um mundo cada dia mais dinâmico. Mas nem sempre as mudanças atingem seus objetivos, muitas vezes por falta de adesão das pessoas envolvidas. Na maioria dos casos, o problema é a ausência de um projeto estruturado de comunicação que faça com que os profissionais atingidos pelo processo se sintam menos ameaçados.
Professor da Fundação Getúlio Vargas e diretor, no Brasil, da multinacional francesa BPI, especializada em Recursos Humanos, Gilberto Guimarães não tem dúvidas em afirmar a importância de um bom plano de comunicação na engrenagem de um processo de mudança organizacional. “O fracasso das reestruturações acontece, principalmente, por dificuldades de comunicação, por não conseguir a adesão das pessoas aos novos processos ou modelos. A comunicação faz parte do processo de mudança, pois esse tipo de processo cria uma nova cultura, uma nova estrutura para as pessoas, na qual muitas delas não terão mais espaço. O novo formato tem de ser muito bem comunicado e compreendido. Esse é o segredo e a grande dificuldade. Costumo dizer que os problemas empresariais são simples, complexos são os problemas humanos”, afirma.
Mas qual será o melhor caminho? Gilberto explica como encaminhar o processo. “No início, o que existe é um problema, e o que se procura é uma solução. Não há nada ainda para comunicar. Normalmente, as pessoas buscam dois caminhos: ‘quem resolve’ ou ‘como se resolve’. O ideal é a fusão dos dois, o ‘quem’ e o ‘como’. Após essa definição, o passo seguinte é estabelecer um projeto e um plano de ação. Daí se constrói o plano de comunicação. A maioria das empresas, quando tem o projeto e o plano, acha que eles são suficientes para resolver o problema e que comunicam adequadamente, confiando no entendimento das pessoas. O problema é que as empresas não querem expor ao mercado, aos clientes e aos fornecedores a situação de fragilidade interna. O resultado é pior, já que a ‘não-comunicação’ comunica mais do que as pessoas imaginam, pois permite boatos e rumores”, prossegue.
O professor admite que, em muitos casos, os empresários decidem pela resolução de aspectos técnicos, financeiros ou industriais, em detrimento da estruturação de um plano mais amplo que comande o processo de mudança. “Na verdade, as empresas não preferem, elas têm de fazer essas análises técnicas, pois um processo de mudança sempre objetiva a recuperação da companhia e sua recolocação em boa posição econômico-financeira. O que ocorre é que negligenciam o plano de comunicação. Acreditam que uma boa idéia será facilmente bem implantada apenas por ser uma boa idéia. A ausência de um esforço maior de comunicação também é fácil de ser compreendida quando se constata a dificuldade que os líderes têm de enfrentar seus liderados em momentos de crise, tendo que dar satisfações de seus atos. É humano que evitem esses momentos”, frisa Gilberto.
Fonte: Por Marcos Moura, in www.nosdacomunicacao.com
Professor da Fundação Getúlio Vargas e diretor, no Brasil, da multinacional francesa BPI, especializada em Recursos Humanos, Gilberto Guimarães não tem dúvidas em afirmar a importância de um bom plano de comunicação na engrenagem de um processo de mudança organizacional. “O fracasso das reestruturações acontece, principalmente, por dificuldades de comunicação, por não conseguir a adesão das pessoas aos novos processos ou modelos. A comunicação faz parte do processo de mudança, pois esse tipo de processo cria uma nova cultura, uma nova estrutura para as pessoas, na qual muitas delas não terão mais espaço. O novo formato tem de ser muito bem comunicado e compreendido. Esse é o segredo e a grande dificuldade. Costumo dizer que os problemas empresariais são simples, complexos são os problemas humanos”, afirma.
Mas qual será o melhor caminho? Gilberto explica como encaminhar o processo. “No início, o que existe é um problema, e o que se procura é uma solução. Não há nada ainda para comunicar. Normalmente, as pessoas buscam dois caminhos: ‘quem resolve’ ou ‘como se resolve’. O ideal é a fusão dos dois, o ‘quem’ e o ‘como’. Após essa definição, o passo seguinte é estabelecer um projeto e um plano de ação. Daí se constrói o plano de comunicação. A maioria das empresas, quando tem o projeto e o plano, acha que eles são suficientes para resolver o problema e que comunicam adequadamente, confiando no entendimento das pessoas. O problema é que as empresas não querem expor ao mercado, aos clientes e aos fornecedores a situação de fragilidade interna. O resultado é pior, já que a ‘não-comunicação’ comunica mais do que as pessoas imaginam, pois permite boatos e rumores”, prossegue.
O professor admite que, em muitos casos, os empresários decidem pela resolução de aspectos técnicos, financeiros ou industriais, em detrimento da estruturação de um plano mais amplo que comande o processo de mudança. “Na verdade, as empresas não preferem, elas têm de fazer essas análises técnicas, pois um processo de mudança sempre objetiva a recuperação da companhia e sua recolocação em boa posição econômico-financeira. O que ocorre é que negligenciam o plano de comunicação. Acreditam que uma boa idéia será facilmente bem implantada apenas por ser uma boa idéia. A ausência de um esforço maior de comunicação também é fácil de ser compreendida quando se constata a dificuldade que os líderes têm de enfrentar seus liderados em momentos de crise, tendo que dar satisfações de seus atos. É humano que evitem esses momentos”, frisa Gilberto.
Fonte: Por Marcos Moura, in www.nosdacomunicacao.com
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