Desde a morte do ex-presidente Tancredo Neves no Instituto do Coração de São Paulo, em abril de 1985, passou-se a questionar mais séria e abertamente o relacionamento entre os hospitais e os veículos de comunicação quanto à atuação dos médicos e aos direitos do paciente e de informação da opinião pública.
Naquele ano, em hospitais de Brasília e São Paulo, Tancredo viveu uma agonia de 39 dias, ao longo dos quais sofreu sete intervenções cirúrgicas. “Desde a primeira cirurgia, os médicos insistiram em tentar enganar a opinião pública, divulgando fatos falseados”, acusou o ex-presidente do Conselho Regional de Medicina do Paraná, cirurgião Félix do Rego Almeida, segundo entrevista publicada pela revista ‘Veja’ no dia 8 de maio de 1985.
Vários casos posteriores reforçaram a impressão de que os médicos e as instituições hospitalares estavam despreparados para se relacionar com a imprensa, particularmente quando os pacientes eram socialmente muito importantes ou famosos.
Coube ao hospital Copa D’Or, no Rio de Janeiro, em 2001, por meio da Século Z Comunicação, quebrar o paradigma até então vigente do histórico mau relacionamento entre hospitais e jornalistas, a partir de uma tragédia envolvendo o compositor e cantor Herbert Vianna, que correu sério risco de morte, vítima de várias lesões, três delas gravíssimas – traumas no cérebro, no pulmão e na coluna.
No dia 4 de fevereiro, um domingo ensolarado de 2001, Herbert se acidentou quando pilotava um ultraleve, no litoral sul do Rio de Janeiro, em companhia de sua mulher Lucy, que morreu no próprio local da queda do avião.
Herbert Vianna deixou o Copa D’Or, no dia 20 de março, em uma cadeira de rodas, vestido de amarelo, sua cor de sorte, sob o testemunho de uma multidão de repórteres, cinegrafistas, fotógrafos e fãs na porta do hospital. Ao longo de um mês e meio, sobrevivera ao acidente e a oito intervenções cirúrgicas de diferentes graus de complexidade.
Sua odisséia representou, também, um caso de reconhecido sucesso em comunicação, medido pelos resultados concretos obtidos pelo hospital Copa D’Or, que quebrou a regra de constrangimento, silêncio e ineficácia das experiências similares anteriores, beneficiando-se posteriormente, também, sob o ponto de vista mercadológico.
Segundo o chefe da equipe médica, Paulo Niemeyer Filho, “o relacionamento com a imprensa durante a internação de Herbert Vianna no hospital Copa D’Or foi excepcionalmente bom, considerando a situação de tensão que envolvia o caso, os médicos, os familiares e o hospital. Foi fundamental a presença de um profissional de imprensa experiente que orientasse e intermediasse os encontros médico-imprensa. Foi também da maior importância a total liberdade de informações por parte da família.”
Representando toda a família de Herbert Vianna, o patriarca, brigadeiro Hermano, no dia da alta médica, divulgou carta aberta de agradecimento, na qual ressaltou: “A maneira correta com que foram veiculadas as notícias, o modo cavalheiresco e até carinhoso com que todos nós fomos tratados, a veracidade das informações e o respeito à privacidade da nossa família em muito nos sensibilizaram, demonstrando, mais uma vez, o alto grau de profissionalismo dos nossos meios de comunicação.”
Em 2002, esse caso foi premiado pela Aberje e, creio, serviu de inspiração para outros conceituados hospitais brasileiros, que criaram até manuais específicos para lidar com situações semelhantes. Desde então, o relacionamento com a imprensa por parte dessas instituições tornou-se mais respeitoso, civilizado e eficaz.
Fonte: Por Lima de Amorim, sócio-fundador da Século Z Comunicação, in www.nosdacomunicacao.com
Naquele ano, em hospitais de Brasília e São Paulo, Tancredo viveu uma agonia de 39 dias, ao longo dos quais sofreu sete intervenções cirúrgicas. “Desde a primeira cirurgia, os médicos insistiram em tentar enganar a opinião pública, divulgando fatos falseados”, acusou o ex-presidente do Conselho Regional de Medicina do Paraná, cirurgião Félix do Rego Almeida, segundo entrevista publicada pela revista ‘Veja’ no dia 8 de maio de 1985.
Vários casos posteriores reforçaram a impressão de que os médicos e as instituições hospitalares estavam despreparados para se relacionar com a imprensa, particularmente quando os pacientes eram socialmente muito importantes ou famosos.
Coube ao hospital Copa D’Or, no Rio de Janeiro, em 2001, por meio da Século Z Comunicação, quebrar o paradigma até então vigente do histórico mau relacionamento entre hospitais e jornalistas, a partir de uma tragédia envolvendo o compositor e cantor Herbert Vianna, que correu sério risco de morte, vítima de várias lesões, três delas gravíssimas – traumas no cérebro, no pulmão e na coluna.
No dia 4 de fevereiro, um domingo ensolarado de 2001, Herbert se acidentou quando pilotava um ultraleve, no litoral sul do Rio de Janeiro, em companhia de sua mulher Lucy, que morreu no próprio local da queda do avião.
Herbert Vianna deixou o Copa D’Or, no dia 20 de março, em uma cadeira de rodas, vestido de amarelo, sua cor de sorte, sob o testemunho de uma multidão de repórteres, cinegrafistas, fotógrafos e fãs na porta do hospital. Ao longo de um mês e meio, sobrevivera ao acidente e a oito intervenções cirúrgicas de diferentes graus de complexidade.
Sua odisséia representou, também, um caso de reconhecido sucesso em comunicação, medido pelos resultados concretos obtidos pelo hospital Copa D’Or, que quebrou a regra de constrangimento, silêncio e ineficácia das experiências similares anteriores, beneficiando-se posteriormente, também, sob o ponto de vista mercadológico.
Segundo o chefe da equipe médica, Paulo Niemeyer Filho, “o relacionamento com a imprensa durante a internação de Herbert Vianna no hospital Copa D’Or foi excepcionalmente bom, considerando a situação de tensão que envolvia o caso, os médicos, os familiares e o hospital. Foi fundamental a presença de um profissional de imprensa experiente que orientasse e intermediasse os encontros médico-imprensa. Foi também da maior importância a total liberdade de informações por parte da família.”
Representando toda a família de Herbert Vianna, o patriarca, brigadeiro Hermano, no dia da alta médica, divulgou carta aberta de agradecimento, na qual ressaltou: “A maneira correta com que foram veiculadas as notícias, o modo cavalheiresco e até carinhoso com que todos nós fomos tratados, a veracidade das informações e o respeito à privacidade da nossa família em muito nos sensibilizaram, demonstrando, mais uma vez, o alto grau de profissionalismo dos nossos meios de comunicação.”
Em 2002, esse caso foi premiado pela Aberje e, creio, serviu de inspiração para outros conceituados hospitais brasileiros, que criaram até manuais específicos para lidar com situações semelhantes. Desde então, o relacionamento com a imprensa por parte dessas instituições tornou-se mais respeitoso, civilizado e eficaz.
Fonte: Por Lima de Amorim, sócio-fundador da Século Z Comunicação, in www.nosdacomunicacao.com
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