No Brasil para participar do Verge Digital Summit 2008, evento que discute convergência tecnológica e digitalização das mídias, Shelly Lazarus, principal executiva da Ogilvy & Mather Worldwide, afirmou que o Brasil é o mercado-chave para novos investimentos do grupo, que planeja ao menos três aquisições neste ano no País. "Uma agência que quer forjar seu futuro tem que prestar atenção no Brasil. Queremos aumentar nosso investimento no País", afirma a executiva. China, Índia, Rússia e Europa Oriental também são regiões prioritárias para o grupo.
Considerada uma das 50 executivas mais poderosas do mundo, segundo ranking da revista Fortune, Shelly observa que o Brasil possui um nível avançado em mídias digitais, com talento de sobra, mas o que falta é uso e experimentação nestas mídias.
Ela comenta que os consumidores passam 20% do tempo on-line, mas em contrapartida o orçamento da publicidade on-line atinge somente 4%. "Temos clientes que investem de 8% a 10% da verba publicitária na internet, mas levaram de oito a dez anos para chegar nesse patamar." Para Shelly, falta confiança das marcas em investir na internet. "Quando investirem vão constatar que é uma mídia que pode alavancar as vendas e que é possível verificar os resultados das ações. Qualquer pessoa inteligente iria onde as pessoas passam seu tempo, mas esse não é um problema só do Brasil, e sim mundial."
A executiva pondera que a propaganda vive os primórdios da era da internet, e ainda está começando a entender as melhores maneiras de agir na rede. "Não acho que banner, por exemplo, seja a melhor maneira de se comunicar com o consumidor, mas vamos descobrir o caminho."
A Ogilvy investe 40% da receita de seus clientes em propaganda tradicional e 60% em serviços de marketing, o que inclui mídia digital. A estratégia é aumentar os aportes em mídias inovadoras. Por isso, conta Shelly, o grupo criou a Neo@Ogilvy, divisão de mídia digital que foi lançada no Brasil em 2007. Até 2020, 80% das mídias serão digitais, indica pesquisa da OgilvyOne (marketing de relacionamento). Neste ano, a Ogilvy Brasil - que representa 55% dos negócios do grupo na América Latina - criou e exportou campanhas mundiais de Fanta (Coca-Cola), Motorola e Unilever. A Ogilvy adquiriu nesta semana a conta global da Motorola. Shelly conta que a companhia queria contratar dez agências para cuidar da conta, mas voltou atrás após analisar o "maravilhoso trabalho" feito pela Ogilvy na América Latina e Ásia.
Sérgio Amado, presidente da Ogilvy Brasil, informa que a estratégia de crescimento da empresa no País é apoiada em duas frentes: aquisições e esforços nas mídias digitais. Ele diz que o mercado brasileiro se volta para as regiões Norte e Nordeste e para as classes C e D. A subsidiária brasileira prevê um crescimento de 20% neste ano. A Ogilvy é a sexta do ranking nacional e registrou investimento de R$ 1,229 bilhão em 2007, segundo dados do Ibope Monitor.
Amado diz que a agência pretende adquirir três empresas no País neste ano, nos segmentos de propaganda, mídia digital e relações públicas. "Vamos gastar o que for preciso." O Brasil é o quinto em faturamento do grupo, que atua em 125 países. Amado, que acaba de voltar da China, afirma que em dois anos o País irá à quarta posição, passando a Alemanha. O país asiático, que há dez anos ocupava a 24ª posição do ranking da Ogilvy, hoje está na terceira, e em dois anos deve saltar para segundo, superando Londres. Os EUA são a maior operação do grupo, cuja receita atinge US$ 2 bilhões por ano.
Fonte: Por Gustavo Viana, in Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 5
Considerada uma das 50 executivas mais poderosas do mundo, segundo ranking da revista Fortune, Shelly observa que o Brasil possui um nível avançado em mídias digitais, com talento de sobra, mas o que falta é uso e experimentação nestas mídias.
Ela comenta que os consumidores passam 20% do tempo on-line, mas em contrapartida o orçamento da publicidade on-line atinge somente 4%. "Temos clientes que investem de 8% a 10% da verba publicitária na internet, mas levaram de oito a dez anos para chegar nesse patamar." Para Shelly, falta confiança das marcas em investir na internet. "Quando investirem vão constatar que é uma mídia que pode alavancar as vendas e que é possível verificar os resultados das ações. Qualquer pessoa inteligente iria onde as pessoas passam seu tempo, mas esse não é um problema só do Brasil, e sim mundial."
A executiva pondera que a propaganda vive os primórdios da era da internet, e ainda está começando a entender as melhores maneiras de agir na rede. "Não acho que banner, por exemplo, seja a melhor maneira de se comunicar com o consumidor, mas vamos descobrir o caminho."
A Ogilvy investe 40% da receita de seus clientes em propaganda tradicional e 60% em serviços de marketing, o que inclui mídia digital. A estratégia é aumentar os aportes em mídias inovadoras. Por isso, conta Shelly, o grupo criou a Neo@Ogilvy, divisão de mídia digital que foi lançada no Brasil em 2007. Até 2020, 80% das mídias serão digitais, indica pesquisa da OgilvyOne (marketing de relacionamento). Neste ano, a Ogilvy Brasil - que representa 55% dos negócios do grupo na América Latina - criou e exportou campanhas mundiais de Fanta (Coca-Cola), Motorola e Unilever. A Ogilvy adquiriu nesta semana a conta global da Motorola. Shelly conta que a companhia queria contratar dez agências para cuidar da conta, mas voltou atrás após analisar o "maravilhoso trabalho" feito pela Ogilvy na América Latina e Ásia.
Sérgio Amado, presidente da Ogilvy Brasil, informa que a estratégia de crescimento da empresa no País é apoiada em duas frentes: aquisições e esforços nas mídias digitais. Ele diz que o mercado brasileiro se volta para as regiões Norte e Nordeste e para as classes C e D. A subsidiária brasileira prevê um crescimento de 20% neste ano. A Ogilvy é a sexta do ranking nacional e registrou investimento de R$ 1,229 bilhão em 2007, segundo dados do Ibope Monitor.
Amado diz que a agência pretende adquirir três empresas no País neste ano, nos segmentos de propaganda, mídia digital e relações públicas. "Vamos gastar o que for preciso." O Brasil é o quinto em faturamento do grupo, que atua em 125 países. Amado, que acaba de voltar da China, afirma que em dois anos o País irá à quarta posição, passando a Alemanha. O país asiático, que há dez anos ocupava a 24ª posição do ranking da Ogilvy, hoje está na terceira, e em dois anos deve saltar para segundo, superando Londres. Os EUA são a maior operação do grupo, cuja receita atinge US$ 2 bilhões por ano.
Fonte: Por Gustavo Viana, in Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 5
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